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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

IRS baixa em 72 municípios

 E por Alpiarça? Quanto mais melhor... Não?

Seja para aliviar os efeitos de uma crise que está a provocar um ‘enorme’ aumento de impostos, seja por oportunismo político em ano de eleições autárquicas, o que é certo é que subiu o número de câmaras municipais que decidiu devolver aos contribuintes parte do IRS. Este ano, 72 autarquias vão restituir aos residentes parte do imposto cobrado no concelho, contra as 41 do ano passado.
Com a Lei das Finanças Locais, em vigor desde 2007, os municípios passaram a beneficiar de uma fatia de 5% da receita do IRS cobrado pelo Estado central. A legislação permite que as autarquias abdiquem desse dinheiro, ou de parte, a favor dos contribuintes do concelho. Desta forma, a câmara municipal perde receita para o seu orçamento anual, mas a factura fiscal das famílias é aliviada nessa mesma proporção.
Vários municípios têm usado o mecanismo – conjugado com outros apoios a famílias –, em políticas de fixação de residentes, por exemplo. Mas este ano fica marcado por um aumento substancial dos concelhos que baixam a conta dos impostos dos residentes, com o intuito de atenuar a forte subida da carga fiscal decidida pelo Governo central.
Foi o caso de Lisboa. Em 2012, a autarquia da capital ficou com a totalidade dos 5% de receita de IRS a que tinha direito. Já este ano, baixou para 2,5%, numa decisão votada, favoravelmente, por todos os partidos no Executivo municipal.
A mudança implica menos 30 milhões de euros no orçamento camarário de António Costa. E essa verba será restituída aos contribuintes com residência fiscal em Lisboa, no momento de acertar contas com a Autoridade Tributária e Aduaneira, quando for entregue a declaração final do IRS, já em 2014. Nessa altura, as famílias terão um alívio de 2,5% no imposto a pagar.
Imposto a pagar sobe à mesma face a 2012
Isto não significa, contudo, que a factura total de IRS dos contribuintes não aumente face a 2012, pelo contrário. Aliás, a folga dada pelas autarquias, mesmo que atinja os 5% permitidos por lei, deverá ser insuficiente para compensar as subidas do IRS inscritas no Orçamento do Estado para este ano. Só a sobretaxa vai levar 3,5% do rendimento, e a redução de escalões também sobe a tributação. Além disso, a redução dos benefícios e deduções fiscais também vai aumentar a colecta.
Assim, o contributo dos municípios serve apenas para evitar males piores, amortecendo a subida da carga fiscal total. As simulações solicitadas pelo SOL à consultora PricewaterhouseCoopers (PwC) mostram que num casal com dois filhos, com um rendimento de 42 mil euros, a diferença entre receber zero e 2,5% do IRS pago, como em Lisboa, é de 170 euros euros em termos anuais.
A capital do país não é caso único na redução das taxas de participação no IRS, e há até municípios mais generosos. As mudanças mais expressivas surgem em localidades pouco urbanizadas e de baixa densidade populacional. Os concelhos do Crato (Portalegre), Sabugal (Guarda) e Vila Franca do Campo (Açores), que em 2012 ficavam com o máximo de IRS que podiam, este ano decidiram abdicar por completo dessa receita. Para as famílias nestas localidades, 14 no total, a factura com o IRS terá um alívio que pode ir até 341 euros, segundo as simulações da PwC.
No Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), uma tributação que também está a ter reflexos na carteira dos portugueses e em que as câmaras têm uma palavra a dizer, também há uma tendência para a redução das taxas em 2013.
A grande maioria dos concelhos também optou por fixar a taxa mínima estabelecida por lei para os prédios já avaliados segundo as regras do IMI, criado em 2003. Por lei, os municípios poderiam fixar a taxa entre 3% e 5% para os prédios já avaliados, o que em teoria abrange a quase totalidade dos prédios no país – depois do processo de reavaliação que começou no ano passado e termina no final deste trimestre. Cerca de 40% optou por aplicar apenas 3% (60% do total ficou abaixo de 4%).
Mas, neste caso, a maioria da carteira dos proprietários não deverá ter benefícios. Embora a taxa desça, a subida do valor patrimonial das casas deverá aumentar a carga fiscal.

 «SOL»

7 comentários:

Anónimo disse...

"Prestados os esclarecimentos, o Presidente retomou a palavra para apresentar também
ele, naquela que considera ser a instância própria, um assunto fora da ordem do dia.
Trata-se das recomendações e propostas enviadas à Câmara pela bancada do PS
através da Mesa da Assembleia Municipal relativamente à criação de mecanismos de
compensação aos munícipes contribuintes no que toca ao IMI e à devolução da
participação de 5% de IRS, com o alegado objectivo de fixar novos munícipes para
Alpiarça. O Presidente informou que despachou o documento para que a Chefe de
Divisão Administrativa e Financeira articulasse com o Gabinete Jurídico no sentido de
verificar a legalidade da proposta, pelo que neste momento o assunto está em fase de
análise."

