Como é que o Pedro Gaspar se apresenta à população de Alpiarça?
Apresento-me de forma simples, como eu sou. Nasci em Alpiarça e foi aqui que cresci e estudei. Os meus pais, com esforço, criaram as condições para que eu pudesse tirar o meu curso superior. Rumei a Coimbra onde me formei em Engenheira Eletromecânica. Depois regresso a Alpiarça para integrar a empresa familiar. Com o crescimento da empresa e sendo a maioria dos clientes de Lisboa, sentimos a necessidade de abrir aí um escritório para promovermos a proximidade e eficiência. Caso-me em 2007 com a minha mulher que estava a exercer advocacia, também, em Lisboa. Nessa altura decidimos que deveríamos morar mais perto dos nossos locais de trabalho. Fiz questão, no entanto, de manter a sede da empresa em Alpiarça, sendo aqui que pagamos impostos e criamos postos de trabalho. Sou um homem muito ligados às suas raízes, à sua terra e às suas gentes. Estas raízes que vêm dos meus tetra-avôs. Recordo com emoção os meus avós João Gaspar e António Almeida. Gosto das alcunhas de Alpiarça e de dizer que sou filho do “Carioca” e da Maria Luísa. Apresento-me como um filho desta terra, um Alpiarcense de gema. Os meus avós eram agricultores e foi aqui que andei nos meloais, que aprendi a conduzir um tractor e a fazer uma carrada, a acartar latões de uvas que cortavam os ombros e a apanhar caixas de tomate por 20 escudos. Foi aqui que fui atleta federado no Clube Desportivo "Os Águias" onde pratiquei diversas modalidades desde a ginástica, karaté ao atletismo e do qual sou sócio há 38 anos. E é aqui que quero servir a minha terra!
O porquê desta candidatura e de ser Presidente de Câmara?
Eu tenho para mim a convicção que existem homens e mulheres que têm dentro deles o espírito de serviço público, de estar ao serviço da sua comunidade.
A minha terra viu-me nascer, deu-me educação, fez-me crescer como homem e como pessoa. Sinto o apelo e a missão de retribuir tudo isso à minha terra. Desde muito cedo, mais propriamente em 1997, quando sou convidado pela primeira vez para desempenhar um papel na política local, que sinto com mais força esse apelo de serviço público e de servir os meus conterrâneos. Estava nessa altura a estudar em Coimbra onde era dirigente da Associação de Estudantes e, com o mesmo espirito de missão, trabalhava em prol da comunidade académica.
Fiz o meu percurso político em Alpiarça, fui deputado Municipal durante 8 anos e fiz, também, a par disso o meu percurso profissional. A determinada altura surge este desafio maior. Ser Presidente de Câmara. Senti todo o peso da responsabilidade ao ser eleito pelos meus pares e ao mesmo tempo uma grande honra por estar a ser depositada em mim essa confiança. Irei usar os meus conhecimentos de vida, académicos e profissionais aliados aos saberes que a minha terra me deu, para servir Alpiarça como Presidente de Câmara.
Onde é que constrói as suas ideias politicas?
As ideias políticas nascem de uma soma de várias referências, ou seja, observamos a sociedade, a nossa terra, o nosso pais e o mundo e, juntando todos esses factores à pessoa que somos, definimos as nossas ideias de como construir uma sociedade melhor. Aliado a isso, tenho referências de pessoas que são, para mim, um exemplo. A nível local as minhas referências estão nas pessoas que durante os 12 anos de gestão do PS e do Movimento "Alpiarça é a Razão" protagonizaram o maior avanço de sempre, a todos os níveis, em Alpiarça e voltaram a colocar a nossa terra no mapa de Portugal. Isto é reconhecido por todos.
Depois terei obviamente as minhas referências politicas nacionais, sou militante do Partido Socialista. Considero-me de Centro-Esquerda. Mas as referências, ou se quisermos os exemplos que desejo seguir, como candidato a Presidente de Câmara da nossa terra, são as referências locais.
Porque é que se diz que o Pedro Gaspar veio dividir o partido que representa?
O Partido Socialista, em Setembro de 2012, entrou numa nova era democrática ao criar um sistema de eleições internas para a escolha do candidato a Presidente de Câmara. Um sistema que, por voto direto e secreto dos militantes, permite a escolha direta do candidato. Estas eleições são uma novidade e estão na vanguarda da democracia, especialmente quando as comparamos com os sistemas ainda usados pelos outros Partidos em Portugal.
No PS de Alpiarça apresentaram-se dois candidatos. Coisa perfeitamente natural e saudável. Ora esses dois candidatos fizeram a sua campanha interna, debateram ideias e estratégias e foram a votos. Dessa votação, por voto secreto, foi eleito um dos candidatos. Os militantes do Partido Socialista decidiram que seria eu o candidato a Presidente de Câmara. A minha camarada, Dra. Regina Ferreira, foi uma digna adversária e é uma democrata a toda a prova.
