Por:Ana Isabel Fonseca
"Tentaram
enganar-me mais uma vez. Entraram duas mulheres, os homens ficaram no
carro. Elas compraram abacaxis e deram-me uma nota de 100 euros para
pagar. Dei-lhes o troco, mas começaram a dizer que queriam notas mais
baixas. Neguei, pois já conhecia o esquema, já tinham posto parte do
dinheiro que lhes dei ao bolso e ainda queriam os 100 euros de volta",
contou ao CM José Santos, dono da Galeria de Fruta.
A PSP de São
Mamede de Infesta levou de imediato os dois casais para a esquadra.
Tinham mais de 800 euros e sacos com diferentes bens, cujo valor está
avaliado em mais de mil euros. Quando questionados sobre a origem dos
produtos, os burlões não hesitaram: apresentaram os papéis que comprovam
que recebem o rendimento mínimo e disseram aos agentes que tinham
comprado tudo à conta do dinheiro que recebem todos os meses do Estado.
Sem
provas, a PSP teve de os libertar mas, horas depois, aqueles foram
apanhados na Senhora da Hora, Matosinhos, onde já tinham tentado um novo
golpe.
Ao que o CM apurou, os quatro burlões, que actualmente
vivem em Santa Maria da Feira, têm já quase uma centena de processos em
várias zonas como Tavira, Faro, Barcelos, Santarém, Braga, entre outros
locais.
AGENTES DA PSP RECEBEM MENOS QUE BURLÕES
Os
agentes da polícia não esconderam a revolta quando viram que o casal de
burlões recebe, no total, do Estado, mais de 840 euros, uma vez que nas
esquadras de todo o País existem elementos que ganham muito menos de
salário mensal.
Ao que o CM apurou, a filha do casal, de três
anos, já nasceu em Portugal, motivo que os leva a receber o dinheiro.
Nunca tiveram qualquer ocupação profissional e passam os dias a viajar
por várias localidades e a enganar lojistas.
http://www.cmjornal.xl.pt/
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