A troika vai disponibilizar a Portugal um montante balizado entre 3 e
4 mil milhões de euros, sem que o País tenha solicitado ajuda extra. A
confirmação surge através de uma fonte oficial da Comissão Europeia.
“Posso confirmar que devido a alterações da taxa de câmbio do SDR
[moeda compósita (euros, ienes, libras, dólares) em que o Fundo
Monetário Internacional (FMI) empresta dinheiro] e a alterações nos
empréstimos providenciados pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira
(FEEF), Portugal irá receber mais 3 a 4 mil milhões de euros do que
estava previsto no programa de 2011”, garantiu fonte do gabinete do
vice-presidente da Comissão Europeia, Olli Rehn, em declarações ao
Jornal de Negócios, assegurando ainda que a ‘benesse’ não trará
contrapartidas, ou seja, sucede “sem condicionalidade extra” para o
programa do País.
Assim, o empréstimo de 78 mil milhões de euros, divididos irmãmente
entre FMI, FEEF e Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (MEEF),
engorda para 81 ou 82 mil milhões de euros.
Refira-se ainda que o ministro de Estado e das Finanças, Vítor
Gaspar, regressa esta sexta-feira a Lisboa após dois dias de reuniões de
trabalho com o Banco Central Europeu (BCE), cuja principal ordem de
trabalhos terá consistido na preparação do regresso de Portugal aos
mercados.
«DV»
1 comentário:
Lembrem-se sempre que não há almoços grátis!
Os fundos, e legislação comunitária que vieram para a agricultura, pescas, industria serviram para desmantelar todo o tecido produtivo do País.
Quais terão sido as contrapartidas exigidas por estes milhões?
Aceitar despedimentos na função pública? Acabar com o que resta das funções sociais do estado?
É uma interrogação que fica...
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