À
custa disso está um certo estudante em Paris, gastando (ao que diz a
imprensa) 15000 euros mês e sem lhe serem conhecidos rendimentos para
isso.
Diz o povo e com razão: quem cabritos vende e cabras não tem, d'algum lado lhe vem.
A maioria dos portugueses não tem qualquer problema em explicar a forma de aquisição do seu património.
Porque é que uma minoria está preocupada com essa treta da presunção de inocência?
Presumivelmente a maioria também é inocente na falência do Estado Português, e consideraram-nos culpados, sem direito a defesa.
Fomos condenados a pagar ao Estado o 13º e 14º mês até 2015...
3 comentários:
Pensar a crise, pensar as pessoas
Pensar a crise, pensar as pessoas’ é o nome atribuído à conferência organizada pelo Município de Loures, em que irei participar. Nome feliz mas de interesses incompatíveis e inconciliáveis. A crise e as pessoas são duas linhas paralelas que nunca se cruzam. São realidades antagónicas. E é pena.
Entre a crise e as pessoas, são sempre estas que ficam para trás. A Europa e os nossos dirigentes políticos pensam na crise, esquecendo-se das pessoas. Como se fosse possível resolver a crise sem pensar nas questões sociais e económicas. A qualidade de vida e a dignidade do ser humano não são uma prioridade. Não foi por causa das pessoas que aqui chegámos. Foi pela ganância, pela procura do lucro fácil e por mercados loucos sem qualquer tipo de regulação ou de fiscalização.
A crise tem de ser pensada em função das pessoas e a sua resolução só faz sentido se for para melhorar as condições de vida dos europeus. Os senhores da Europa, aqueles que muito reúnem, com luxos asiáticos e que muito gastam, já ganharam muito dinheiro com a crise. Estão mais ricos e o cidadão europeu mais pobre. Para eles é na crise que está o ganho. Resolver a crise não é deixar o desemprego disparar, a miséria social aumentar, a família perder rumo e sentido e potenciar os conflitos sociais que geram insegurança e o crescimento da criminalidade. A política existe para servir as pessoas. Esquecer as pessoas é o mesmo que esquecer a vida. Pensa-se na crise mantendo a ganância, os lucros e o poder.
A crise política da modernidade, que deixou de olhar para as pessoas como a principal preocupação, perdeu, também, o sentido da crítica. Ninguém reflecte, com responsabilidade e respectivas consequências políticas, sobre as razões de estarmos nesta encruzilhada. A crítica não existe. Arendt, assim como Foucault, ensinam-nos que crítica e crise são fenómenos modernos indissociáveis, convidando-nos a enxergar a crise como momento privilegiado para o exercício da actividade da crítica. Nesta "sociedade de massas" o futuro imediato é que conta. Vivemos num mundo em que a qualidade de vida, a sua humanização, cedeu aos interesses hegemónicos de alguns. Ser um bom líder, honesto e transparente, com preocupações sociais e solidário, é coisa rara e pouco vista.
Só nos vamos safar no dia em que ao pensarem a crise não abandonarem as pessoas, estas linhas deixarem de ser paralelas e se restabelecer a confiança entre eleitos e eleitores, o que só acontecerá quando os verdadeiros responsáveis pela crise forem mandados para a prisão. Até lá, a ganância vai continuar, a corrupção não vai parar, vamos viver em crise e as pessoas vão continuar a ser esquecidas e a alimentar os "glutões" e suas famílias políticas.
Fonte:«CM-Rui Rangel, Juiz Desembargador»
Pensar a crise, pensar as pessoas
Pensar a crise, pensar as pessoas’ é o nome atribuído à conferência organizada pelo Município de Loures, em que irei participar. Nome feliz mas de interesses incompatíveis e inconciliáveis. A crise e as pessoas são duas linhas paralelas que nunca se cruzam. São realidades antagónicas. E é pena.
