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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

LAMÚRIAS DE CARPIDEIRA

Estava à espera. Palavra que estava à espera de uma cena desta natureza.Este choradinho é típico e digno de qualquer papagaio de charneca!

Diz o povo na sua eterna sabedoria: “Quem não tem cão, caça com gato!”Assim, aqueles que deveriam responder mantêm-se no silêncio e os guardas pretorianos avançam em defesa do seu baluarte.

Repare o leitor nesta cena do 1º acto em que o anónimo reporta o assunto das "coimas" que tem vindo a ser aqui debatido por intervenientes de vários quadrantes, como uma questão de lana caprina, dirigindo-se ao Administrador do Jornal Alpiarcense:

"Julgava que o Sr. era uma pessoa íntegra e que pretendia manter um blogue que se assumisse como um meio de informação isento e responsável."

Quer dizer, o anónimo julgava que o Administrador do JA era uma pessoa íntegra mas, como publica assuntos que embaraçam este anónimo e o seu partido, já não é!

Isento e responsável é agir como está a agir dando voz a todos, independentemente do seu credo religioso, político ou condição social, dentro das regras do decoro e respeito mútuo. Ou para si, isenção e responsabilidade é estar apenas do seu lado? É dizer apenas aquilo que quer que seja dito?

Repare como o responsável do Jornal Alpiarcense não tem qualquer problema em colocar propaganda do seu partido. Assim como colocará de qualquer outro partido que o solicite, naturalmente.

Mais adiante diz ainda o anónimo:"…porque em cada processo de contra-ordenação existe um apuramento dos factos por parte dos serviços com o qual podem ou não concordar os membros de qualquer executivo camarário, e podem também abster-se, três possibilidades que foram usadas por todos em situações diferentes; cada contra-ordenação obedece a um processo próprio, com factos diferentes, com apreciações diversas por parte do instrutor, e podem abarcar as mais diferentes matérias sob alçada da câmara."

Ninguém aqui iria questionar se os vereadores se abstivessem em um ou outro caso, nem vejo nisso, um problema. O problema é usar a abstenção de forma sistemática para TODOS os casos de contra-ordenação! Pois como diz e bem o comentador anónimo:

"…cada contra-ordenação obedece a um processo próprio, com factos diferentes, com apreciações diversas por parte do instrutor..."

Por isso mesmo, esta história da "abstenção" para todos os casos, não convence ninguém que discorde das "birrinhas de bastidor".

Reparem no que acontece, quando o Administrador do JA responde à letra deste nosso anónimo, explicando-lhe o que ele como responsável entende por informação isenta e pluralista:

"Caro Sr Administrador do JA Peço-lhe desde já desculpas pelo tom algo ríspido com me dirigi a si num comentário anterior. Como também referi, considero que o JA tem desempenhado um papel importante na informação alpiarcense, com isenção e equilíbrio, algo que estou certo continuará a fazer."

Claro que continuará a fazer! Mas para isso é necessário que escrevam e, enviem os escritos; como foi agora o caso.

O resto do comentário e o “anexo,” mais abaixo, como todos podeis ver, são lamúrias de carpideira.

E...fico por aqui. Mais comentários para quê se todos conhecem estas artimanhas usadas para abafar as questões?

Razão tem o povo quando diz: “ Eles são todos iguais, sem tirar nem pôr!”

Por: J. Pires

Para mais detalhes, consultar: É dever da oposição investigar o que realmente se passa na CMA e denunciar, se for caso disso

3 comentários:

Anónimo disse...

Um Artigo de Opinião bastante interessante e esclarecedor este das "carpideiras". Confesso que fui ao dicionário para entender o título e o sentido do texto.

carpideira
(carpir + -deira)
s. f.1. Mulher a quem se paga para prantear nos enterros.
2. Mulher que tem por hábito lastimar-se.
3. choradeira.

Nasci num canteiro de arroz. Os meus pais eram camponeses. Passei portanto, toda a minha infância no campo vendo-os trabalhar de sol - a - sol.
Como a maioria dos trabalhadores assalariados dos campos ribatejanos da altura (após o 25 de Abril de 74) os meus pais apoiavam o Partido Comunista.
Nasci, cresci e vivi nessa convicção política.
Atingi a maioridade e o meu voto foi sempre de apoio ao Partido Comunista.
Ainda hoje voto no Partido Comunista.

Tudo isto para dizer o quê? Para dizer que independentemente da minha convicção política, devo respeitar a verdade sobre todas as coisas. Devo respeitar as opiniões contrárias. Devo entender que cada um terá a sua razão. Devo perceber que a VERDADE é uma coisa muito complexa e que ninguém tem a sua exclusividade. Devo respeitar para ser respeitado. E respeitar é fazer um esforço para entender os outros. Deixar que os outros se exprimam livremente desde que a minha honra e dignidade não sejam atingidas.

Como é que eu posso ficar ofendido com uma questão que me é colocada educadamente e com toda a correcção? É evidente que é meu dever responder com a mesma cordialidade e fair play. Só assim se compreende a vivência em liberdade e democracia.

Por isso, entendo que não é com subserviências bacocas; não é fazer calar os outros com argumentação frouxa; não é a inventar ofensas onde elas não existem; não é evitar o diálogo, a explicação e o confronto de ideias que resolvemos os nossos verdadeiros problemas.

Como dizia há dias o Padre Diamantino, pároco da freguesia de Alpiarça: " O que nos faz falta é o sentido da complementaridade". Querendo dizer que, ninguém sabe tudo. O juntar dos vários saberes e opiniões é que nos torna fortes e sábios.

Saudações cordiais para todos.

Leitor atento

Anónimo disse...

Descrição simples, objectiva e pedagógica.

Uma lição para todos nós mas, mais endereçada aos políticos e aprendizes.

Venham mais destas que em vez de ofender só cultivam.

Anónimo disse...

Ao ler o comentário deste votante comunista fiquei deveras surpreendido por aquilo que nos conta.
Revela um carácter de referência e uma personalidade já quase em desuso, o que vem demonstar que afinal ainda há apoiantes com classe nos mais variados partidos.

Álvaro Brasileiro que nos deixou recentemente, estará por certo orgulhoso de ter deixado alguém com este pensamento de respeito e tolerância que, ele cultivou e tão bem soube defender ao longo de sua vida.

O olheiro