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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Não sou militante, simpatizante, e nem sequer tenho vago interesse partidário

Rui T. disse:
... Eu não sou militante, simpatizante, e nem sequer tenho vago interesse partidário ou na politica em geral. Nem sequer vivo em Alpiarça, apesar de já aí ter estado bem mais do que uma vez.

No entanto, entendo que as boas ideias devem ser apoiadas. No mínimo, deve dar-se o beneficio da dúvida, muito especialmente quando não se tem a mínima ideia do que se está a falar.

Dizer que um Observatório Astronómico público é inútil (como se subentende na prosa do Sr(a) Anónimo(a)), revela, no mínimo ignorância. E ignorância até nem é uma coisa má, pois ninguém nasce ensinado, daí o conhecimento ser o oposto da ignorância.

O problema surge quando o dito ignorante não se dá ao trabalho de pelo menos tentar atingir o conhecimento. Aí a ignorância desce para o patamar inferior...

Portanto, e antes de dizer que algo é inútil, certifique-se que esse "inútil" não é "inútil-porque-não-fui-eu-a-pensar-nisso". Pelo menos tenha o cuidado de atingir o tal conhecimento...

Por acaso já pensou que a Astronomia Amadora, enquanto hobby, pode ser fonte de rendimento noutras áreas? Sabia, por exemplo, que existe uma coisa chamada "Turismo Astronómico"?
Sabia que temos em Portugal várias unidades hoteleiras com observatórios? Sabia que vêm pessoas de outros países a Portugal fazer observações? E que trazem a família e/ou os amigos atrás?

E nem sequer vou voltar a falar da componente educativa, pois penso que é tão óbvia, que só mesmo os que estão abaixo de ignorante é que poderão ter dúvidas quanto a isso.

Vocês até têm um céu com qualidade bastante aceitável, especialmente na zona a leste da Barragem. Um projecto que seja bem pensado e acima de tudo bem implementado, pode ter um alcance muitíssimo mais vasto do que "andar a ver a lua". Basta ter visão.

Acredito que deverão haver várias necessidades em Alpiarça, tal como existem em todo o País, e que umas serão mais urgentes que outras. Mas nunca se esqueça que o bem estar geral só se atinge apresentando ideias e trabalhando para as concretizar. Não é a dizer mal só "porque sim", sem apresentar alternativa concreta. É isso que me mete nojo na política e nos políticos.

Já agora, um pequeno reparo. Segundo o texto da revista "Tabu" (leu, certo?), o Mário Santiago tem um observatório particular instalado em sua casa. Já está servido, portanto.

Uma nota final, que é mesmo uma pergunta, mas á qual não necessita de responder. Reflicta só:
Desde quando é que é necessário alguém "de renome" para dar credibilidade a um projecto?

Sugestão: Procure "João Salaviza"

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