Não sou desta geração que andou na guerra. Nasci um pouco depois. Tenho no entanto, familiares que lá estiveram. Acho até que não há ninguém que não tenha tido um seu familiar por lá.
Muito francamente, fico admirada e até revoltada como é que o nosso Estado que precisou destes jovens entre 1961 e 1974 para várias missões em África e outros recantos do mundo, em que estava em jogo as suas vidas, os abandona como se nada tivesse acontecido. Como se fossem coisas descartáveis.
Ou como não tivesse o próprio Estado também, dever para com estes homens que hoje estão no Outono das suas vidas e a braços com os fantasmas do passado causados por uma guerra que eles não provocaram nem pediram.Será que os Estados Unidos da América que também tiveram vários palcos de guerra nessa altura, caso do Vietname, trataram assim os seus combatentes?
Acho injusto o que fizeram e continuam a fazer com estes cidadãos que, como dizem alguns autores, mereciam mais respeito e consideração da parte do País (e não importa se antes tinha outro regime) que dispôs deles quando quis e entendeu.
É este o meu ponto de vista.
Por: Ana S. Mendes
Para mais detalhes, consultar: O Dossier "Guerra da Ultramar" deve ser reaberto
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