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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Uma imoralidade que quase 80 por cento das verbas do projecto possam ser consumidas com ordenados

A Fundação José Relvas não está disponível para rever os valores dos ordenados dos técnicos que pretende contratar para o projecto de luta contra a pobreza no concelho de Alpiarça.
A resposta foi enviada para o município, que não concorda com o orçamento, na tarde de segunda-feira, quando decorria a reunião do executivo municipal. A presidente da câmara, Vanda Nunes (PS), vai pedir a intervenção da Segurança Social e admite a possibilidade de afastar a instituição da gestão do projecto.
“Vamos resolver esta situação o mais rápido possível para que Alpiarça tenha o plano de apoio social implementado com a fundação ou com outra entidade qualquer”, declarou na reunião.

Presente na reunião esteve a presidente da Assembleia Municipal de Alpiarça, Vera Noronha, que interveio no final na qualidade de munícipe, para dizer que considera “ uma imoralidade que quase 80 por cento das verbas do projecto possam ser consumidas com ordenados”.
Vera Noronha apelou ainda ao executivo municipal para que “independentemente de algumas tentações mais obscuras que possam existir nalguns sectores não percam a finalidade que está subjacente ao protocolo que foi assinado nesta autarquia e que eu presenciei”.

A câmara, que é parceira no projecto e que concordou que fosse a fundação a assumir a gestão do projecto, continua a não admitir que dos 525 mil euros de orçamento do projecto, ao abrigo do Contrato Local de Desenvolvimento Social, 363 mil euros sejam gastos em ordenados de quatro pessoas. E reitera que as verbas devem adequar-se às necessidades do concelho em termos de iniciativas para reduzir a pobreza.
«O Mirante»

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