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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O que não falta é observatórios por este país fora…

O Observatório Astronómico a construir em Braga tem como mais-valia a possibilidade de os telescópios poderem operar via internet em qualquer zona do país ou do estrangeiro, disse um dos promotores.
O presidente da Sociedade Científica de Astronomia do Minho, João Vieira, adiantou à Lusa que o Observatório terá dois telescópios com capacidade para a realização de imagens astronómicas, planetárias, solares e ainda abordagens a campos como a espectroscopia solar.
O equipamento, que fica sedeado em Gualtar, arredores de Braga, será inaugurado até ao Verão, a tempo de integrar o projecto "Astronomia no verão" que decorre a nível nacional.
Orçamentado em 60 mil euros, conta com o financiamento do programa Ciência Viva (que disponibiliza 45 mil euros), da Junta de Freguesia de Gualtar (na construção) e ainda de mecenas que contribuem em investimentos nas áreas da informática, do mobiliário e dos arranjos exteriores.
João Vieira sublinhou que, "embora existam quatro observatórios em Portugal com capacidade para serem operados via Internet, nenhum deles, está, de momento a funcionar em pleno".
"Este observatório astronómico será um dos mais bem equipados do país, apto para diversos trabalhos de astronomia, para ser utilizado no ensino das ciências e na realização de alguns trabalhos científicos em parceria com instituições de ensino superior e não só", assinalou.
A associação Orion, que tem hoje 100 associados entre investigadores e professores de diversos graus de ensino da região minhota, nasceu a partir da actividade de vários clubes escolares: "havia clubes em escolas de Barcelos, Taipas, Arcos de Valdevez, entre outras, que, acabavam, deixando os equipamentos sem utilização", sublinhou.
O organismo, que desenvolve regularmente actividades científicas de divulgação junto do público e das escolas, vai aproveitar o nascimento do Observatório para participar, em 2009, nas actividades nacionais do Ano Internacional da Astronomia.

Por: PAULO FARIA

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