A Câmara despejou lixo na “Malagueiro do Patacão”. Violou a legislação referente ao ambiente. O Ministério do Ambiente vai-lhe levantar um processo de transgressão a fim de aplicar uma coima.
Um cidadão deitou no “Pego do Carril” o entulho da sua velha casa. Vai-lhe ser instaurado um processo ao abrigo do “Regulamento Municipal” a fim de lhe ser aplicada a respectiva coima.
Em reunião de Câmara os vereadores da CDU abstiveram-se quanto à aplicação da coima com assento nos “princípios de igualdade”.
Em reunião de Câmara os vereadores da CDU abstiveram-se quanto à aplicação da coima com assento nos “princípios de igualdade”.
Uma abstenção em que os vereadores da CDU não estão de acordo com a «aplicação de uma coima» mas que também lhes dá o direito de ficarem indiferentes quanto à decisão da maioria socialista, cabendo a esta a solução do problema.
Não estão a favor mas também não estão contra com a decisão tomada. Logo permitem, tapando os olhos aos que foi decidido. Se não estivessem de acordo, votavam contra.
Cerne da questão:
Que moral tem a presidente da Câmara e todos os vereadores em levantar coimas a quem quer que seja se a entidade responsável (CMA) e autora do “Regulamento Municipal” é a primeira a violar aquilo que ela própria criou e colocou em prática, obrigando os munícipes a seguir o estipulado quando a autora é a maior transgressora?
Que moral tem os eleitos de actuar quem quer que seja por ter transgredido o “Regulamento Municipal” se a própria autarquia é a primeira a violar o regulamento que criou?
Que moral tem os vereadores da CDU ou do PS para aplicarem coimas a quem quer que seja se o organismo que dirigem é tão transgressor como os pacatos cidadãos?
Ou os políticos desconhecem o que é a “moral”?
1 comentário:
A questão moral é uma coisa. O cumprimento da Lei é outra.
Há ainda quem continue a confundir as coisas.
O Mirone
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