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terça-feira, 10 de abril de 2012

Os insustentáveis erros de Passos Coelho

 O orçamento da Segurança Social não aguenta o actual ritmo de reformas antecipadas? Não. Qualquer pessoa que faça contas, grupo onde há poucos políticos (e muito poucos representados no Parlamento ) sabe isso.
O orçamento da Segurança Social não aguenta o actual ritmo de reformas antecipadas? Não. Qualquer pessoa que faça contas, grupo onde há poucos políticos (e muito poucos representados no Parlamento…) sabe isso.

É por isso que a suspensão das reformas antecipadas durante dois anos era inevitável (mais tarde ou mais cedo teremos de acabar com elas). O problema não está na decisão, está na forma como o Governo (não) a comunicou.

Vejamos: a decisão podia ser divulgada antecipadamente? Não. Em 2010 houve um disparo nos pedidos de reforma antecipada na função pública quando se soube que a penalização por cada ano de antecipação ia passar de 4,5 para 6%.

O que é que o 1º ministro deveria ter feito? No dia da publicação em Diário da República deveria ter convocado a comunicação social para, com o ministro da Segurança Social, explicar a decisão. Ora Passos Coelho não só não o fez como acabou por falar do assunto em Maputo (sem Mota Soares ao lado). Alimentando dúvidas de que o Governo teve medo de enfrentar a opinião pública…

Se somarmos a esta "gaffe" a da suspensão dos subsídios de Natal e férias (foi mesmo "gaffe"?) temos a confirmação de que Passos Coelho não sabe nada de comunicação estratégica e domina muito mal a comunicação de crise. Nesse aspecto fica a muitas milhas de distância de Sócrates. Com uma agravante: Sócrates, que só tinha "vaporware" para mostrar, usava e abusava do marketing; Passos Coelho tem resultados. Mas por este andar a opinião pública nunca vai perceber quais são… porque ele não os sabe "vender". O que faz toda a diferença, porque não se fazem reformas sem as explicar ao eleitorado.
«Jornal de Negócios»

1 comentário:

Anónimo disse...

Lei de Cavaco dá reformas douradas a docentes do privado

A Caixa Geral de Aposentações (CGA), a "segurança social" dos funcionários públicos, também paga pensões a reformados do setor privado, muitas delas milionárias.

No próximo mês de maio, por exemplo, começa a pagar uma reforma de 5000 euros a um dirigente de um externato particular, ao abrigo de uma lei antiga feita aprovar pelo então primeiro-ministro, Aníbal Cavaco Silva.

De acordo com a lista dos novos aposentados em maio, um ex-diretor pedagógico do Externato Marquês de Pombal Ensinus ficará com uma pensão de 5030 euros mensais brutos. Este estabelecimento pertence ao grupo Lusófona.

( Fonte: http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2412401&seccao=Dinheiro%20Vivo )