.

.

.

.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Comunicado da Dorsa do PCP



 Reuniu no dia 6 de Julho, em Alpiarça, a DORSA do PCP. Na sua primeira reunião após a realização da 9ª Assembleia, a DORSA procedeu à eleição dos seus organismos executivos e ainda á análise da situação política nacional e regional.
Definiu ainda as principais linhas de trabalho para a acção e intervenção do Partido nos próximos meses.

1. A 9ª Assembleia da Organização Regional de Santarém, que teve a participação de 186 delegados eleitos pelas organizações do PCP e contou ainda com a presença de inúmeros convidados, foi uma importante realização, precedida de um intenso e descentralizado trabalho preparatório consubstanciado em cerca de uma centena de plenários, reuniões e debates alargados, no qual foram feitas muitas dezenas de propostas de alteração/adenda ao projecto de Resolução Política, foi um importante contributo para a preparação do XIX º Congresso do Partido e para o reforço da organização, acção e intervenção partidárias na região.

2. No quadro da análise da situação política nacional e regional, a DORSA do PCP:
- Saúda a luta dos trabalhadores do distrito e apela para que prossigam na resistência e na luta contra a aplicação das alterações ao Código do Trabalho, ao nível das empresas e sectores. Apela também à participação nas acções de informação e esclarecimento promovidas pela CGTP-IN nos próximos dias em vários concelhos do distrito.
- Regista com enorme preocupação o aumento exponencial do desemprego no distrito, cujas consequências estão bem patentes na gravidade da situação social hoje existente.
Esta dramática realidade é agravada pelos cortes nas prestações sociais, pelas dificuldades e impedimentos crescentes das autarquias em corresponderem às cada vez maiores solicitações das famílias e ainda pela incapacidade das IPSS para corresponderem às suas atribuições.
A implementação das chamadas cantinas sociais (nova sopa dos pobres), para além de ser concretizada desviando verbas da Segurança Social antes cabimentadas para outras funções sociais, representam uma discutível e insuficiente resposta.
- Analisou a ofensiva que visa a destruição das funções sociais do Estado e dos serviços públicos, em que se inserem:
A decisão de encerrar de Tribunais e a concentração de outros serviços judiciais (Mação, Alcanena, Ferreira do Zêzere e Golegã, concentração dos Tribunais do Trabalho em Tomar);
Intenção de encerrar 9 Repartições de Finanças, substituindo-as por balcões de atendimento;
Os projectos de encerramento serviços da Segurança Social, a que se somam aqueles que foram fechados nos últimos anos;
O encerramento de postos de Correios e concessão do serviço a privados, com os inerentes prejuízos para as populações;
A criação de mega – agrupamentos e a possibilidade das turmas passarem a ter até 30 aluno, a nova estrutura curricular do ensino básico e secundário, o despacho do lançamento do próximo ano lectivo, que pela primeira vez não foi discutido com os professores e os respectivos sindicatos, constituem uma nova etapa na destruição da escola pública e promove o despedimento em massa de professores e funcionários.
A DORSA do PCP saúda as populações do distrito que de forma muito expressiva têm manifestado a sua oposição à política do governo, como foi o caso das manifestações realizadas em Alcanena e Golegã, em defesa dos tribunais e em Tomar, em defesa do Hospital.

3. O desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde que está a atingir gravemente as populações do distrito
Apesar dos esforços para disfarçar a realidade, a chamada reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo – CHMT – veio afastar ainda mais os utentes dos serviços de saúde e abrir portas para a futura privatização/concessão dos Hospitais de Tomar e de Torres Novas.
Os indicadores oficiais demonstram a diminuição do número de consultas, urgências, internamentos, cirurgias.
O corte nas despesas está a ser feito á custa da degradação dos serviços prestados.
A incapacidade de responder na marcação de exames (muitos deles sem possibilidade de marcação até ao final do ano) está a promover o recurso cada vez maior aos serviços de saúde privados. 
Acrescem os relatos dramáticos das dificuldades criadas com o transporte de doentes e com as dificuldades no pagamento das taxas moderadoras.
Nos Cuidados Primários, mantém-se e agravam-se as dificuldades de acesso, de que é exemplo a saída de dois médicos cubanos de Alpiarça e a sua não substituição, ao contrário do que estava anunciado, deixando aquele concelho com 4000 utentes sem médico.
São ainda os problemas causados pela falta de enfermeiros, a que se junta o vergonhoso processo de contratação, que provocou o caos por todo o distrito, com destaque para o concelho de Torres Novas.
A DORSA do PCP saúda as Comissões de Utentes e as populações do distrito pela luta que têm desenvolvido, nomeadamente no Médio Tejo onde o abaixo-assinado em defesa do CHMT atingiu em poucos dias o impressionante número de cerca de 22000 assinaturas.
A DORSA do PCP decidiu promover uma acção de esclarecimento sobre a situação no CHMT que decorrerá a partir de dia 17 de Julho.

