Concorrente a concurso da Câmara de Alpiarça diz-se injustiçada pelo júri
Uma concorrente classificada em sétimo lugar no concurso para admissão de dois assistentes operacionais para a Câmara de Alpiarça foi classificada com 11 valores (de zero a 20) na entrevista profissional de selecção (um dos métodos de selecção em conjunto com a avaliação curricular), enquanto a segunda classificada final obteve 17 valores nesse item. Uma situação que seria normal para Vera Santos não fosse o caso de a entrevista profissional ter sido composta por uma única pergunta formulada pela presidente do júri do concurso: “Que razões a levaram a candidatar-se ao lugar?”.
Uma concorrente classificada em sétimo lugar no concurso para admissão de dois assistentes operacionais para a Câmara de Alpiarça foi classificada com 11 valores (de zero a 20) na entrevista profissional de selecção (um dos métodos de selecção em conjunto com a avaliação curricular), enquanto a segunda classificada final obteve 17 valores nesse item. Uma situação que seria normal para Vera Santos não fosse o caso de a entrevista profissional ter sido composta por uma única pergunta formulada pela presidente do júri do concurso: “Que razões a levaram a candidatar-se ao lugar?”.
Vera Santos questiona como é possível apresentar tamanha diferença de notas numa entrevista baseando-se apenas numa resposta. “Pelos vistos consideraram que a minha resposta foi má. Eu respondi que era um lugar que me motivava muito porque já trabalhei com crianças no concelho dos quatro meses aos quatro anos em escola e jardim-de-infância e tenho experiência nesse trabalho. Apenas a presidente do júri me fez essa pergunta, enquanto os dois outros elementos fizeram comentários de que já me conheciam”, refere Vera Santos.
A concorrente protestou a nota da entrevista profissional, realizada a 14 de Julho, e recebeu resposta à sua contestação dia 25 de Agosto. Nesta, o júri refere que a entrevista avalia a experiência profissional e os aspectos comportamentais durante a conversa entre entrevistador e entrevistado, a capacidade de comunicação e relacionamento interpessoal. Menciona ainda que a conversa durou 10 minutos, conduzida pela presidente do júri, Maria do Céu Augusto, e aferiu critérios como a adequação da experiência profissional, motivação e atitude da candidata face à exigência do lugar a que se candidata, bem como a sua segurança, equilíbrio emocional e expressão verbal.
Motivo pelo qual o júri considera que não há motivo para alterar a classificação final global de 14,64 da candidata. “Se a pessoa entende que foi injustiçada pode accionar os meios legais que entender, mas temos todos os procedimentos legais do concurso justificados”, acrescentou a presidente do júri.
A entrevista profissional de selecção teve um peso de 30 por cento na avaliação final, enquanto a avaliação curricular valia 70 por cento. Vera Santos obteve 16,2 neste item e foi segunda, à frente da outra candidata, que teve 15,4.
“Eu tenho uma experiência profissional importante nessa área. A outra candidata exerce apenas como voluntária num serviço da câmara do sector a que nos candidatamos, auxiliares de acção educativa. Como é possível uma avaliação curricular com notas tão próximas”, volta a questionar Vera Santos, que lembra como em concurso a que concorreu à Câmara de Almeirim foi “bombardeada” com questões dos três elementos de júri e acabou em vigésimo lugar entre 200 concorrentes.
A candidata diz que vai estudar a resposta à reclamação com o advogado para saber o que fazer, mas confessa que este tipo de notas e classificações só ensombra os concursos públicos e dá a entender que as pessoas para os lugares estão previamente escolhidas.
«O Mirante»
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