"1975
José
Saramago é nomeado director-adjunto do Diário de Notícias, de onde
viria a sair na sequência do 25 de Novembro, decidindo dedicar-se em
exclusivo à escrita. Quando entrou, anunciou aos jornalistas: “Quem não
está com a Revolução, é melhor não estar no Diário de Notícias”. Num
tempo de opções radicalizadas, os editoriais, apesar de não assinados,
vinham marcados pelo seu estilo inconfundível, posto ao serviço da
facção gonçalvista do MFA. O saneamento de três dezenas de jornalistas,
na sequência de um documento de protesto contra a falta de pluralismo do
jornal, colou ao seu nome, visto como o mentor do processo, um rasto de
polémica que o acompanhou sempre. Em declarações sobre o tema ao jornal
brasileiro Folha de S. Paulo, Saramago assumiu a sua responsabilidade
na decisão, mas disse que esta não foi apenas dele, mas de “um corpo
coerente de pessoas que fez gorar o golpe preparado no exterior do
jornal"
http://www.publico.pt/Cultura/
1 comentário:
O exemplo patente da liberdade de imprensa e de pensamento apregoado pelo PCP/CDU.
Ainda hoje, quando podem, em vez de discutir e apresentar argumentos, tentam silenciar as vozes incómodas.
Que moral tem essa gente para falar de liberdade e de fascismo quando tinham a coragem de por no desemprego colegas que com eles trabalhavam lado a lado há anos, apenas porque discordavam da sua linha de pensamento?
Estou grato a quem não permitiu a instalação de uma ditadura de sinal contrário.
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