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sábado, 5 de setembro de 2009

Esclarecimentos prestados por Mário Santiago aos leitores

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Olá Rosa,
Para melhor visualização permita-me transcrever cada uma das suas questões e de seguida a minha resposta:

« (…) não acha que para o lugar que aceitou encabeçar a sua lista devia ser uma pessoa mais experiente?»

Resposta: O que define experiência para o exercício de um cargo num órgão das Autarquias? Se formos pela idade, então não me parece que os meus quase 40 anos, sejam sinónimo de inexperiência. Se a idade fosse um factor condicionador, então relativamente ao órgão executivo (Câmara Municipal) em que se exige uma entrega e disponibilidade total, além de uma grande capacidade de gestão, liderança e visão estratégica, teríamos de escolher a candidata do PSD que seria a mais experiente e todos sabemos que se existe alguém com experiência no Executivo é o Mário Fernando, já que é o único dos três candidatos que tem experiência de Vereador.

«Uma vez que escolheu a carreira politica e foi escolhido pela CDU para as Autarquias, não acha que devia de estar num outro lugar de menos relevo?»

Resposta:Nunca referi que escolhi a carreira politica como profissão. Desde 1993 que exerço a minha profissão na área financeira, e actualmente como Director Administrativo e Financeiro num Grupo Empresarial. O desempenho de funções como eleito na Assembleia Municipal não é exclusivo nem incompatível com o desempenho de uma profissão. Relativamente ao lugar que represento, foi esse que me foi proposto pela Coligação Democrática Unitária e eu aceitei o desafio, consciente ue estaria capacitado para tal.

«Como cabeça de Lista à Assembleia Municipal de Alpiarça, como vê uma Assembleia Municipal onde não haja maioria CDU, e uma Camara Municipal de maioria CDU?»

Resposta:Pelo que percebi, presumo que se refira à situação de simultaneamente existir uma heterogeneidade na composição dos eleitos em diferentes órgãos. Uma situação destas resultaria sempre da vontade dos Eleitores e os eleitos como seus representantes teriam obviamente de fazer o seu melhor, conscientes que estariam a representar o eleitorado.
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(2)
Caro ABF,

Claro que existem Independentes. Relativamente à possibilidade de um dia eu votar noutra força politica além da CDU, é sempre uma possibilidade em aberto. Se a CDU se afastar dos seus ideais e fizer o que outros fizeram (o exemplo do PS que ‘colocou o socialismo na gaveta’), cá estarei, à semelhança de outros eleitores para demonstrar o meu descontentamento. A democracia é isso mesmo.

Em relação à suposição de que na CDU prevalecem as decisões do colectivo em detrimento da opinião individual, não sou concordante com o comentário. É suficiente consultar as Actas da Assembleia Municipal e concluir que nem sempre prevaleceu o voto colectivo.

Obrigado pela intervenção,
Mário Santiago

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro Mário
Experiencia não é só idade.
Se é director administrativo e Financeiro de uma Empresa os recursos Humanos dessa empresa quando contratam alguem para ocupar um lugar, têm em atenção vários factores, entre eles a idade.
No seu caso e para lugar que pretende ocupar o factor idade quanto a si não é importante, assim o disse, mas não se alongou mais que isso!
Na sua empresa dá-se lugares de topo a pessoas inexperientes? São essas pessoas que dão credibilidade à empresa?
Na política funciona igual, não acha?
Ou acha que os Partido Politicos hoje com o descredito que ocupam na sociedade portuguesa se aproximam dos ditos independentes para chegarem as camadas dos abstencionistas?

Rosa M

Mario Santiago disse...

Rosa, olá novamente.

A comparação que está a fazer com as empresas, no meu entender, não é a melhor.
-Uma empresa define um perfil e procura um candidato que melhor se aproxima do mesmo, cabendo a responsabilidade de admissão à própria empresa.
-Na politica, são os partidos que definem o perfil e escolhem os candidatos. Só depois os candidatos são apresentados aos eleitores e são estes que os elegem.

Mas como sabe, nem sempre as pessoas experientes são competentes, da mesma forma que nem sempre as pessoas competentes são experientes.

Já em relação à integração dos Independentes em Listas, entre inúmeros motivos que existem, o que referiu pode ser um deles. A CDU, por exemplo, é uma coligação de esquerda que inclui o PCP, Os Verdes, a ID e um grande número de independentes que nestas Eleições Autárquicas ascendem a aproximadamente 40% do total das Listas nos 301 Municípios que concorre. Em Alpiarça, essa proporção, se não me engano, andará perto dos 50%, ou seja praticamente metade dos candidatos não militam em qualquer força partidária.
Se os habituais abstencionistas se identificarem mais com um ou mais candidatos independentes e isso for um motivo para levar essas pessoas a votar em alguém que acreditam em vez de se absterem, porque não? A democracia não sai enriquecida por isso mesmo?

Obrigado,
Mário Santiago