4. A ofensiva contra o Poder Local Democrático
O conjunto de medidas em curso ou anunciadas, como sejam a Lei dos compromissos, o chamado Plano de Apoio à Economia Local – PAEL – e o projecto de extinção de freguesias, são peças do mesmo puzzle e visam desferir um rude golpe no Poder Local Democrático e no serviço que prestam às populações.
A DORSA do PCP ao mesmo tempo que chama a atenção para as manobras em curso visando negociar nas costas das populações eventuais extinções de freguesias por parte de eleitos do PSD, do CDS e do PS, saúda os eleitos e as populações que têm vindo a resistir a estas intenções, nomeadamente o Movimento no Ribatejo Freguesias Sim! e apela ao prosseguimento da luta em defesa das freguesias e pela revogação da lei.
A DORSA do PCP reafirma a sua total oposição a manobras em curso e que visam, com base na falácia de que se forem os eleitos a entenderem-se sobre as fusões e extinções, fá-lo-ão melhor do que se estas forem feitas em Lisboa e dessa forma impedirem um mal maior…
Tais propósitos significam uma atitude colaboracionista e derrotista que deve ser combatida. Do que se trata é de exigir a revogação da lei, no interesse do Poder Local e das populações!
Os eleitos do PCP e da CDU, nas autarquias e na Assembleia da República recusam-se a participar no processo de destruição das freguesias e alertam para os perigos decorrentes da aceitação por parte dos municípios do denominado PAEL.

5. A DORSA do PCP procedeu à avaliação da preparação da Festa do Avante!, tendo decidido intensificar as acções de divulgação, a venda antecipada da EP, a dinamização das excursões, bem como a participação nas jornadas de trabalho para a construção da Festa.
Na festa do Avante! 2012, o espaço de Santarém, para além da exposição que retrata as lutas realizadas na região, continuará a apostar na promoção da gastronomia, nos vinhos e na doçaria regionais.

6. A DORSA do PCP decidiu intensificar a discussão e a concretização em todas as organizações dos objectivos para o recrutamento de novos militantes até ao final do ano.
Decidiu ainda avançar na planificação da 3ª fase da preparação do XIXº Congresso, que assentará em reuniões e plenários de discussão dos documentos e na posterior eleição dos delegados.

7. A DORSA do PCP sublinha o facto de eleitos e deputados de outras forças políticas, pautarem a sua acção pela conivência, pelo silêncio e pelo discurso e atitude dúplice, seja nos órgãos autárquicos de que fazem parte, seja na Assembleia da República.
Contrastando com esta realidade, tem assumido cada vez maior importância a acção e a intervenção das organizações e militantes do PCP, dirigentes e activistas sindicais, das Comissões de Utentes, dos eleitos autárquicos e do seu deputado na Assembleia da República, na denuncia de problemas, na apresentação de propostas, na mobilização dos trabalhadores e das populações, em defesa dos seus direitos, interesses e aspirações.
Prosseguir no esclarecimento e na mobilização dos trabalhadores e das populações para darem combate á politica do governo e assumirem a rejeição do pacto de agressão, abrindo caminho à construção de uma alternativa patriótica e de esquerda para Portugal, é a tarefa que está colocada aos comunistas e a todos os que não se conformam com o rumo do país e toma nas suas mãos a construção dessa alternativa. 





Alpiarça, 6 de Julho de 2012
A DORSA do PCP

2 comentários:

Anónimo disse...

"A DORSA do PCP sublinha o facto de eleitos e deputados de outras forças políticas, pautarem a sua acção pela conivência, pelo silêncio e pelo discurso e atitude dúplice, seja nos órgãos autárquicos de que fazem parte, seja na Assembleia da República.
Contrastando com esta realidade, tem assumido cada vez maior importância a acção e a intervenção das organizações e militantes do PCP, dirigentes e activistas sindicais, das Comissões de Utentes, dos eleitos autárquicos e do seu deputado na Assembleia da República, na denuncia de problemas, na apresentação de propostas, na mobilização dos trabalhadores e das populações, em defesa dos seus direitos, interesses e aspirações."
Numa palavra - eles são os bons,os intocávbeis. Todos os outros são lixo! Que pena que nos países ondem governaram terem deixado rastos de miséria, de morte, de falta de liberdade. Porque não emigram para um dos pólos? Aí sim, serão praticamente os únicos podem comer-se uns aos outros. Tenho vergonha que Alpiarça seja palco destes tristes espetáculos.

Anónimo disse...

É só o que sabem fazer... contestar.
Quando por via eleitoral chegam ao poder, não sabem o que fazer com ele como acontece em Alpiarça.
Governam Alpiarça como uma reserva índia em que tudo depende dos caciques locais.
Empresas que pretendam instalar-se em Alpiarça e gerar empregos: ZERO!
Turismo que traga divisas a Alpiarça: ZERO!
Com o encerramento do Parque de Campismo,abaixo de zero...
Certames ou iniciativas que cativem pessoas a residir e trabalhar em Alpiarça: ZERO!
Restam os "turistas" do partido(PCP) que passaram a ver Alpiarça como se fosse o seu salão de festas.
A diferença é que esses não trazem dinheiro a Alpiarça, levam-no.
Os "otários" dos Alpiarcenses pagam...!!!