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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Relvas continua a ser sócio de Passos, acusa Soares

O histórico do PS, Mário Soares, afirma que o Governo está “à deriva” e que “com ou sem Relvas, ou com ele na semiclandestinidade, mas ainda com bastante influência no primeiro-ministro, do qual, como se sabe, é sócio, pode voltar à carga” com o fim da rádio e televisão públicas, como aconteceu na Grécia, escreve o socialista no Diário de Notícias.
 Para Soares, o ex-ministro Adjunto, Miguel Relvas, que tinha a tutela da RTP, continua a ter influência no Executivo de Passos Coelho. E o socialista não descarta a ideia de que o que aconteceu com a rádio e televisão públicas da Grécia possa acontecer em Portugal.
Num artigo de opinião no Diário de Notícias, o antigo chefe de Estado refere que “o falso doutor Relvas, tentou fazer o mesmo” com a RTP, mas que “felizmente não o conseguiu”. No entanto, dada a situação actual, Soares acredita que o Executivo “à deriva como está, com ou sem Relvas, ou com ele na semiclandestinidade, mas ainda com bastante influência no primeiro-ministro, do qual, como se sabe, é sócio, pode voltar à carga”.
Soares escolheu ainda abordar as críticas de Cavaco Silva à austeridade no seu discurso no Parlamento Europeu, elogiando-o até. Mas, por outro lado, o antigo Presidente da República afirmou não perceber qual a razão para o chefe de Estado não criticar o Governo português “fanático da austeridade”.
“Até convidou o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que é quem manda no Governo, e o levou, uma vez, ao Conselho de Estado”, sublinhou Soares, acrescentando que “é contraditório e curioso que o Presidente da República, no Parlamento Europeu, discurse contra a austeridade e em Portugal se cale e proteja um Governo fanático da mesma”.
Para o socialista, Cavaco “a continuar assim não admira que baixe nas sondagens, como nunca se viu, e que em Portugal seja vaiado, quando sai de Belém”.
«NM»

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