O histórico do PS, Mário Soares, afirma que o Governo está “à deriva” e
que “com ou sem Relvas, ou com ele na semiclandestinidade, mas ainda com
bastante influência no primeiro-ministro, do qual, como se sabe, é
sócio, pode voltar à carga” com o fim da rádio e televisão públicas,
como aconteceu na Grécia, escreve o socialista no Diário de Notícias.
Para Soares, o ex-ministro Adjunto, Miguel Relvas, que tinha a tutela
da RTP, continua a ter influência no Executivo de Passos Coelho. E o
socialista não descarta a ideia de que o que aconteceu com a rádio e
televisão públicas da Grécia possa acontecer em Portugal.
Num
artigo de opinião no Diário de Notícias, o antigo chefe de Estado refere
que “o falso doutor Relvas, tentou fazer o mesmo” com a RTP, mas que
“felizmente não o conseguiu”. No entanto, dada a situação actual, Soares
acredita que o Executivo “à deriva como está, com ou sem Relvas, ou com
ele na semiclandestinidade, mas ainda com bastante influência no
primeiro-ministro, do qual, como se sabe, é sócio, pode voltar à carga”.
Soares
escolheu ainda abordar as críticas de Cavaco Silva à austeridade no seu
discurso no Parlamento Europeu, elogiando-o até. Mas, por outro lado, o
antigo Presidente da República afirmou não perceber qual a razão para o
chefe de Estado não criticar o Governo português “fanático da
austeridade”.
“Até convidou o ministro das Finanças, Vítor Gaspar,
que é quem manda no Governo, e o levou, uma vez, ao Conselho de
Estado”, sublinhou Soares, acrescentando que “é contraditório e curioso
que o Presidente da República, no Parlamento Europeu, discurse contra a
austeridade e em Portugal se cale e proteja um Governo fanático da
mesma”.
Para o socialista, Cavaco “a continuar assim não admira
que baixe nas sondagens, como nunca se viu, e que em Portugal seja
vaiado, quando sai de Belém”.
«NM»
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