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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

"Ninguém percebeu como é que o desemprego está a baixar"

Subir Lall (foto) chefe de missão do FMI em Portugal, volta a lançar dúvidas sobre o comportamento da economia. E, em entrevista ao Jornal de Negócios, insiste que Portugal tem de crescer, melhorar a competitividade e reduzir a dívida das empresas. Em relação à banca, o panorama é pouco positivo.
"As pessoas dirão o que quiserem. A questão é esta: Portugal precisa de crescer e precisa de crescer depressa", explicou o técnico do Fundo Monetário Internacional, insistindo que "permanecem entraves cruciais".
Numa entrevista onde insiste em explicar que o governo está a ser demasiado optimista, tal como a troika tem feito ecoar durante os últimos meses, Subir Lall lembra que as grandes diferenças entre o que os técnicos observam e o governo acredita tem a ver com "perspetivas de crescimento". E a questão volta a ser só uma: "o governo fez muito no combate à fraude, mas será que existe muito mais espaço?"
A maior diferença entre os técnicos e as contas de Maria Luís Albuquerque assenta na previsão para o défice do próximo ano. O governo aponta para 2,7%, mas a troika não acredita que se consiga baixar para mais de 3,4%, 1200 milhões de euros a menos. Subir Lall diz que a divergência assenta nas "diferentes previsões de crescimento real e de evolução dos preços".
Em relação ao desemprego, o especialista mostra-se um pouco incrédulo: "penso que ninguém ainda percebeu muito bem como é que a taxa de desemprego está a baixar", afirmou, admitindo todavia que "estamos muito satisfeitos com a evolução, mas precisamos de perceber o que está a acontecer para que possamos tirar lições."
(dv)

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