A companhia Sumol+Compal registou uma quebra de 34% nos resultados líquidos
anuais obtidos em 2011, de 6,2 milhões de euros, por comparação com 2010, quando
lucrou 9,4 milhões de euros. Os resultados operacionais recuaram 13,1%, para
27,8 milhões de euros no período em análise e o EBITDA caiu 8%, para 46,1
milhões de euros. Em comunicado, a administração da empresa, cuja
comissão executiva é liderada por Duarte Pinto, justifica a evolução dos
resultados de 2011: “a retracção das vendas em Portugal, as subidas expressivas
nos preços de algumas matérias-primas e de materiais de embalagem contribuíram
decisivamente para um desempenho económico inferior ao do ano anterior”.
No total, o volume de negócios da empresa recuou 3,2%, para 331,6
milhões de euros, com comportamentos distintos dentro e fora do território
nacional. Em Portugal, onde realizou 75% das suas vendas em 2011, a Sumol+Compal
sofreu uma diminuição de 9,1% das vendas, para 237,2 milhões de euros. Em
volume, a queda foi na mesma percentagem, para 275,3 milhões de litros.
“Esta quebra [no mercado interno] não foi homogénea ao longo do ano”,
explica a direcção na nota hoje enviada às redacções. “No final do primeiro
semestre o desvio negativo era de 4%”. Mas o “acentuar do desvio anual”
verificado deveu-se sobretudo ao período de Verão (Julho e Setembro) que foi
“muito desfavorável climatericamente” e ao “agravamento da crise económica”. A
companhia reivindica todavia “a liderança no universo de bebidas não alcoólicas,
com uma quota de 25% em valor”. As marcas de distribuição, contudo, fizeram com
que no consumo em casa, medida pelas vendas em canal alimentar (sobretudo super
e hipermercados) a quota da S+C caísse de 22,5% para 21%. Fora de casa, no
consumo no canal Horeca – hotéis, restaurante e cafés, a quota passou para 27,%,
crescendo 0,3% face a 2010. Evolução oposta teve o comportamento das
vendas nos mercados internacionais: a Sumol+Compal vendeu 80 milhões de euros,
equivalentes a 123,3 milhões de litros, para o exterior do País, o que
representou crescimentos de 30% e 31,3%, respectivamente. As exportações
aumentaram o seu peso de 19% para quase 25% das vendas consolidadas em um ano.
A companhia conseguiu ainda reduzir a dívida remunerada líquida em 7,8%,
ou 25,6 milhões de euros, para 298,7 milhões de euros. «J.Negócios»
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