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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

"Existem muitos licenciados em Portugal e Espanha"


Portugal e Espanha são exemplos de países onde o aumento do número de licenciados não contribuiu para a redução da taxa de desemprego entre os mais jovens. O exemplo foi dado por Angela Merkel que defende a aposta no ensino profissional como forma de combater o desemprego entre os mais jovens.
 "Temos de nos afastar" da aposta nos estudos universitários, afirmou Angela Merkel em discurso numa conferência da associação patronal federal alemã (BDA na sigla original) em Berlim, citada pela Bloomberg.
 "De outra forma, não seremos capazes de persuadir países como Portugal e Espanha que têm muitos licenciados", apontou. 
 A chanceler criticou também os rankings da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que comparam o nível de educação nos países através do número de licenciados.
 "É um absurdo, sabendo bem que muitos dos países que têm muitos licenciados também têm elevados níveis de desemprego jovem", sublinhou.
 Olhando para os rankings da OCDE, Portugal contava em 2012 com 19% de percentagem de adultos licenciados, contra os 32% de Espanha. Já a Alemanha conta com um total de 28% de adultos licenciados, face à media de 32% dos países-membros da OCDE.
 Ao mesmo tempo, os números do desemprego entre os jovens (abaixo de 25 anos) não deixam margem para dúvidas. Espanha conta com a percentagem mais elevada da União Europeia (53,7% em Setembro), seguida da Grécia (50,7% em Julho), segundo o Eurostat.
Já Portugal regista uma taxa de 35,2%, a quinta maior da União Europeia depois da Croácia e Itália. A Alemanha regista o valor mais baixo entre os 28 Estados-membros: 7,1%.
 Durante o encontro, a chanceler defendeu a necessidade de os Governos tomarem medidas para aumentarem a competitividade de forma a restaurar a confiança nos mercados financeiros. 

 Angela Merkel também abordou a actuação do Banco Central Europeu (BCE) e considerou que a política monetária não pode resolver questões que devem ser endereçadas pelos Governos da zona euro.
«JN»

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