Surgiu assim, um candidato eleito democraticamente para representar todos os Socialistas em Alpiarça. Portanto, não há divisão nenhuma no PS. Isso é um mito. O que existiu foi uma tentativa da oposição, que pode ter dificuldade em entender este processo democrático e transparente, em tirar proveitos políticos desta eleição. Senão, vejamos. O Mandatário desta campanha é o Dr. Joaquim Luís Rosa do Céu que é uma das figuras do PS e Presidente de Câmara eleito para 3 mandatos. Existe o apoio inequívoco do PS nacional através da nossa conterrânea e Secretaria Nacional Dr.ª. Sónia Sanfona. Contamos com a força do Presidente da Federação Distrital Dr. António Gameiro. Estão connosco, de alma e coração, a Ex-Presidente de Câmara Dr.ª Vanda Nunes e a Ex-Presidente da Assembleia Municipal Engª. Vera Noronha que é independente mas que foi uma das fundadoras do movimento "Alpiarça é a Razão". Não menos importante o empenho do Ex-Vereador e Ex-Presidente de Junta José João Marques Pais, um dos membros mais dignos e com mais força dentro e fora do Partido. E para nos dar ainda mais saber e robustez contamos com o António Manuel de Sousa, o Manuel José Raposo, do António José Coelho e o Manuel Canelas, entre outros.
Tudo pessoas que não só corporizam os valores do PS, como a sua defesa desde sempre. Mas também de pessoas que estiveram no projeto desde 1997 até hoje, e dão uma força extraordinária a este grupo de trabalho. Demonstrando sem sombra para duvida, que o PS e os seus simpatizantes abraçam esta candidatura com muita união e com um carinho especial.
Fala-se muito que o PS deixou a Camara Municipal endividada. Qual é a explicação que o Pedro Gaspar e o seu partido dão à população?
A questão da "famosa" divida tem sido o bode expiatório para encobrir a incapacidade de gestão da CDU. Durante 4 anos a CDU limitou-se a falar da divida e a usar essa desculpa para não apresentar qualquer tipo de trabalho ou ideia. A população de Alpiarça elegeu a CDU para fosse cumprido um programa eleitoral. Pouco ou nada foi cumprido. Foram 4 anos desperdiçados, foram 4 anos de oportunidades deitadas fora. Sem trabalho feito e sem alternativas de futuro, a CDU escondeu-se debaixo de uma desculpa esfarrapada. O que a CDU não explicou é que esta divida, no entanto, é uma divida de investimento.
O PS fez uma gestão rigorosa das verbas, mas inevitavelmente, para criar infraestruturas dentro da nossa vila teve de investir. Eu costumo dar um exemplo muito simples sobre esta matéria. Imagine que alguém pede 100 mil euros ao banco para fazer a sua casa porque mora numa barraca sem condições. Depois da casa feita começa a pagar a divida ao banco. Em Alpiarça foi semelhante. Antes de 1997 vivíamos numa espécie de barraca com ruas de terra e lama, sem Zona Industrial, sem zonas desportivas, sem zonas verdes, sem locais de lazer e sem saneamento ou agua potável em muitas zonas dos lugares. Passamos a morar numa boa casa. Isso gerou uma divida que se tem de amortizar no tempo. Tal como um empréstimo de uma casa. Podemos não gostar da cor da casa ou dos azulejos da cozinha, mas é melhor que morar numa barraca.
A divida é uma dívida de investimento e, por norma, todas as autarquias a têm. Especialmente aquelas autarquias em que estava quase tudo por fazer como em 1997. A gestão do PS deixou toda essa obra feita. O que realmente preocupa é que se voltou a uma gestão em que parece que se quer voltar a morar numa barraca. Basta olhar para o desleixo da Rua Direita, para as infraestruturas desportivas e de lazer ao abandono, para a falta de segurança na via publica com passadeiras gastas e onde os carros circulam a velocidades excessivas, as estradas de campo sem manutenção, a iluminação pública desligada e a insegurança dos Alpiarcenses a aumentar todos os dias. Um péssimo serviço que a Câmara tem prestado aos Alpiarcenses.
É até curioso, senão triste, que esta dívida seja muito discutida no edifício dos Paços do concelho. Esse espaço renovado e com condições de trabalho só existe porque houve uma obra e por consequência uma divida. As obras foram feitas e estão à vista.