Anónimo disse...

"Em todo o caso, a proposta parece ao Presidente não só inexequível como
ilegal e injusta, uma vez que faz discriminação entre munícipes que, em igualdade de
circunstâncias, isto é, habitando um edifício similar na mesma zona, poderão estar a
pagar taxas de imposto diferentes consoante se trate de um morador recente ou um
morador antigo, o que demonstra que há um grande impreparação e desconhecimento
da lei por parte dos proponentes."

Anónimo disse...

O Presidente considera, pois, que os eleitos do PS na
Assembleia revelaram com esta proposta que carece de enquadramento legal a partir
do qual possa ser aplicada, um grande desconhecimento do funcionamento dos órgãos
políticos.
Mas ainda que a proposta fosse exequível, o Presidente tem muitas dúvidas sobre até
que ponto é que uma proposta destas defende verdadeiramente o interesse do
Município, dado que uma proposta deste tipo pode criar situações de injustiça relativa
em que pessoas com rendimentos reduzidos praticamente não beneficiam com a
medida e apenas pessoas com rendimentos maiores tiram partido dela, uma vez que
só em rendimentos altos é que a percentagem a restituir adquire expressão.

Anónimo disse...

Por tudo
isto o Presidente interroga-se sobre quem é que realmente esta proposta pretende
beneficiar, tendo em conta que o incentivo à instalação no Concelho de Alpiarça seria
apenas para famílias de altos recursos, o que contribuiria para uma situação de
segregação social que o Presidente repudia.

Anónimo disse...

Publicados os excertos da ACTA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE ALPIARÇA REALIZADA EM 9
DE OUTUBRO DE 2012 – NÚMERO 19/2012, cabe-me fazer um comentário.
Só alguém que nunca geriu nem uma taberna é que pode preferir que se instalem em Alpiarça gentes de baixa condição.
Enquanto todo o mundo tenta atrair investimentos, residentes de elevados rendimentos, o Presidente da Câmara de Alpiarça diz precisamente o contrário.
Pelo que se depreende, os imigrantes desejáveis são os romenos, e já agora, alguns africanos da Cova da Moura e umas dezenas de subsídio-dependentes do RSI ficariam sempre bem na estratégia da CDU.
Porque apoiarmos a fixação de médicos, enfermeiros, empregados da banca e seguros, empresários, juízes, militares, professores, NÃO !!!
Esses podem não votar na CDU, conforme se depreende.
Ou seja, Alpiarça fazer o que fizeram 74 municípios não pode ser!
Temos é de criar a sopa dos pobres, campo onde os comunistas se sentem como peixe na água.
Ter agregados familiares que ganhem 50 ou 100 mil euros... não. Que vão para Santarém ou para Almeirim.
Que paguem por lá o seu IRC e IRS que o município de Alpiarça está rico.
Perante esta parvoíce, qualquer pessoa de bem e que queira o progresso da sua terra se indigna.
É o caso!

Anónimo disse...

Pois é , bem que a bancada do MAR/PS tem trabalhado de forma a inverter este tipo de politica redutora do desenvolvimento enconomico do concelho.

A proposta foi recebida com sorriso amarelo e possivelmente foi metida na gaveta. Já na ultima assembleia os eleitos do MAR pelo PS voltaram a perguntar onde andava a proposta e se já tinha sido analisada. A resposta que se ouviu era que a mesma estava repleta de erros e era ilegal.

Na minha opinião, ilegal é a falta de bom senso que este executivo tem na gestão da camara. Porque nada seria mais facil do que agarrar nesta proposta e melhora-la extendendo o seu ambito e profundidade.

Infelizmente é preferivel fechar a gaveta à chave e esquecer a proposta do MAR/PS do que torná-la pública e aplica-la. Aos poucos entregam os pontos à oposição.

Talvez no fundo já se dêm por vencidos e prefiram não reconhecer os beneficios das propostas do MAR/PS para manterem a população no "escuro" quanto às soluções que são possiveis e que contribuem para o desenvolvimento do concelho.

Anónimo disse...

A proposta era tão ilegal e irrealizável que 72 municípios (de 308) puseram-na em prática.
Por cá, são como o governo PSD: quem ganha mais de 600 euros é rico.
Ou seja, até parece que quem ganha 1000 ou 1200 euros não paga pesados impostos.
Enfim... que as eleições cheguem depressa