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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Escritor emocionou-se ao ver estátua


Saramago volta à sua terra natal"Gosto sobretudo da expressão dos olhos, porque o escultor captou muito bem o modo como o olhar se fita na distância", disse ontem José Saramago após a inauguração da sua estátua, na Azinhaga do Ribatejo, sua terra natal.

Perante um verdadeiro banho de multidão, o Nobel da Literatura emocionou-se vendo-se representado sentado num banco de jardim no largo da Praça, de livro na mão, a observar intemporalmente os habitantes da aldeia que tanto adora.

"Estou inaugurado e muito feliz por isso", gracejou o escritor, que fez questão de estar presente, apesar dos problemas de saúde com que se tem debatido nos últimos meses. E não foi fácil convencer José Saramago a permitir esta homenagem, uma ideia que demorou dois anos a concretizar e que partiu de José Miguel Noras, ex-presidente da Câmara de Santarém.
O presidente da Junta de Freguesia de Azinhaga e amigo pessoal do escritor, Vítor Guia, teve mesmo de ir persuadi-lo a Lanzarote. "Deixem-me morrer e depois façam-me as estátuas que quiserem, para os pássaros sujarem à vontade", foi a primeira resposta de José Saramago, que, no dia seguinte, mudou de ideias.
Depois da renitência inicial, ficou bastante satisfeito por saber que a estátua, da autoria do escultor Armando Ferreira, o ia imortalizar sentado a ler, junto ao pólo da Fundação que criou na Azinhaga.
«CM»

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