Muito graves foram as contas que herdamos em 1997 da CDU, onde havia dívida e era muito difícil perceber onde estava a obra. Mas isso é passado e eu estou muito concentrado é no futuro. Alpiarça não pode esperar mais 4 anos com uma gestão da CDU especializada em carpir uma divida e de braços cruzados dentro dos gabinetes da Câmara. Os Alpiarcenses não podem continuar a ser empurrados para o passado. O caminho é o futuro.
Em que se baseia para dizer o que está mal e o que precisa de ser feito em Alpiarça?
Baseio-me naquilo que observo todos os dias. Quando se questiona este executivo sobre o porquê de não ter cumprido a quase totalidade do seu programa eleitoral, a resposta é um encolher de ombros e a divida, claro. Não deve ser fácil explicar porque não se fez nada em 4 anos de mandato. Somos nós todos que pagamos a Câmara Municipal com o dinheiro dos nossos impostos.
Aliás, costuma a CDU dizer uma coisa interessantíssima quando é perguntado o que foi feito em 4 anos: ‘Está à vista de todos!’ Bem, eu acho que realmente têm razão, pois está à vista de todos que nada foi feito. É que Alpiarça está a andar para trás, ou seja, nós estamos a caminhar lentamente e de forma angustiada para o passado. Ora este ciclo de regresso ao passado tem de terminar este ano. Este executivo não tem condições para continuar a gerir a Câmara.
A forma como o mundo gira hoje em dia, a forma como a economia muda constantemente, não nos permite estar acorrentados a esta lógica de regresso ao passado. Não é admissível que um executivo municipal apresente como obra feita a limpeza das ruas. Isso são serviços mínimos. A exigência é muito maior e as responsabilidades muito superiores.
E um executivo municipal tem de querer que a sua terra evolua. Aplicando arte, engenho e suor todos os dias. Sair dos gabinetes e contactar os agentes económicos de diversos sectores, promover o diálogo com associações, bater à porta de Ministérios e Secretarias de Estado, observar as oportunidades dos novos fundos comunitários e estar muito atento ao que se passa em Portugal e no Mundo. Porque investimento é emprego, são impostos e é desenvolvimento. E ao mesmo tempo manter o investimento que já está fixo em Alpiarça promovendo, de forma constante e sustentada, as condições operacionais das empresas instaladas no nosso Concelho.
A continuar neste registo de abandono, até esse investimento nos arriscamos a perder porque as empresas, onde se incluem, mas não só, as que estão na zona industrial, estão com dificuldades de comunicação com este executivo. Que é um executivo de gabinete que cortou laços com estes agentes económicos. Um Presidente de Câmara tem de ser livre para decidir e não estar refém, como é voz corrente, do crivo de uma qualquer Comissão Politica. Esse tempo já passou há muitos anos.
Agricultura, Industria e Turismo são três impulsionadores do desenvolvimento. Qual a sua visão sobre estes pontos?
Efetivamente são os três eixos fundamentais para o desenvolvimento da nossa terra e que estão completamente desligados uns dos outros. A economia local para crescer tem de ter um executivo que consiga criar ferramentas para ligar os vários sectores económicos. Observemos sector a sector e como se podem ligar no futuro próximo. No sector primário, que representa a maior fatia da nossa economia local, temos neste momento uma segunda e terceira geração de jovens agricultores que estão a aproveitar, e muito bem, os conhecimentos que foram lhes transmitidos pelos seus pais e avós e que ao que ao mesmo tempo complementam esses conhecimentos da terra com uma vertente académica. O que lhes permite, num Concelho com terras das mais férteis do mundo, sem exageros, que é a Lezíria do Tejo, que se esteja a produzir produtos de primeira qualidade mundiais.
A Industria, por outro lado, deve ter uma componente ecológica que não ponha em perigo a nossa qualidade de vida nem a qualidade das nossas terras, o que me faz afirmar que nem todo o tipo de Industria serve a Alpiarça.
No que concerne ao Turismo, tema que pretendo aprofundar, existem poucos Concelhos que num raio de 3 Quilómetros, considerando a Casa Museu dos Patudos como o centro desse círculo, tenham uma das melhores casas-museu do Pais, uma Albufeira para desporto e lazer, um complexo desportivo, um complexo de piscinas, uma reserva natural, uma igreja matriz emblemática, um centro cívico, uma biblioteca, doçaria Regional e um património arqueológico riquíssimo. Estamos sentados numa mina de Ouro e não fazemos nada.
O que pensa fazer pela Agricultura e pelos Agricultores?
É fundamental que se estimule o trabalho meritório dos nossos agricultores, que haja uma comunicação muito mais próxima e que eles não estejam nem se sintam desapoiados.
