Qualquer democrata aceita, mesmo que não concorde, que as diferentes opiniões manifestadas sejam emitidas e merecedoras de respeito.
Quando foi referida a posição do Dr. Édio face às autárquicas de 2005, ao apoiar e fazer campanha com o Dr. Rosa do Céu e a Drª Vanda,sabendo que os mesmos estavam incompatibizados com a Drª Sónia Sanfona desde que surgiu o problema dos terrenos da Zona Industrial, e porque veio agora defender tanto a drª Sónia, não estranhei a chamada de atenção, já que o Dr. Édio, mesmo democrata e socialista e também humanista e coerente, como se classifica, não perdeu tempo em criticar, pela negativa, a Drª América Cravo só porque alguém a considerou uma boa candidata que poderá tirar a vitória à Drª Sónia e conceder, pela dispersão de votos, a vitória à CDU.
Vejo, com alguma desilusão, que o Dr. Édio Martins não gosta de ser confrontado com factos que sejam do conhecimento público,(o apoio ao ex-presidente não deixou dúvidas), mesmo que tenha possibilidade, como teve, de esclarecer alguma inverdade que pudesse ter sido dita por erro de informação do comentador anónimo.
Também não lhe conhecia a vertente crítica de baixa política quando, a propósito das considerações do JA sobre a candidatura da Drª América Cravo, teve o desplante de atacar a candidata, que talvez nem conheça minimamente, não manifestando a tal atitude democrática que elogia mas que, na realidade, não lhe agrada, quando o exercício da democracia pode pôr em causa a vitória do seu partido.
Confesso que fiquei desiludido porque me pareceu que o Dr. Édio Martins, afinal, não só não aguenta a crítica, como abandona o debate quando não lhe dizem Amen.
A sua concepção de democracia e o seu socialismo parece que não andam de mãos dadas, Dr. Édio!
Tive essa sensação quando li, no seu ponto 7, que estava dentro do sistema PS/Mar, para mudar alguma coisa. Parece que mudou mas para pior porque dizia o que se passava lá dentro e criou ainda mais guerras entre as duas hostes que já eram hostis.
Nem sempre ficar dentro é a melhor solução. Quando não se concorda o melhor é sair e cada um que faça como entender para ninguém sair mal no cartaz.
«De um leitor do "Jornal Alpiarcense"»
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