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terça-feira, 24 de julho de 2012

Os tempos mudaram e com eles mudaram as mentalidades

Escola Militar de Electromecânica
Esses técnicos, como a maioria das pessoas dessa época recordarão, eram formados nas escolas comerciais e industriais, nas escolas de formação profissional acelerada, na Escola Militar de Electromecânica (Paço d´Arcos)etc. Eram jovens que normalmente conheciam as dificuldades da vida na altura, as dificuldades dos seus pais e avós e, tinham noção de que ali poderia estar o seu futuro. Por isso, davam o seu melhor, cumpriam metas e objectivos com dedicação e responsabilidade. Os "baldas" ficavam pelo caminho, entregues à preguiça, tendo que optar por outro modo de vida.
Assim nasceu um punhado de jovens técnicos, com habilitações na indústria, comércio e serviços, capazes de ombrear com qualquer outro trabalhador credenciado, em qualquer parte do mundo.
Isto dará certamente resposta ao que está implícito no texto do colaborador "Português.pt" quando diz : " Dávamos cartas em todas as frentes...".
Perguntar-se-á: então e hoje, não temos essa mais valia? De acordo com os indicadores temos ainda muitos jovens ambiciosos, trabalhadores e competentes nomeadamente ao nível académico superior que, estarão na sua maioria a emigrar.
Quer dizer, Portugal gastou na sua formação e o estrangeiro vai colher os dividendos.
E não se pense que o jovem que hoje emigra para outras paragens, vai amealhar, passar as "passas do algarve" e colocar as poupanças num banco português para investir cá, como os seus antecessores.
Os tempos mudaram e com eles mudaram as mentalidades.
Ninguém tenha ilusões, incluindo o governo que aconselha a emigração, possivelmente a pensar no retorno, sinónimo de entrada de divisas, como no passado.
O passado, já lá vai.
A galinha dos ovos de ouro da emigração já foi chão que deu uvas.
Os bancos engordaram com o esquema entretanto montado, não só da "Conta Emigrante" como da simples conta de residente, pelos vistos sem qualquer control.
O resultado está à vista. Milhões que se evaporaram sem deixar rasto.
Quem vai pagar?
Os mesmos de sempre, como é óbvio.
Quem vai beneficiar?
Os mesmos de sempre, naturalmente.
Parafraseando o Mestre "português.pt":
"...não me perguntem porquê que já não tenho pachorra para explicar"!

Por: A.M.Vieira 
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2 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns ao Tónho Manél. Boa malha!

Anónimo disse...

Nestes tempos a juventude bebia umas "girafas" na Portugália quando queria dar uma de afirmação...hoje bebe uns "shots" e abana o capacete em clima de milhares de watts e muitos decibeis.
É uma maneira diferente de afirmação com consequências futuras emprevisíveis para esta geração.
Seria muito interessante um estudo sobre o porquê deste comportamento e o reflexo que isso terá no desenvolvimento físico, intelectual e profissional dos jovens de hoje.