Obviamente que a Camara não se irá constituir como uma associação de agricultores, não é esse o nosso objetivo. O nosso objetivo é podermos ser um parceiro que ajude a abrir as portas em grandes empresas para o escoamento da produção em massa, em mercados especializados para produtos de alta qualidade, abrir portas em Secretarias de Estado e Ministérios que permitam o acesso em tempo real a oportunidades e auxílio à produção dos nossos agricultores. Queremos criar uma plataforma de contactos e de com apoio jurídico, assim como um conjunto de ferramentas que permitam com que os nossos produtos agrícolas sejam muito mais valorizados do que são nos dias de hoje. Esta plataforma permitirá, também, iniciar o projecto de um Cluster Agrícola onde iremos promover as condições ideais para a interação entre empresas que fornecem matérias-primas, equipamentos e matérias agrícolas e empresas de logística e escoamento do produto final dos nossos agricultores.
Daremos, também, especial atenção á Agricultora Biológica como produto que tem um nicho de mercado específico e cada vez mais procurado.
Disse que nem toda a Industria serve para Alpiarça. Que Industria pensa atrair e será essa indústria a combater o desemprego Jovem?
Em relação à Industria, fruto da captação de investimento da Gestão do PS, temos um sector de agroindústria implementado em Alpiarça e em pleno funcionamento. Sector esse que pretendemos, reforçando a comunicação e a criação de novas condições, continuar a estimular. Mas é preciso mais para desenvolver a nossa terra. Mas como referi, aposto em Industrias não poluidoras e amigas do ambiente. Estamos já em contacto com empresas de Tecnologias de Informação para que se fixem na Zona Industrial e sejam criados postos de trabalho neste sector de atividade por forma a combatermos o desemprego jovem. Os jovens que são forçados a sair de Alpiarça têm formação em várias áreas que encaixam neste sector. Vão desde a Engenharia Informática, gestão de empresas, secretariado, técnicos de manutenção industrial, design, web design, marketing e publicidade. Acresce que é uma Industria que por ser limpa está em harmonia com a qualidade de vida e com o próprio sector agrícola. Iremos, em parceria com as operadoras nacionais, dotar a Zona industrial de redes de fibra óptica de alta velocidade e condições fiscais para essas industrias que se fixem na aqui beneficiando, também, as que já cá estão instaladas.
Como pensa convencer essas empresas a fixarem-se em Alpiarça?
Alpiarça, como referi, tem tudo o que alguém procura quando se pensa em qualidade de vida. Tem jardim-de-infância, escolas, infraestruturas de desporto e lazer, habitação a custos aceitáveis e boas gentes sempre prontas a bem receber. A vinda de novos habitantes será um dos fatores que irá ser determinante para a recuperação de casas ao abandono e a limpeza e embelezamento das ruas da nossa vila. Acresce que nós temos uma situação geográfica privilegiada, pois estamos a 45 minutos da capital do país. As pessoas que trabalham nessas empresas anseiam por sair de Lisboa e viver com a família e filhos numa terra de tranquila como é Alpiarça. Mas por outro lado querem manter a ligação às suas raízes. Alpiarça é o local perfeito.
E o como fica o Comercio local?
O comércio local também será beneficiado. As pessoas terão mais poder de compra com a diminuição do desemprego, os novos habitantes farão crescer moderadamente a nossa população e irão torná-la mais jovem. As populações mais jovens são mais adeptas do consumo. Ao mesmo tempo estão a voltar a adquirir o gosto pelo tradicional. Procuram cada vez mais os produtos regionais e o comércio local. Esta é a oportunidade para revitalizar o nosso Mercado Municipal e melhorar as condições e o mercado dos pequenos comerciantes.
Ao estimular os vários sectores criamos aumentos de produtividade em cada um deles e , logo, uma economia local mais saudável e sustentável.
E como entra o turismo neste seu programa?
Quanto ao sector do Turismo, para dizer que é fundamental. Nós temos um património arqueológico com mais de 100 mil anos. Temos aquela que é classificada como a segunda melhor casa museu do país. Um executivo da CDU que agarrou num projeto de financiamento deixado pelo PS e que servia para melhorar a casa-museu e não para destruí-la! Uma casa-museu que hoje, desafortunadamente, está fechada há meses quando as obras podiam ser feitas por fases não fosse estarmos à porta das eleições e ser preciso mostrar qualquer coisa. Sim, porque o que está a ser feito é uma espécie de qualquer coisa. Este executivo da CDU alterou por completo o que estava pensado e aprovou um outro projeto que está a matar por completo a Casa Museu dos Patudos. Já foram classificadas aquelas obras como uma aberração arquitetónica, que é também a minha opinião. E já agora permitam-me deixar aqui vincado que uma das primeiras medidas que irei tomar se for eleito vai ser reformular todo aquele muro, toda aquela parede de betão que destrói por completo toda a filosofia da Casa Museu dos Patudos. E recolocar a calçada á portuguesa que é património português e que estava a evitar infiltrações nas infraestruturas. Foi toda arrancada para colocar ‘saibre’ que é uma coisa que só na cabeça de alguns iluminados é que terá algum cabimento. Na nossa não tem. E fica como registo que será uma das primeiras medidas a tomar.
