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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Outra vítima da maledicência nacional

Por: Anabela Melão
Outra vítima da maledicência nacional tem sido o Luís Filipe Menezes. Primeiro, implicaram porque ele, alma caridosa - e sempre com o cuidado de a mão esquerda não saber o que dá a mão direita - pagou a renda de casa a uma idosa e a uma colectividade - o que só demonstra a sua vocação cristã. Agora, é porque, na sua infinita caridade, provoca ajuntamentos de pessoas nos bairros sociais do Porto, para comerem umas sandes de porco assado e umas cervejolas. Rui Moreira já o acusou de “tentar criar a ilusão subtil da abastança aos moradores do Porto com porcos no espeto e Quim Barreiros”. O candidato do PS, Manuel Pizarro, idem, afirmando que “anda a ver se consegue comprar votos com música e porco assado”. O Bloco de Esquerda no seu Site Esquerda.Net criticou igualmente esta iniciativa de “um porco por cada bairro”. E aquela boa alma limita-se a não entender tamanha mesquinhez, proclamando aos sete ventos “só falo de coisas sérias e há quem queira emporcalhar [uma referência à polémica dos porcos, que não é nova?], uma campanha eleitoral, mas os portuenses não merecem isso”. E esta oposição mesquinha incapaz de entender esta especial sopa dos pobres, em versão autárquicas, ainda o acusa de a sua candidatura já ter gasto mais de três vezes a verba destinada a comprar porcos. Evidentemente que se trata de uma oferta meramente simbólica - afinal Ruas distribuiu donativos em plena missa como Valentim Loureiro já havia distribuído torradeiras e frigoríficos - que tem recebido uma grande adesão. E isto de ser do povo está até confirmado pela forma como Menezes mostra a "fome" que lhe vai naquele corpo, também ele petiscando, em seu nome, uma sande, bifana de porco, como é conhecida popularmente no Porto, às vezes com uma Super-Bock, que é a cerveja que faz parte das duas bebidas que cada um tem direito ao receber a sande pelos assadores. Diz que, ora entre um ou dois porcos por festa-comício consoante o número de residentes nos bairros sociais, que se um bastou para o Bairro da Sé, já foram precisos dois para o Bairro das Campinas, o candidato, pronto para um interrogatório da Comissão Nacional de Eleições, se prepara para responder: São rosas, senhores, são rosas! 

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