O secretário-geral do PS defendeu ontem que os portugueses e os investidores já não acreditam no actual executivo.
"É preciso que os portugueses e os investidores olhem para o
Governo, para o primeiro-ministro, para os principais ministros e
acreditem na sua palavra. A pergunta que eu faço é: um português
independentemente das suas opções partidárias olha para este governo e
acredita na palavra deste governo?", questionou.
Para António José Seguro, a política de austeridade dos dois ultimo’s
anos "foi um disparate" e o actual Governo já não tem condições de
fazer "alguma mudança" no país.
"Diga o primeiro-ministro o que disser, diga o líder do segundo
partido da coligação o que disser, o mal está feito e eles são os
responsáveis", acrescentou.
Seguro, que falava em Vizela, durante a sessão de apresentação da
recandidatura de Dinis Costa à Câmara local, reiterou que não está
apenas em causa "o mal" da última semana, em que "o Governo juntou uma
crise política à crise económica e social que já existia", mas sim o
"mal" feito nos últimos dois anos.
"Alguém, no seu perfeito juízo, consegue entender que é empobrecendo que pagamos as nossas dívidas?", questionou.
Defendeu que Portugal precisa de "uma visão, um horizonte, uma estratégia, uma mudança".
"É isso que o PS põe à disposição de Portugal, nunca do lado dos problemas, sempre do lado das soluções", acrescentou.
O líder socialista advogou ainda que Portugal precisa também da ajuda
dos parceiros europeus para sair da crise, sendo para isso necessário
ter "uma voz forte na Europa". "Nós já não nos bastamos a nós próprios",
afirmou
«DE»
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