Entre a crise e as pessoas, são sempre estas que ficam para trás. A Europa e os nossos dirigentes políticos pensam na crise, esquecendo-se das pessoas. Como se fosse possível resolver a crise sem pensar nas questões sociais e económicas. A qualidade de vida e a dignidade do ser humano não são uma prioridade. Não foi por causa das pessoas que aqui chegámos. Foi pela ganância, pela procura do lucro fácil e por mercados loucos sem qualquer tipo de regulação ou de fiscalização.
A crise tem de ser pensada em função das pessoas e a sua resolução só faz sentido se for para melhorar as condições de vida dos europeus. Os senhores da Europa, aqueles que muito reúnem, com luxos asiáticos e que muito gastam, já ganharam muito dinheiro com a crise. Estão mais ricos e o cidadão europeu mais pobre. Para eles é na crise que está o ganho. Resolver a crise não é deixar o desemprego disparar, a miséria social aumentar, a família perder rumo e sentido e potenciar os conflitos sociais que geram insegurança e o crescimento da criminalidade. A política existe para servir as pessoas. Esquecer as pessoas é o mesmo que esquecer a vida. Pensa-se na crise mantendo a ganância, os lucros e o poder.
A crise política da modernidade, que deixou de olhar para as pessoas como a principal preocupação, perdeu, também, o sentido da crítica. Ninguém reflecte, com responsabilidade e respectivas consequências políticas, sobre as razões de estarmos nesta encruzilhada. A crítica não existe. Arendt, assim como Foucault, ensinam-nos que crítica e crise são fenómenos modernos indissociáveis, convidando-nos a enxergar a crise como momento privilegiado para o exercício da actividade da crítica. Nesta "sociedade de massas" o futuro imediato é que conta. Vivemos num mundo em que a qualidade de vida, a sua humanização, cedeu aos interesses hegemónicos de alguns. Ser um bom líder, honesto e transparente, com preocupações sociais e solidário, é coisa rara e pouco vista.
Só nos vamos safar no dia em que ao pensarem a crise não abandonarem as pessoas, estas linhas deixarem de ser paralelas e se restabelecer a confiança entre eleitos e eleitores, o que só acontecerá quando os verdadeiros responsáveis pela crise forem mandados para a prisão. Até lá, a ganância vai continuar, a corrupção não vai parar, vamos viver em crise e as pessoas vão continuar a ser esquecidas e a alimentar os "glutões" e suas famílias políticas.
Fonte:«CM-Rui Rangel, Juiz Desembargador»
GOVERNO SUSPENDE REFORMAS ANTECIPADAS
STE diz que suspensão das reformas antecipadas é inconstitucional
Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado considerou hoje que a suspensão imediata das reformas antecipadas é inconstitucional.
"Esta matéria deveria ter sido apreciada pelos parceiros sociais e a Assembleia da República deveria ter-se pronunciado sobre isto", disse à Lusa o presidente do STE, Bettencourt Picanço.
O Governo aprovou a "suspensão imediata" das normas do regime de flexibilização da idade da reforma antes dos 65 anos, mas admite o acesso à pensão de velhice apenas aos desempregados involuntários de longa duração.
Este novo regime, aprovado em Conselho de Ministros a 29 de Março, foi hoje publicado em Diário da República depois de promulgado pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e entra em vigor já esta sexta-feira. Como na sexta-feira é feriado, a medida, na prática, já entrou em vigor.
Apesar da aprovação da medida há uma semana, só hoje o Governo a divulgou, pois esta não consta do comunicado do Conselho de Ministros de 29 de Março nem foi anunciada na conferência de imprensa que se seguiu, nesse dia, à reunião dos ministros.
Para Bettencourt Picanço, "não há lógica nesta decisão do Governo", que apenas irá provocar "o empobrecimento sem saída para as pessoas em idade avançada e que já não conseguem encontrar emprego".
Fonte:«Económico com Lusa»
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