Depois de reposto o património dos Alpiarcenses, iremos desenvolver um circuito que irá abranger a Casa-Museu, a Igreja Matriz e uma loja de produtos regionais. Pretendemos recriar as artes e ofícios da nossa terra, ou seja, a criação de um espaço nos anexos da Casa-Museu onde os nossos seniores, de forma voluntária, possam mostrar os seus ofícios, alguns já quase extintos, convivendo uns com os outros e com os visitantes.
Iremos ligar este circuito às visitas à reserva natural do cavalo do Sorraia e aos locais de património arqueológico que será estudado, classificado e colocado ao dispor de Universidades e visitantes.
Pretendemos estudar a viabilidade da Praia e património do patacão e da Aldeia Avieira. E isto não é apenas mais uma promessa eleitoral. È um compromisso, porque acreditamos nas potencialidades daquela zona.
Com o turismo em funcionamento serão criadas condições, também, para o desenvolvimento do turismo rural cada vez mais apreciado por Portugueses e estrangeiros.
Ora concluindo estes três sectores têm confluência, estimulando um dos sectores inevitavelmente vamos estar a estimular o outro. Ou seja, vamos dar mais e melhor apoio ao sector primário, aos nossos agricultores. Vamos promover e estimular o nosso turismo porque temos um potencial fenomenal em termos de oferta. Complementando com a Industria de Tecnologias de Informação e todos os benefícios que dai advirão iremos ter Alpiarça novamente no mapa da economia Regional, no mapa do Turismo Nacional, no mapa de Portugal.
E que sectores se podem mais desenvolver em Alpiarça?
Os sectores que referi são a primeira fase do nosso projecto. Estamos, no entanto, a planear a longo prazo. Existe um parceiro privado com o qual estamos a desenvolver um projeto para a instalação de um estúdio de produção de novelas e filmes nacionais. Alpiarça tem paisagens de campo, floresta, rio, espelhos de água, edifícios históricos, espaços desportivos e um povo muito afável. Temos tudo o que é necessário para a produção televisiva e cinematográfica.
A economia de Alpiarça vai ser a única prioridade?
A prioridade vai ser o Alpiarcense. A prioridade para mim são sempre as pessoas. Uma economia mais pujante, no entanto, é sempre um fator da maior importância para melhorar a vida de cada um dos Alpiarcenses.
Mas enquanto colocamos em pratica o nosso programa de crescimento económico, vamos dar especial importância à Acção Social, ao Desporto e à Saúde.
A acção social é a minha causa mais querida. Podemos fazer muito pelas pessoas com mais dificuldades. E vamos fazer a diferença na vida dessas pessoas porque não existem Alpiarcenses de primeira e Alpiarcenses de segunda. Também seremos o suporte para os jovens que estão a desenvolver uma atividade desportiva e não têm apoios ou capacidade económica. Não haverão jovens a deixar o desporto por falta de apoio da Câmara de Alpiarça. Em resumo, uma terra com mais acção social, mais desporto e mais apoio para todos será uma terra com mais saúde e mais alegria.
Acha que a Câmara Tem Funcionários a mais?
Não, não acho. O que a Câmara tem são funcionários desmotivados por estarem a cumprir funções para as quais não estão talhados. Existe uma descoordenação total na forma como são avaliadas as capacidades de cada profissional e a função que depois lhes é adstrita. Acresce que existe um clima de pressão negativa que faz com que muitos funcionários se sintam e sejam deslocados. Anunciei e vou cumprir. Se for eleito pretendo falar e conhecer cada um dos funcionários e perceber os seus anseios e motivações. Havendo alegria no trabalho ficamos todos a ganhar.
Em que é que será diferente como Presidente de Camara?
Eu serei um Presidente de Camara diferente, porque serei um presidente fora de portas, ou seja, fora do gabinete. E fora de gabinete para fazer várias coisas.
Vejamos, há muito a noção antiga de que um presidente é uma pessoa que está fechada num gabinete, uma pessoa muito importante e que ninguém tem acesso ao senhor presidente de camara. Eu quero fazer uma reversão nessa política. Eu quero ser um presidente de camara que está junto das pessoas. Irei sair para a rua porque quero ouvir os problemas dos Alpiarcenses em primeira mão. Não se ouvem as pessoas apenas no porta-a-porta das campanhas. Ouvem-se todos os dias. E só assim se consegue sentir o pulso da nossa terra e fazer cada dia melhor.
