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sábado, 14 de abril de 2012

Então não é que "menino Tóninho" acertou em tudo?

 Na verdade, acontece-nos de tudo um pouco. Já ninguém arrisca, a curto ou médio prazo, em termos de investimento, na sua própria vida. Até os novos ricos, com ordenados principescos em relação à maioria dos trabalhadores, que trocavam de carro como quem troca de camisa,que iam de férias para o estrangeiro exibindo o seu estatuto de gente grande, já dizem mal da vida.
Quem não se recorda do SILVANO e do seu corpanzil? Um salazarista convicto, filho de um juiz, que veio de Angola após a independência, na confusão dos chamados "retornados" e IARN,s... ficou por Alpiarça como motorista do Hilário, da casa Lico e outros ganchos que apanhava para sobreviver.
Pois é, agora está em Angola e, neste momento, a "gozar o prato" por ter acertado nas suas "profecias".
Dizia ele alto e bom som em lugares públicos como o "Águias", para que todos o ouvissem:"Quando a verdade vier à tona e começarem a ver os buracos onde estão metidos e o barco a ir ao fundo, ainda se vão lembrar muito do "velho" (referindo-se a Salazar). Quero ver se cá não estou para essa altura..." - Para depois dizer em voz baixa - "Tenho muitos amigos, agora ministros de Angola, que andaram comigo na escola...chamavam-me de "menino Tóninho"
...E não é que o tipo acertou mesmo nos barcos e buracos e safou-se ao naufrágio?

Por: Português.pt

4 comentários:

Anónimo disse...

Silvano, meu amigo de longa data. O que aqui está escrito é exactamente a verdade. Um convicto salazarista mas uma jóia de pessoa sempre disposto a ajudar o próximo e sempre na busca de um gancho para poder sobreviver.
Um grande abraço para o Silvano e o melhor do mundo para ele.
Para além de ser um homem grande era um grande homem.
Assim fossem muitos que nos rodeiam.
Ao autor do texto os parabéns pela forma como o escreveu e pela simplicidade que identificou um homem que nos merece toda a consideração.

Anónimo disse...

É verdade. Recordo-me da convicção com que defendia os seus ideais de "carneirada" (como ele gostava de dizer) contra um sistema que em sua opinião era uma pseudo-democracia liderada por corruptos e gente sem cabeça que haveriam de criar falsas expectativas na maioria do povo e levar este pequeno país à ruína. Falava sem medo (também com aquela estatura) na cara dos seus opositores políticos, mesmo na época quente do chamado "esquerdismo", das ocupações etc. e notava-se que não era parvo nenhum. O que ele dizia afinal veio a concretizar-se.
No fundo,como escreve o estimado comentador,era e continua ser, um homem de bem.

Que tenha boa sorte em Angola que é afinal a sua terra. A terra do "menino Tóninho".

Anónimo disse...

Lembro-me de uma historia que ele contava em jeito de anedota e que era mais ou menos assim:
"Fui agora às Finanças, berrei com os gajos, chamei-lhes uma data de nomes e ninguém se importou com o que eu disse. Até se riram...
No tempo do Salazar, se abrisse só um bocadinho da boca, era logo preso.
Agora que dizem que é democracia, ninguém ouve o que eu digo..."
Como ele estava certo!
Achei genial a mensagem transmitida, e isso serve para aqueles que passados quase 40 anos ainda nos querem fazer crer que vivemos numa democracia e que a voz de cada cidadão conta.
Há muito que digo que vivemos numa pseudo democracia e que este regime não é mais do que uma ditadura sofisticada em que os poderosos fazem tudo o que lhe der na real gana.
Quem tem (muito) dinheiro hoje tem mais liberdade para espezinhar a legislação do que há 40 anos.
Basta ver todas as decisões judiciais onde o BES está implicado, ou figuras de proa dos partidos.

Anónimo disse...

O Silvano dizia muitas vezes que o "Velho" (António Oliveira Salazar)poderá ser acusado de muitas coisas. Mas há uma coisa de que ninguém até hoje o conseguiu acusar. Essa coisa chama-se: DESONESTIDADE.
Morreu materialmente pobre ou remediado como nasceu. Podia ter tido a tentação das chamadas "luvas" e "cambalachos" como fazem outros políticos que conhecemos, mas não teve. Há políticos da nossa praça que se estivessem 45 anos em cargos de governação, criavam uma fortuna digna de figurar na "Forbes list" ao lado dos grandes magnatas.
Se foi bom ou mau político a história já o julgou e continuará a julgar. Assim como irá julgar os políticos que hoje atabalhoadamente
governam ou desgovernam o País.

F.M