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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Queda do consumo interno corta um terço dos lucros da Sumol+Compal

 A companhia Sumol+Compal registou uma quebra de 34% nos resultados líquidos anuais obtidos em 2011, de 6,2 milhões de euros, por comparação com 2010, quando lucrou 9,4 milhões de euros. Os resultados operacionais recuaram 13,1%, para 27,8 milhões de euros no período em análise e o EBITDA caiu 8%, para 46,1 milhões de euros. Em comunicado, a administração da empresa, cuja comissão executiva é liderada por Duarte Pinto, justifica a evolução dos resultados de 2011: “a retracção das vendas em Portugal, as subidas expressivas nos preços de algumas matérias-primas e de materiais de embalagem contribuíram decisivamente para um desempenho económico inferior ao do ano anterior”. 
No total, o volume de negócios da empresa recuou 3,2%, para 331,6 milhões de euros, com comportamentos distintos dentro e fora do território nacional. Em Portugal, onde realizou 75% das suas vendas em 2011, a Sumol+Compal sofreu uma diminuição de 9,1% das vendas, para 237,2 milhões de euros. Em volume, a queda foi na mesma percentagem, para 275,3 milhões de litros.  
“Esta quebra [no mercado interno] não foi homogénea ao longo do ano”, explica a direcção na nota hoje enviada às redacções. “No final do primeiro semestre o desvio negativo era de 4%”. Mas o “acentuar do desvio anual” verificado deveu-se sobretudo ao período de Verão (Julho e Setembro) que foi “muito desfavorável climatericamente” e ao “agravamento da crise económica”. A companhia reivindica todavia “a liderança no universo de bebidas não alcoólicas, com uma quota de 25% em valor”. As marcas de distribuição, contudo, fizeram com que no consumo em casa, medida pelas vendas em canal alimentar (sobretudo super e hipermercados) a quota da S+C caísse de 22,5% para 21%. Fora de casa, no consumo no canal Horeca – hotéis, restaurante e cafés, a quota passou para 27,%, crescendo 0,3% face a 2010.  Evolução oposta teve o comportamento das vendas nos mercados internacionais: a Sumol+Compal vendeu 80 milhões de euros, equivalentes a 123,3 milhões de litros, para o exterior do País, o que representou crescimentos de 30% e 31,3%, respectivamente. As exportações aumentaram o seu peso de 19% para quase 25% das vendas consolidadas em um ano. 
A companhia conseguiu ainda reduzir a dívida remunerada líquida em 7,8%, ou 25,6 milhões de euros, para 298,7 milhões de euros.
«J.Negócios»

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