Eu quero sair para a rua também para ir a Ministérios e Secretarias de Estado para promover a nossa terra e captar os mesmos benefícios que os concelhos vizinhos. Porque passa tudo ao lado deste executivo por falta de vontade de sair dos Gabinetes da Câmara. Pretendo ir com regularidade às associações empresarias, a associações desportivas e recreativas. Quero visitar o Sr. Comandante dos Bombeiros e perceber os problemas da corporação, em resumo, ser um cidadão sempre presente. Tenho a certeza que serei diferente, porque trarei essa vertente de maior proximidade às pessoas, aos seus problemas e á forma como os resolvo no dia-a-dia.
Como vai ser o seu GAP (Gabinete de Apoio ao Presidente) ?
A Autarquia tem excelentes profissionais. Irei recorrer, em boa medida, aos funcionários da Autarquia, em cada uma das áreas de especialidade, para formar o GAP. Por outras palavras, por cada necessidade do GAP, será pedida a colaboração dos funcionários da autarquia com conhecimentos nessa área. Pretendo, com esta medida, reduzir bastante esta rubrica do orçamento. Com esta medida valorizamos os funcionários da autarquia e conseguimos uma poupança substancial que será utilizada nas reais necessidades de todos os Alpiarcenses.
Que valores quer transmitir aos Alpiarcenses e para fora de Alpiarça?
Os valores que eu quero transmitir aos Alpiarcenses são valores de união e de respeito. Nós somos um povo que sempre defendeu os valores da união e do respeito. Quero estar na linha da frente dessa forma de estar em sociedade.
Ao longo dos últimos anos têm-se implementado medidas que têm tornado a nossa terra excessivamente politizada. A política tem dominado tudo e todos na nossa terra. Dos clubes desportivos, recreativos, associações e até na forma como são geridos os recursos humanos dentro da própria autarquia.
Para mim tudo isso tem de mudar. Porque cada coisa tem o seu sítio. E um dos valores que eu quero transmitir é o valor separação da política em relação ao valor de cada ser humano. Não se é melhor por ser deste ou daquele partido. É um dos meus compromissos de honra. Ou seja, esses valores que me foram transmitidos pelos meus país e pelos meus avós, que são o respeito na diferença e a compreensão do erro humano são fundamentais para mim. São esses mesmos valores, que também quero transmitir para fora, porque o verdadeiro Alpiarcense pensa dessa forma. É possível transmitir que estamos na política para servir a nossa terra e quando assim é, há uma abertura muito maior para podermos conviver e convergir com todas as opiniões sem que ninguém seja colocado numa prateleira por ser de outra “cor”.
Quero deixar uma palavra muito especial às pessoas que me honraram em ter aceite fazer parte desta equipa. Partilham dos mesmos princípios e são profissionais de grande nível. Mulheres e homens com um nível de empenho fora do comum e que tem sido refletido no trabalho que têm desenvolvido na campanha. Em breve os Alpiarcenses vão poder conhecer todo este grupo extraordinário de mulheres e homens que apenas têm um objetivo. Servir Alpiarça e servir os Alpiarcenses.
18 comentários:
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Jornal Alpiarcense
Excelente entrevista. O Homem tem mais valor do que aquele que nos quiseram fazer acreditar. Estou sinceramente agradado.
Atrevo-me a dizer que finalmente decidi em quem vou votar. Pedro Gaspar será o próximo Presidente de Câmara!
Tendo em conta o aviso aos comentaristas vou tentar ser o mais moderado possível na minha observação desta longa e maçuda entrevista, com perguntas encomendadas atendendo ao teor das respostas.
Fico satisfeito pela leitura integral que o Pedro Gaspar fez ao Programa do TPA, pois a sua conversa segue passo a passo a estrutura do mesmo, culminando nos Trabalhadores da Camara. Claro que a abordagem é bastante superficial quando comparado o programa, mas uma coisa é um programa e outra é uma prosa em formato de entrevista, por isso não poderá haver comparação possível além da estrutura da entrevista.
Apreciei algumas coisas como é obvio, outros nem tanto, mas receio até que ele leve o cargo de presidente demasiado a sério, ao ponto de passar mais tempo em Lisboa nos gabinetes e secretarias …. Mas agora me lembro, ele vive lá e tem lá a sua família. Retiro o que disse, afinal faz sentido.
Lembro-me numa visita que fiz à Madeira, que o carro do Alberto João Jardim tinha duas bandeirinhas na frente, para se distinguir dos restantes carros pretos (note-se que era um mercedes classe S e não sei se há muitos por lá). A ideia que tenho do Pedro Gaspar cai neste perfil. Posso estar errado mas parece-me um daqueles políticos que enche a boca para falar do povo , mas na pratica diz uma coisa e faz outra.
