Como nos grandes clubes, pouco interessa aos sócios que o seu clube esteja endividado de dívidas, que lhes interessa é que obtenham vitórias. Quanto mais melhor. As dividas que os responsáveis as paguem ou que encontrem forma de as solucionarem.
Na política autárquica, pouco importa aos eleitores que a “sua “ Câmara” esteja sufocada de dívidas. O que querem é que façam obras e que o nome da sua terra seja falado e conhecido nos confins do mundo.
Vanda Nunes deixou o tempo amainar e escolher o seu “timing” adequado para mostrar a quem lhe tirou o tapete que era a pessoa certa para o lugar certo porque só ela soube fazer num curto espaço de tempo as obras que os outros não conseguiram fazer durante mandatos inteiros.
Ao inverso dos sócios ou dos eleitores, teve conhecimento prévio do saldo negativo que a autarquia gerida pela sua pessoa possuía mas pouco se importou mesmo com a plena consciência que o seu seguidor vai encontrar milhões de euros em dividas, cabendo a este a fórmula de encontrar a maneira de angariar receitas para diminuir o passivo.
Problema dele ou dela, porque quem vier a seguir que feche a porta.
É com este suposto argumento que Vanda Nunes vai acabar o seu mandato fazendo obras que em termos percentuais nenhum presidente cumpridor do mandato inteiro conseguiu fazer.
Ou seja: em curto espaço de tempo como presidente da autarquia conseguiu fazer mais obras que outro qualquer presidente, mesmo não tendo dinheiro para as fazer. Utilizou a inteligência e a astúcia para mostrar politicamente a quem renegou a sua candidatura, considerando-a assim incapaz de fazer alguma coisa.
Mostrou que: «ignorada e rejeitada para uma nova candidatura» impedindo assim indirectamente o desenvolvimento em Alpiarça para que este fique adormecido a médio prazo porque difícil será para quem se seguir de encontrar preceitos de obter receitas porquanto a autarquia está endividada «até ao pescoço.
O pouco que fez e está a fazer até o fim do seu mandato há muito era desejado pela população alpiarcense.
Há muito tempo que os alpiarcenses queriam o espaço envolvente da Barragem dos Patudos electrificado como defendiam uma melhor harmonia arquitectónica para o espaço do Largo Vasco da Gama, também conhecido pela “Praça Velha” como queriam um melhor atendimento autárquico e a diversificação dos respectivos serviços de atendimento aos munícipes.
Sem ninguém lhe exigir soube mais do que ninguém quais eram os anseios da população alpiarcense.
Sem grandes alaridos realizou-os de uma só penada.
Para não se altarerem as regras e aos hábitos de Alpiarça a localidade acabou de perder quem sabia fazer aquilo que as pessoas queriam.
3 comentários:
Tudo é facil de executar, sabendo que quem vem atrás é que fecha a porta, ou seja, que pague as obras
De facto o executivo que vier a seguir (e tudo indica que será de uma força diferente da actual) vai ter uma grande dor de cabeça para conseguir fundos que permitam gerir a Autarquia.
A dívida é muito alta, as despesas aumentam e as receitas não se vislumbram.
Até a receita proveniente da água paga pelos consumidores passou a ir directamente para a empresa Águas do Ribatejo.
Seria interessante também, alguém explicar, como foi feito este negócio que envolve um valor significativo em infra-estruturas já existentes e facturação.
Explicar quais as contrapartidas deste negócio para a Autarquia, de modo a que todos pudéssemos entender. Afinal é um negócio em que todos fomos envolvidos: consumidores e fornecedores.
Dizem os seus promotores que o negócio só traz vantagens para o consumidor.
Até agora ainda não vimos qualquer benefício, confrontando os valores pagos antes à autarquia com estes últimos pagos à empresa Águas do Ribatejo.
No futuro veremos.
A transparência dos actos públicos é uma coisa bonita e, é no fundo, um sinal de seriedade.
Ainda quanto a receitas, deixou a Câmara Municipal de receber muitos licenciamentos de obras de pequena monta, ao abrigo da “Lei Simplex” que, prevê apenas uma comunicação prévia, sendo que noutros casos nem comunicação é necessária.
A responsabilidade da gestão das escolas pela Autarquia é outro factor que neste momento pode ter um peso negativo no Orçamento Camarário, pese embora os dinheiros recebidos para o efeito dos organismos competentes do Estado, que são sempre escassos, como é sabido.
Em resumo, quem dirigir a Câmara Municipal de Alpiarça nos próximos quatro anos, deve conseguir captar receitas para cobrir as despesas, incluindo a amortização da dívida contraída à banca. Se não conseguir, a coisa ficará mesmo preta, como se compreenderá.
Nota: Caso seja a CDU a gerir a CM nos próximos quatro anos terá a receita diminuída uma vez que tem votado contra a aplicação de coimas aplicadas por obras ilegais a munícipes infractores, nestes últimos tempos e, certamente, não irá dar o dito por não dito no futuro.
E já que calha em conversa, gostaríamos de saber o que pensam os candidatos da CDU à Câmara Municipal de Alpiarça, a propósito das obras ilegais, sem hipótese de legalização, existentes no Concelho, uma vez que elas existem e, na opinião dos vereadores da CDU, nem multas merecem.
Zé Munícipe
Pelo que me contaram e eu tenho vindo a acompanhar pelos blogues,querem dizer que nem todos pagam as coimas quando fazem obras clandestinas?
Esperem aí! Um familiar meu do Frade pagou uma valente multa por uma coisita que fez no quintal. Outro tio meu aqui em Alpiarça pagou outra multa de quinhentos e tal Euros só por levantar um murozito e há cidadãos que cometem ilegalidades até mais graves e não pagam nada?
Há que tirar isso a limpo e chamar os responsáveis da Câmara à responsabilidade! Onde é que já se viu isso? Haver munícipes que pagam e outros com a mesma infracção ou mais grave ainda e não pagam?
Isto é caso para participar rapidamente ao Ministério Público e outros órgãos que acharão um piadão a isto.
Quer dizer que esta história acontece ao longo do mandato PS, certo? Então porque é que os vereadores da CDU na Reunião de Câmara têm votado contra? Será por qualquer protesto? Porque sabem que uns pagam e outros não?
Isto realmente seja como for é uma falta de respeito para quem pagou coimas tendo feito a mesma transgressão que outros que foram poupados a este pagamento.
Assim sendo há que investigar porque é que uns cidadãos são filhos e outros enteados.
Apelo
Pessoal que foi multado por obras ilegais pela Câmara Municipal, façam o favor de passar pelo Clube Desportivo Águias e colocar o vosso contacto em lista criada para o efeito que irá ser afixada oportunamente no placard com a devida autorização.
Esta será a primeira fase. Em seguida dar-lhe-emos indicações para a fase seguinte.
Isto não pode acontecer num País membro da Comunidade Europeia.
Onde está a iguadade de tratamento de todos os cidadãos pela parte da Administração Pública?
J. Pires
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