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quarta-feira, 1 de julho de 2009

Qualidade, Rigor e Modernidade – Alpiarça melhor!

Por: Édio Martins
Qualidade, Rigor e Modernidade os três vértices para um Programa de acção política, de matriz socialista, a apresentar aos alpiarcenses no próximo pleito eleitoral autárquico.
Para não me acusarem de escrever demais, apresentarei unicamente as ideias mestras…

Qualidade (Alpiarça), nos tempos que correm importa cada vez menos “formatar” a acção política numa lógica da quantidade (muitas iniciativas, muitos eventos, muitas realizações, muitas obras, muitos etc., até porque isso também implica muitas promessas….), antes pelo contrário, interessa identificar bem o que é estruturante ou central no desenvolvimento do concelho, não procurar fazer “mais”, mas antes melhorar o que já se tem. Este paradigma obrigará a fazer opções, a concentrar meios e, sobretudo, a pensar a partir do “re”. Eu explico, o que me parece necessário, conjugando todas as “leituras”, é reabilitar, reconstruir, recuperar, reforçar, reutilizar, relançar…

Sem me alongar mais, para já, neste “vértice” preocupa-me o acelerado estado de degradação que se pode observar no edificado em Alpiarça, podendo este domínio ser uma das prioridades. Outra reflexão necessária é saber se se justifica mais do que uma Feira e/ou que outros usos dar ao espaço/equipamento onde se realiza a Alpiagra.

Em resumo, uma primeira ideia que gostaria de deixar, assenta num Programa com menos acções do que tem acontecido, e muito virado para o que já existe e exige intervenção, em vez de muitas iniciativas e todas elas (ou quase todas) “novidades”. Outra vertente da mesma preocupação, prende-se com os chamados “projectos âncora”, que devem merecer um tratamento muito especial, pois como podem ter grandes impactos positivos o contrário também é verdade… Voltarei a este assunto noutro “escrito”, invocando também o QREN e o PROT.

Rigor (Novo Ciclo), este é o “vértice” que mais exigência obrigará aos responsáveis que vierem a tomar as rédeas do destino da Autarquia - à Sónia e à sua equipa - um esforço muito redobrado. É necessário assumir um sério compromisso de rigor na gestão da coisa pública. Como princípio, é necessário auditar bem o “histórico” e reorganizar os principais processos relacionados com o funcionamento da autarquia. Rigor… e transparências nos concursos (todos, desde pessoal a empreitadas), na articulação institucional (com as diversas entidades com que a CMA tem de concertar processos … águas… lixos… etc., mas também com as “forças vivas” do concelho… associações, clubes), na comunicação e informação (de e para os munícipes), na gestão da dívida (o fardo dos empréstimos…). Aqui importa acabar com o cinzentismo que muitas vezes transparece nos concursos, nos apoios, nas ajudas, nos subsídios…

Em resumo, nesta segunda ideia focalizo a minha atenção para a necessidade de vermos no Programa uma postura de partilha, de prestação de contas sistemática da acção política que não se deve esgotar na Assembleia Municipal, mas chegar efectivamente ao cidadão. Um compromisso sério com o rigor, a transparência e o controlo. Porque não fazer publicar na Voz de Alpiarça, por exemplo, todo o tipo de apoios que, regularmente, é dispensado às instituições e colectividades do Concelho? Assim, talvez se conseguisse evoluir para um orçamento “mais” participativo, com os ganhos de acertividade que daí resultariam, necessariamente.

Modernidade (Inovação, Ambição), este é o pilar que eu mais ligaria à “crise”. No meu entendimento as crises ao acontecerem, devem servir para alguma coisa. E, quando pensamos em processos de melhoria, de mudança, de desenvolvimento e quando o “objecto” de tudo isso é um território que não tem muito que o distinga dos demais, nomeadamente aos que lhe estão próximos, há que procurar por via da “modernidade” ganhar vantagens, primeiro internamente ou seja, fazer melhor e moderno atendimento ao cidadão (quartel GNR, CMA, Centro de Saúde), melhores e mais modernas escolas, biblioteca… Não descurando a importância que a imagem tem enquanto "marca", diria que o Município deve "criar sinais exteriores de modernidade” para ser capaz de atrair empresas e mais ainda pessoas, começando por “manter” os que já estão em Alpiarça, com especial atenção os jovens. Nesta dimensão, procuraria inovar na criação de condições para a fixação de jovens a começar pela disponibilização de condições para a habitação (inovar mesmo).

Em resumo, dirigir recursos para acções que tragam “modernidade” ao concelho, inovando nas ideias e nas práticas procurando estar atento e com sentido de oportunidade (o que obriga a muito profissionalismo), no aproveitamento de programas nacionais ou comunitários, mais ou menos transversais ou em lógicas de complementaridade sejam elas intermunicipais ou regionais.

Em síntese, diria que nos tempos que passam e atendendo contexto de Alpiarça procuraria esboçar um Programa de Acção, matricialmente socialista, centrado nos alpiarcenses – cidadãos e instituições – com acções de re… desde o Ambiente ao Urbano, rigoroso na gestão da coisa pública, incrementando mecanismos de controlo e de informação, promovendo intervenções inovadoras (de grande efectividade mesmo que de reduzido show off), procurando elevar e melhorar a “face” moderna de Alpiarça. É claro que agora falta passar à objectivação do que atrás se disse, mas isso fica para outras linhas…

Um abraço,
Édio Martins

2 comentários:

Anónimo disse...

Parece-me que o grande problema dos textos do Dr. Édio Martins não é o facto de serem longos, que isso tolera-se bem nos casos em que a mensagem é perceptível e ajustada às realidades, mas sim serem um conjunto articulado de palavreado vazio, vulgarmente desiganado por "tretas".
É o típico discurso tecnocrático, que em Alpiarça estavamos habituados a ler e a ouvir a partir do discurso do Dr Rosa do Céu, este mais ligado às questões economicistas e com uma grande vantagem para RC: era um discurso muito mais eficaz para convencer do empreendorismo do homem, dando até a ideia de que estaria a referir-se a realidades que não apenas virtuais, tendo assim enganado muito bem a maioria do povo de Alpiarça até muito recentemente. Édio Martins não consegue aproximar-se deste poder de manipulação, não por falta de retórica, mas por uma razão simples: RC acenava às pessoas com verbas, com dinheiro, com a ambição irreal de transformar Alpiarça e os bolsos de alguns numa coisa que sabia não ser possível e, nestes casos, algumas pessoas até gostam de ser enganadas, encostarem-se aonde lhes possa ser vantajoso.
Para o Mario Fernando e para a CDU, para todos os adversários políticos, "era ouro sobre azul" que a Sónia Sanfona e o PS adptassem estas ideias de Édio Martins e se apresentassem aos eleitores com argumentação deste tipo - nem precisavam de fazer mais campanha, que estava ganho.
O grande problema deste discurso vazio é apresentar-se de cátedra, acima de tudo e de todos, incompreensível, sobranceiro, desvalorizador de trabalho e do conhecimento dos problemas das pessoas, aspectos que só se podem apreender no contacto directo e na identificação total entre quem exerce funções públicas/políticas e as populações, em Alpiarça ou em qualquer outro lugar.

FA

Anónimo disse...

Seria bom que o Srº Drº Édio Martins opinasse sobre a poluição da Vala Real, da degradação da Reserva do Cavalo do Sorraia, zona envolvente do Complexo desportivo ds Patudos, Barragem, Aldeia Palafítica do Patacão etc, etc.