O presidente da Entidade de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo (T-LVT) manifestou hoje "estranheza" pela moção aprovada na Assembleia Municipal de Constância onde aqueles autarcas afirmaram "repudiar" a "inércia" e "desadaptação" daqueles dirigentes à realidade.
Apresentada e aprovada pelos eleitos da bancada da maioria CDU na Assembleia Municipal, a moção refere o "desinteresse e ausência de promoção integrada de toda a região e também de produção de materiais de divulgação necessários" aos vários postos de turismo.
A moção refere que a não participação da T-LVT nas festas concelhias é "revelador do desinteresse que os responsáveis manifestam publicamente por um setor de vital importância para os concelhos e para o país".
Em declarações à agência Lusa, o presidente da T-LVT, Joaquim Rosa do Céu, manifestou "estranheza" pelo facto de "tantas criticas terem como sede um palco curioso", tendo acrescentado que "seria mais lógico tal iniciativa partir do órgão executivo" da Câmara Municipal.
Segundo Joaquim Rosa do Céu, "há comportamentos que permanecerão ao longo da vida e haverá sempre pessoas cujo perfil não é compatível com o deixar o palco para outros".
A T-LVT, cuja génese o presidente da Assembleia Municipal de Constância "conhece bem até porque manifestou com muita vontade o desejo de integrar a respetiva direção", segundo disse Rosa do Céu, tem um problema e uma questão para resolver.
"Esse problema chama-se desequilíbrio, e é preciso reduzir assimetrias, promover integração e atenuar a atual diferenciação", vincou, tendo observado que quando a T-LVT nasceu, em 2008, tinha uma realidade, resultante da integração das antigas Regiões de Turismo, que praticamente esgotava o seu orçamento em despesas de pessoal e custos de funcionamento.
Como exemplo, Rosa do Céu referiu que em dezembro de 2008 o número de funcionários era de 88 e hoje são 41.
"Como é do conhecimento do presidente da Assembleia Municipal de Constância", continuou, a T-LVT "está a ultimar o Plano de Marketing Estratégico que concretizará uma reflexão profunda" relativamente às marcas, produtos e mercados.
"Este instrumento de planeamento e a sua conclusão é indispensável para uma gestão correta da promoção do destino e não de um concelho em particular".
Pelas "razões aduzidas", acrescentou, a T-LVT não conseguiu, nos primeiros meses da sua existência, apoiar todos os eventos municipais", tendo lembrado que o começou a fazer em 2010.
"As festas de Constância foram um dos eventos apoiados", lembrou, tendo referido que o mesmo sucedeu com brochuras e com os guias de eventos, de alojamento e da natureza e mapas turísticos da região.
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