Fala em democracia , mas não a pratica, fala em respeito e tolerância mas não se inibiu de uma ameaça à integridade física do António Moreira quando soube que este tinha abraçado outro projeto politico. Bom, errar é humano, eu é que sou pouco tolerante perante determinados comportamentos.
Por isto e por muitas mais coisas que não vale apena aqui dizer, acho que esta entrevista muito boa na sua estrutura, mas muito má na sua essência
Que entrevista...uma palavra apenas, ESPECTACULAR.
Pedro, se duvides tinha, deixei de as ter.
Mostras-te ser coerente, direto, simples.
Conta com o meu voto.
Excelente! Para todas as acusações infundadas e do diz que disse, Pedro Gaspar volta a mostrar o Grande HOMEM que é. Força Pedro Gaspar com toda a certeza vais ser o nosso Presidente Camara.
Força Pedro Gaspar!!
Ao comentador da 21:45, escreve muito mas de concreto nada disse ou se percebe, quer dizer compara Alberto João Jardim a Pedro Gaspar, peço desculpa. Tremenda confusão que lhe vai na cabeça é que caso não saiba TPA=PSD e com toda a certeza mais depressa vimos o Sr Jardim à entrada do largo do Aguias ali pelo lá direito do que na antiga loja do Sr. Hélder. Quanto ao Sr. António Moreira só concluo que vive cá à muito pouco tempo ou então também esta lá para os lados Lisboa ou sabe-se lá onde. Quem conhece o Moreira BEM em nada surpreendeu. Enfim e por último meu caro o programa eleitoral está na montra da Candidatura PS-Mais Alpiarça a mais de dois meses e nas redes sociais. Não deve por cá andar ou muito pouco atento talvez.
Que entrevista tão extensa e chata! Nem umas fotos, desenhos, esquemas para camuflar a falta de conteúdo! Nem uma pitada de arrogância anunciado-se como o melhor presidente do mundo! Nem um laivo de vaidade e superioridade por ter o grupo de gente mais bonita. Nem dias infinitos de anuncio da entrevista do século! Caraças, Pedro! Transparência, honestidade e vontade genuína de trabalhar! É so o que demonstras. Ah, e ausência de medo de confrontar interesses instalados e abanar poleiros. Junta-lhe uma equipa com uma capacidade de trabalho enorme! Ja era tempo de Alpiarça ter um presidente assim. Força!
Realmente curiosas as semelhanças entre esta entrevista e o programa do Tpa. Mais parecida com o Programa do Tpa que com o seu próprio "programa" , se assim se pode chamar... Quiseram apresenta-lo a pressa, olha... Ao contrario da CDu que estava a espera que saísse o programa do Tpa para aumentar o seu de há 4 anos, copiando meticulosamente ideias, enfim... Vamos esperar para ver.
Resta dizer que o Sr engenheiro tem jeito para fazer resumos, e ainda mais sob pressão.
Caros comentaristas, ligada ao ramo da comunicação e ligada ao movimento ‘Mais Alpiarça’ obviamente que estarei ligada a esta entrevistam. Com conhecimento de causa passo a elucidar os caros colegas comentaristas de alguns pontos atras referidos.
Esta entrevista foi articulada com o contributo da equipa de trabalho que acompanha este candidato e tentamos dar ao público em geral e aos eleitores conteúdos. Tentamos dar a conhecer o candidato que afinal não era desconhecido como pessoa e como politico. Isto porque apesar de tudo tivemos o cuidado de saber junto da opinião pública o que gostariam de saber deste candidato. Desta forma foram elaboradas perguntas não por encomenda do candidato mas sim por encomenda de pessoas comuns de Alpiarça. Apesar de ser uma entrevista de cariz politico, mantivemos a idoneidade.
Relativamente ao facto de ser longa, concordo mas existem discursos na história bem mais longos e com bem menos conteúdo. Afinal dar a conhecer conteúdos a respeito de um candidato não será a mesma coisa que ler os resumos das novelas.
Não concordo quando se diz que é superficial, afinal as perguntas foram concisas e as respostas bastante explicativas das ideias que este grupo de trabalho apresenta mais esclarecedoras no plano eleitoral, mas aí reside a diferença entre uma entrevista politica e um plano eleitoral. Mas neste pondo não posso deixar passar em branco ‘é uma prosa em formato de entrevista’. Ora prosa é o nome que se dá a um texto escrito em parágrafos rico em metáforas e que se insere na categoria de texto literário ou poético. O que não é o caso, pois uma entrevista é uma conversação entre entrevistador e entrevistado onde são colocadas perguntas a fim de obter informações do entrevistado. O entrevistador deve conquistar a confiança do entrevistado para assim obter as respostas objetivas que pretende. Sendo que a entrevista possui pontuação específica que marca bem a diferença dos restantes géneros. Portanto usar a expressão ‘prosa’ não será a mais adequada no meu entender.
