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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

OPINIÃO: " É tudo muito bonito mas é visto de avião!"

Por: Francisco Mariano

Também estou de acordo, a verdade deve ser dita. Contudo, o Jornal Alpiarcense por muito que deseje ver nas suas páginas a verdade, nem sempre o consegue, pois as suas portas estão abertas a todos os cidadãos sem distinção e, nem todos estarão na disposição de sob palavra de honra dizer a verdade e apenas a verdade na sua simples e verdadeira acepção. Cada um puxará a brasa à sua sardinha. De tal modo que à força de tantas vezes repetirem a mentirola, acabam também eles por se convencerem de que afinal a mentirola é uma verdade incontestável, digna de todo o respeito. É a sua verdade e ponto final.
Diz um comentarista: "O jornal alpiarcense devia era entrevistar algumas pessoas que foram próximas de determinado candidato para se saber a verdade daquilo que se ouve falar mas que não há certezas."
Por essa ordem de ideias, seria bom que também o Jornal Alpiarcense ouvisse os intervenientes do famoso caso do "Lote 10" (há oito anos a bater estrada) que também é conhecido pelo "Lote das trapalhadas" e os responsáveis autárquicos de dois mandatos de forças políticas distintas que não souberam o que fazer com tamanho imbróglio urbanístico criado pelo facilitismo de alguns. É que, conforme determina a lei, cabe ao presidente da câmara resolver estes casos. A maneira como os vai resolver cumpre-lhe a ele decidir de acordo com as disposições legais. No entanto, à imprensa dizem ter "imensas queixas de brigas entre vizinhos". Ora seria definitivamente interessante conhecer, a origem das brigas que tanto trabalho tem dado aos nossos autarcas. É um facto público que há dossiers na câmara municipal sobre o assunto, com dezenas de páginas. É evidente que isso deu trabalho e acarretou despesas a esta entidade. Ficaríamos todos muito surpreendidos ao saber que por detrás de algumas dessas “queixas” e “brigas” está a falta de fiscalização e inoperância da própria Câmara Municipal. E isto é um facto indesmentível de prova fácil. Ouça-se a opinião dos profissionais do foro judiciário, com tarimba nestes assuntos e rapidamente chegaremos à conclusão que, em matéria de rigor e transparência, bem prega Frei Tomás.
Como diria o outro: " É tudo muito bonito mas é visto de avião!"

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2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei deste artigo a que o autor desde há muito nos habituou. Sem dúvida um convite à reflexão. Muitas vezes ficamos inebriados com a música que nos chega aos ouvidos já devidamente seleccionada e empacotada para surtir um determinado efeito.
Se calhar, muitos dos nossos ídolos, têm afinal pés de barro.

Viegas

Anónimo disse...

Sou um jovem que como tantos outros jovens, acredita no projeto político apresentado pela CDU. Sei que estamos em campanha eleitoral e que muito se diz nesta altura. Também tenho consciência que gerir uma Câmara Municipal não é só fazer obras, tapar buracos nas estradas e zelar pelo ambiente. Por isso o que acabo de ler, a ser verdade, não me deixa nada tranquilo.
O nosso presidente Mário Pereira deve esclarecer o que se está a passar com estas trapalhadas. Li no Mirante que havia uma grande preocupação do nosso presidente para com todos os casos que chegam à Câmara da parte dos munícipes. As queixas (discussões sobre assuntos particulares entre vizinhos) "brigas entre vizinhos" também foram referidas como tendo algum peso. Agora vejo o autor F. Mariano a associar algumas dessas brigas a faltas eventualmente cometidas pela própria Câmara Municipal.
Senhor presidente peço-lhe que nos esclareça esta história de uma vez por todas. Em tempo de eleições não pode haver suspeições infundadas relativas aos candidatos sejam eles quais forem. Tudo deve ser esclarecido para que não restem dúvidas aos eleitores na altura de votar. E, se o nosso lema é seriedade, transparência e competência, muito menos podemos remeter-nos ao silêncio deixando espaço aos nossos adversários para nos atacar com factos que desconhecemos mas que são comentados por aí desde há muito e que serão do conhecimento da Câmara Municipal.
Também nós somos pessoas sérias e queremos a verdade. Mesmo que humildemente tenhamos de assumir as nossas culpas e responsabilidades.

Sérgio