"...A verdade, é que passaram oito anos (!) e os muros lá
continuam de pedra e cal sem que alguém tivesse movido uma palha sequer,
para repôr a situação legal..."
Este assunto dos muros é assaz curioso. Se percorrermos o concelho de
Alpiarça iremos encontrar autênticas fortalezas que ultrapassam em muito
as medidas permitidas pelas normas legais.
O caso do muro dos patudos, embora seja bastante visível para quem passa, só se tornou "caso" porque foi despoletado pelos jornais e pelos partidos políticos com assento na assembleia municipal.
Curioso é também a bancada CDU ter votado contra, alegando que "votou contra porque o presidente da câmara já tinha informado que o assunto já tinha sido colocado em reunião de câmara e estava a ser analisado pelo gabinete técnico."
Confessamos que, ficámos a pensar nesta parte " o assunto estava (ou está) a ser analisado pelo gabinete técnico".
Veio-nos subitamente à memória o célebre caso do Lote 10 da Urbanização do Eucaliptal. O "Mistério do Lote 10" conforme já é conhecido, cujos muros e portões no logradouro comum que desrespeitam claramente a lei da propriedade horizontal, são bem visíveis para quem passa.
Também neste caso, o gabinete técnico da câmara municipal foi consultado pelo executivo e, o seu parecer foi de que os muros deveriam ser demolidos porque ilegais.
A verdade, é que passaram oito anos(!) e os muros lá continuam de pedra e cal sem que alguém tivesse movido uma palha sequer, para repôr a situação legal.
Por analogia (e como o pensamento e a opinião, por enquanto, ainda são livres) poderemos equacionar o muro dos Patudos.
Por: Xico Frade
O caso do muro dos patudos, embora seja bastante visível para quem passa, só se tornou "caso" porque foi despoletado pelos jornais e pelos partidos políticos com assento na assembleia municipal.
Curioso é também a bancada CDU ter votado contra, alegando que "votou contra porque o presidente da câmara já tinha informado que o assunto já tinha sido colocado em reunião de câmara e estava a ser analisado pelo gabinete técnico."
Confessamos que, ficámos a pensar nesta parte " o assunto estava (ou está) a ser analisado pelo gabinete técnico".
Veio-nos subitamente à memória o célebre caso do Lote 10 da Urbanização do Eucaliptal. O "Mistério do Lote 10" conforme já é conhecido, cujos muros e portões no logradouro comum que desrespeitam claramente a lei da propriedade horizontal, são bem visíveis para quem passa.
Também neste caso, o gabinete técnico da câmara municipal foi consultado pelo executivo e, o seu parecer foi de que os muros deveriam ser demolidos porque ilegais.
A verdade, é que passaram oito anos(!) e os muros lá continuam de pedra e cal sem que alguém tivesse movido uma palha sequer, para repôr a situação legal.
Por analogia (e como o pensamento e a opinião, por enquanto, ainda são livres) poderemos equacionar o muro dos Patudos.
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8 comentários:
Grande malha! A comparação cabe na perfeição. Porquê pedir o parecer do Gabinete Técnico se depois esse parecer é ignorado pelo presidente e vereadores, responsáveis políticos da autarquia?
Já agora deixamos aqui outra questão que nos parece pertinente: Quem fiscalizará e dará parecer aos atos praticados pelo Gabinete Técnico?
Como diz o Povo na sua sabedoria: " Os burros coçam-se todos uns aos outros!"
Que saibamos todos tirar as respetivas conclusões desta máxima popular.
Então mas não diziam que a CDU tinha gente séria capaz de resolver tão grande mistério do lote 10?
Consta por aí que um novo candidato à Câmara Municipal terá em agenda a investigação deste "mistério", doa a quem doer, se vencer as próximas eleições. "É uma vergonha para uma câmara municipal, esta situação do lote 10que é conhecida há tantos anos e calada por tanta gente com responsabilidades na sua resolução!" - teria exclamado em local público.
Podem ir insistindo no caso do LOTE 10. Eu até aprecio a veemência de quem defende e luta por uma boa razão ou causa. Mas não esqueçam de que o mesmo povo diz ainda "a vergonha é só para quem a tem".
Termino com a pergunta: Acham que todos os políticos a têm?
Ora senhores comentadores, como o autor do post diz, o caso remonta a 2005 (oito anos) se as contas não me falham, como diria o eng. Guterres. Nessa altura o executivo era do PS, comandado pelo Dr. Rosa do Céu e depois pela Dra. Vanda Nunes. Havia 2 vereadores da CDU que embora sabendo do caso nunca o questionaram, como oposição. De salientar que o caso foi acaloradamente discutido em Reunião de Câmara quase no fim do mandato PS, conforme consta em acta camarária. Significa que permitiram os factos na altura ou pelo menos alhearam-se deles. Então como querem que quem teve a possibilidade de em determinado momento questionar os factos e não o fez, venha agora como "poder" resolver o assunto?
Não sejam ingénuos! Isto já não é um caso político. Eu diria que isto é já um caso de polícia.
Em termos administrativos já não tem ponta por onde se lhe pegue. E à medida que os anos vão passando, mais complicado se tornará. E se um dia a justiça actuar, já cá não estará ninguém para assumir responsabilidades e morrerá tudo, como sempre, em águas de bacalhau.
Esta é a verdade nua e crua e não vale a pena esconder ou pensar o contrário.
Por estas e por outras é que agora estamos entregues aos estrangeiros da Troika e a sofrer o que Deus sabe.
Tudo, mas tudo, por causa da incompetência destas eminências pardas a quem vamos dando credulamente o voto para nos governar.
O resto é blá blá para nos adormecer.
Parabéns. Finalmente encontro alguém com lucidez que não tem papas na língua. Não serei tão radical mas que estamos entregues aos bichos, lá isso não tenho dúvidas.
A inveja é um defeito, de gente sem escrúpulos, são capazes de assassinar um vizinho por uma estrema.
Do mesmo modo que há vizinhos sem escrúpulos que querem usurpar o que não lhes pertence. E aí não há inveja nem defeito. Há mau carácter, ganância e oportunismo.
E esses têm de ser combatidos pelas suas práticas e chamados à razão. Não faltaria cada um fazer o que lhe dá na real gana.
O seu a seu dono. Mesmo que isso custe a engolir a muitos.
Há uns anos atrás era corrente nós ouvirmos dizer: " Os nossos direitos terminam onde começam os direitos dos outros".
Como este princípio é duro de roer para muita gente, foi sendo abandonado ao longo dos tempos, como coisa arcaica e sem valor.
Agora, muitos acham que os seus direitos são os seus + os direitos dos outros.
Que estranha forma de pensar.
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