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sábado, 5 de setembro de 2009

Sector do milho reage aos efeitos da crise mundial

Demonstrar a vitalidade e as perspectivas de futuro do sector e organizar um certame completamente diferente dos habituais com extensas áreas de apresentação de técnicas e equipamentos são os grandes objectivos da Feira do Milho 2009, o primeiro evento do género realizado em Portugal.
O certame pretende, de acordo com os seus organizadores, afirmar que os produtores estão motivados para ultrapassar as dificuldades que a crise mundial e a quebra dos preços do petróleo trouxeram ao sector, tendo em conta que Portugal tem boas condições e bons níveis de produtividade de milho e não deverá continuar a importar mais de 500 milhões de euros de cereais por ano.
A Feira do Milho, promovida pelos dois maiores produtores nacionais, a Valinveste e a Agroterra, em parceria com o L-INIA Fonte Boa, terá um núcleo central de 4 hectares com expositores que vão dos equipamentos à distribuição, passando pelas sementes, pelos fertilizantes, pelos sistemas de rega e pela energia. Inclui, também, sessões contínuas de reflexão e debate.
Pedro Torres, director-geral da Valinveste, sublinha que o sector do milho "desempenhou, nos últimos anos, em Portugal, um papel decisivo na modernização e desenvolvimento da produção cerealífera". Um impacto que se fez sentir sobretudo nos sistemas de rega e na consolidação das áreas de regadio.
Para além destas expectativas goradas, o sector do milho não deixa de sofrer os reflexos da crise económica mundial. Mantém-se, no entanto, numa posição de destaque no contexto da produção cerealífera em Portugal, ocupando cerca de 100 mil hectares e muitos milhares de postos de trabalho directos e indirectos. "É dos sectores com mais condições de produtividade em Portugal e toda a fileira do milho entendeu que seria importante e interessante dar um sinal de que existe motivação e de que estamos preparados para o futuro", salientou Pedro Torres, frisando que, com alguns custos acrescidos pela necessidade de regar, Portugal "pode atingir e atinge já níveis de produção de milho por hectare iguais aos dos países mais evoluídos".
Sem o etanol, boa parte da produção segue para transformação em rações e para a cadeia de produção de leite. Novas subidas do preço do petróleo deverão relançar a opção pelo etanol e Pedro Torres sublinha que, se é importante exportar mais, também o é produzir mais para reduzir as importações portuguesas de cereais.
A Feira do Milho vai realizar-se na zona de Valada (Cartaxo), nos dias 11 e 12 de Setembro, numa extensa área de 170 hectares do Mouchão da Fonte Boa, onde os visitantes poderão observar as mais diversas máquinas em laboração e soluções de produção

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