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segunda-feira, 2 de abril de 2012

O melhor de Portugal


O folhetim do BPN é uma história exemplar portuguesa: nacionalizado à pressa por alguém ter visto ali algo para tramar o PSD e Cavaco; privatizado à pressa por alguém ter percebido que era a melhor forma de se livrar de coisas comprometedoras; o BPN está bem vivo.
Vivo nos milhões que foram gastos (cerca de seis mil milhões por enquanto, entre Estado e Caixa Geral de Depósitos, ou cerca de 4% do PIB), e vivo na comissão de inquérito parlamentar onde cada lado espera retirar o seu talhão preferido de lixo para atirar à cara do outro.
Porque não deixar falir um banco que não ameaçava o sistema bancário? Porquê reprivatizá-lo já, não permitindo que o tempo o valorizasse, dessa forma encaixando um montante melhor no futuro? Porque assim foi um instrumento mais útil de com-bate político.
Quando tantos afirmam combater o desperdício e pedem mais sacrifícios, eis o maior exemplo de um desperdício inteiramente fútil.
Esta irresponsabilidade deveria ter um preço. E tem. Mas quem o vai pagar somos nós todos: no dinheiro que já lá foi e ainda lá está enterrado e na assistência a um jogo de lama que ainda agora começou.
Enviado por um Colaborador
Fonte:«CM»

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