Sei de antemão que o candidato leva a politica a sério ou afinal não andamos aqui a brincar aos candidatos, somos pessoas responsáveis e isso reflete-se no dia-a-dia. Portanto não será mais um candidato eloquente, que fala muito e faz pouco, se verificar no plano eleitoral foram propostos apenas pontos que serão realizáveis sem grandes promessas vãs, talvez seja isso que chama de falta de conteúdo, nos nesta equipa chamamos coerência e honestidade. Valores pelos quais todos nós nos pautamos dentro e fora da política.
Resolvo terminar esta minha intervenção, correndo o risco de ser maçuda… Dizendo que não se pode em juízo perfeito comparar Pedro Gaspar e Alberto João Jardim muito menos Alpiarça e a Madeira pois são simplesmente realidades diferentes que não se tocam ou sequer convergem. Relativamente ao encher a boca para dizer que é do povo, bem se não somos todos do povo de onde somos? Atualmente somos ‘Mais Alpiarça’.
Mas o que é o TPA???
Esta entrevista esta fantástica, temos homem.
Força Pedro.
Portugal tem vindo desde sempre a ser confrontado com casos de corrupção nas Câmaras. Os eleitores podem desde logo ter algum critério para evitar casos de confusão entre os interesses privados e os públicos. Mas por vezes por mais cuidado que se tenha acaba por se revelar desastrosa a escolha, vejam-se tantos casos que correm nos Tribunais.
No entanto e logo à partida os cuidados mínimos devem ser a análise criteriosa da vida e das actividades dos candidatos. Por exemplo, alguém que deve muito mais do que o que tem, que é conhecido pelos esquemas de enganar os Bancos pedindo e obtendo créditos que desde logo se sabe que não irá pagar, que se encontra ligado a dezenas e dezenas de empresas mas das quais não é sócio, quando essas empresas abrem e fecham uma atrás das outras sem deixarem nada atrás de si, quando o património pessoal se foi transferindo para outros de modo a não se ter nada em nome, quando sucessivamente se vão referindo casos atrás de casos judiciais. Tudo isto são indicadores de que o risco de eleição de uma pessoa nestas circunstâncias é elevado pela possibilidade de o interesse público vir a ser esquecido a favor de engrenagens complicadas. Depois de casa roubada é comum ouvir dizer "eu devia ter desconfiado", "bem me avisaram", mas é tarde e o mal já está feito.
Isto a propósito das próximas eleições autárquicas em Alpiarça. De uma coisa todos podem estar certos - O Pedro Gaspar é uma pessoa que pela sua vida, pelo seu trabalho e pelas suas características pessoais de honestidade oferece a garantia de que nunca Alpiarça será colocada em situação de ser posta ao serviço de interesses privados, familiares ou pessoais. Essa garantia os Alpiarcenses podem ter.
Pedro Gaspar podes contar com o meu voto.
Li com atenção . A sensação com que fico é que o Eng. Pedro Gaspar tem as ideias muito claras e definidas. Fiquei com a ideia também de que o PSD se limitou a copiar o programa eleitoral do PS . Quando á CDU fica e, grande desvantagem porque tem de puxar muito pela imaginação ara fazer o seu programa. E resumo , como tenho vindo a observar, as cousas quando tem pés e cabeça e um líder forte acabam por dar frutos e este PS prepara-se mesmo para ser uma alternativa credível á CDU .
Muito bem
Depois de ler a entrevista passei pela pagina do candidato. Afinal diziam que Sta. Candidatura nao existia mas nas redes sociais já tem 300 pessoas que gostam! A sensação com que fiquei é que o PSD já atingiu o pico a iniciou o declínio com um programa eleitoral fantasioso e o PS vai ganhando cada vez mais força a cada dia que passa.
Forca Pedro! Até alguns camaradas da CDU vão votar em ti !
Devo admitir que a entrevista não é concisa. Mas revela uma grande maturidade e ideias muitos solidas para a nossa terra.
Este Eng. vem mesmo com a força de quem quer ganhar.
Recebi o Jornal das mão do Eng. Pedro Gaspar. É um cavalheiro!!! E muito mais bonito ao vivo que nos cartazes. Gostei muito de ver crescido o neto do João favas Gaspar.
Força Eng. Pedro
Ha uma coisa muto boa no Eng. Pedro Gaspar. Toda a gente passa a ideia de que é uma pessoa arrogante. Muito antes pelo contrário! É uma joia de moço e uma simpatia!
Um bem haja
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