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terça-feira, 3 de abril de 2012

Esta tradição tão nossa, herdada do salazarismo, continua a ser praticada quando dá jeito

As tradições que defendo são apenas as do bom senso, as dos valores morais e a do respeito mútuo, valores tão arreigados hoje em dia.
Se vê Estalinismo nisto, está profundamente enganado(a), e os meus anteriores comentários vão precisamente na linha contrária.
Os licenciados, com todo o respeito pela formação, normalmente precisam do "dê erre" como necessidade de afirmação.
Pior ainda quando essa necessidade existe na carreira política.
Essa tradição tão nossa, herdada do salazarismo, continua a ser praticada quando dá jeito...
Em sociedades avançadas ninguém reclama tratamentos académicos, e não vejo ninguém tratar o presidente dos EUA por Dr. Barack Obama, ou a ex-Dama de Ferro por doutora Margaret Thatcher.
Em relação ao 2º ponto, sou partidário de quem assume um cargo político deve ser alguém com perfeito conhecimento da função ou do cargo a que se candidata.
Não entrego uma casa para fazer, a um aprendiz, como não gostaria de ser julgado por um recém licenciado.
Um dos problemas deste nosso País é precisamente que os políticos não são eleitos por mérito pessoal e profissional reconhecido, mas apenas porque estão melhor posicionados na hierarquia do partido.
Por essas e por outras é que não concebo o sistema político de aprendizes.
Um vereador com o pelouro do trânsito ou de outra área, normalmente sabe tanto do assunto como eu de física nuclear. Passados 2 ou 3 anos, quando percebe alguma coisa (e partindo do princípio que é uma pessoa inteligente) do assunto, vai a votos e é substituído por outro aprendiz, e ainda que fique, transita para aprendiz do desporto ou da cultura.
Andamos assim há décadas, e na maioria dos casos a pagar a gente incompetente para os cargos que assumiram.
Pode argumentar o que quiser, mas não vejo nenhuma empresa multinacional(onde o dinheiro conta) a contratar um recém licenciado para um cargo de topo.
Vê isso apenas na administração pública ou empresas públicas. Os denominados Jobs for Boys.
Como muito bem diz, este executivo entrou de olhos vendados e acrescentaria, secundados por pessoas que dificilmente os admitiria como quadros de uma grande empresa.
Neste assunto há dois caminhos a seguir: o do carreirismo político, e o da valorização pessoal e profissional.
Os primeiros, são casas construídas sem alicerces que ao mínimo abalo caem como castelo de cartas.
A segunda via, são alicerces fundos, baseadas na tarimba, na aquisição global de conhecimento, e na busca da perfeição. Esses por mais tormentas, mantêm-se de pé.
Ambas têm sido aceites. Eu prefiro a 2ª via... 
 Noticia relacionada:
 "Qual foi a experiência e o acompanhamento da situa...":

2 comentários:

Anónimo disse...

Sim - O CAPITALISMO!

Anónimo disse...

É que no capitalismo ainda posso ter opinião, falar, protestar. No dito comunismo deixo de existir como indivíduo e algumas "inteligências" passam a pensar por mim.
É que nem é preciso ir mais longe. Basta ver as ideias individuais de muitos cidadãos próximos do PCP e a prática desse partido.
Quando para implementar um regime "bom" é preciso fazer um muro e impedir os cidadãos de sair, acho que nem é preciso dizer mais nada.
Ahhh, devo ser eu que não percebo, peço desculpa.