CARTAS AO DIRECTOR

Francisco Cunha

De um leitor (identificado) recebemos como pedido de publicação a seguinte carta e anexo:

"Caro Sr. Director,
Sou um leitor atento do seu Jornal Alpiarcense e observo a sua dedicação á informação dos alpiarcenses. O tema mais procurado tem sido, como seria de esperar, as próximas eleições Autárquicas. Os vários protagonistas tem feito as delicias dos leitores e esse mérito é seu.
Não nos conhecemos pessoalmente e cada um de nós terá motivações diferentes. Não  é relevante. Mas posso dizer-lhe que não sou jornalista e não estou ligado a partidos. Sou Independente, se é que me entende.
E como Independente não posso , em consciência, guardar esta informação para mim. Mesmo com prejuízo próprio, sinto que tenho o dever de clarificar as  pessoas. Depois de tantos boatos e “nome queimados” na praça, cabe-me a odiosa tarefa de denunciar quem, em poucos meses, destruiu o meu nome e da minha família com o propósito único de se promover e sabe-se lá mais o quê.
A matéria que lhe trago é grave. E dado o grau da sua própria gravidade, compreendo, desde já, que não a queira publicar. Para mim, no entanto, impera a necessidade de informar todos os Alpiarcenses e tirar dentro do peito e da consciência este peso que carrego.
Mas o que lhe envio é público porque a sentença é final e qualquer advogado da praça poderá atestar a autenticidade deste documento e consultar o mesmo no Tribunal da Relação.
 Mas não aguento esperar mais. Se decidir não publicar o que lhe envio em anexo, o que desde já compreendo, até as 16h00 de hoje, dia 20 de setembro de 2013, serei forçado a enviar esta matéria para os órgãos de comunicação social regionais e nacionais. Eu prezo tudo o que é bom na nossa terra e preferia ver o Correio da Manhã e a TVI a virem buscar informação ao Jornal Alpiarcense e não o contrário como tem acontecido. Alpiarça é uma grande terra e os Alpiarcenses uma grande gente de força e coragem.
Não me atrevo a fazer o seu trabalho, mas se decidir publicar, existem factos que são incontornáveis :
“Candidato do PSD/MPT em Alpiarça condenado a pena de prisão.
O candidato do PSD/MPT em Alpiarça foi condenado, no passado mês de Julho, a uma pena de prisão de 9 meses por Abuso de Confiança Fiscal e abuso de confiança contra a segurança Social”

 Assim como o Sr. Francisco Cunha foi condenado por abusos de confiança fiscal de forma continuada, sujeitou-me, meu papel de independente,   a uma mentira continuada.

 Mentira 1 : Era independente de partidos. Depois anunciou que o MPT num gesto de grande confiança apoiava a candidatura. Era bem pensado porque ninguém estava para ir para a rua recolher assinaturas. Dava muito trabalho.

Facto: Sempre existiu uma aliança entre PSD e MPT desde o inicio com o objectivo de camuflar os resultados eleitorais do PSD que está desgastado da Governação. E, sei hoje, que o Sr. Francisco só avançou depois de fechar esse negócio com o PSD.

 Mentira 2: O Sr. Francisco Cunha, até pelos carros em que a família se desloca e a grande Quinta da Família, sempre disse ser um empresário de sucesso e que ia doar metade do seu salário de Presidente de Câmara aos mais pobres porque não precisava do dinheiro.

Facto: Como se pode ler na primeira página, o Sr. Francisco Cunha é director de vendas e na página, artigo 34, lê-se que ganha menos de 1.000,00 euros por mês.

 Mentira 3: O Sr. Francisco Cunha, depois de muitas horas a ser esmiuçado na sede de campanha, jurou que tinha o registo criminal limpo.

Facto: Para além desta condenação a 9 meses de prisão, o Sr. Francisco Cunha já tinha registo criminal, como se pode ler na pagina 5, art. 36, por “Falsas declarações”, “crime de emissão de cheque sem provisão” e já por “crime de abuso de confiança fiscal”. Portanto mentiu com todos os dentes desde o primeiro dia.

 Mentira 4 : O Sr. Francisco Cunha jurou que não tinha quaisquer dividas. Apresentou até declarações de não divida à Segurança Social e ás Finanças.

Facto: Para além da sentença vir confirmar o contrário e tendo em conta a data dos documentos de não divida e que foram publicados no JA, presumo que o Sr. Francisco Cunha tenha aproveitado o facto do Tribunal da Relação ainda não ter proferido a sentença final para contornar o sistema. De onde veio o dinheiro para pagar às finanças é que não faço ideia. Mas a ganhar menos de 1.000 euros por mês é estranho.

 Como se pode ler, o Sr. Francisco Cunha tem por hábito mentir, até em tribunal, enganar tudo e todos à sua volta e usar todas as pessoas, inclusive a família, para seu proveito próprio.

Não posso pactuar mais com esta mentira que é o TPA.

Deixo nas suas mãos a lavagem da minha alma.
Amanhã, se assim o desejar, o jornal Alpiarcense será visto como uma referência da informação, da verdade e da defesa dos seus leitores e um verdadeiro caso de sucesso de um homem que iniciou um blogue e dai criou um órgão de comunicação social credível e de referência.
Respeitosos cumprimentos"

Para ler o acordão do Tribunal, leia aqui:
https://mail-attachment.googleusercontent.com/attachment/u/0/?ui=2&ik=46a43b74e3&view=att&th=141392deca504696&attid=0.2&disp=inline&realattid=f_hlss74ze1&safe=1&zw&saduie=AG9B_P_uKyvufC6-RHbtkxcETYcY&sadet=1379675396256&sads=1dHGzEE2xjvDjR2cldF51z2HL7M&sadssc=1

JORNAL ALPIARCENSE INFORMA QUE OS COMENTÁRIOS REFERENTES A ESTA NOTÍCIA DEVEM SER ASSINADOS