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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Sobre a inscrição mural da CDU nas "escadas monumentais"

De: Ilda Figueiredo
Por: CDU Coimbra

A CDU pintou, no passado dia 22 de Maio, Domingo uma inscrição mural ao longo da escadaria que dá acesso à Universidade de Coimbra, conhecida por todos como “escadas monumentais”. Numa acção no quadro da Juventude CDU, direccionada para os problemas dos estudantes do ensino superior, da pintura constam o fim das propinas e do Processo de Bolonha e a exigência de mais bolsas de estudo, culminando num apelo de que a luta por estas reivindicações se traduza no voto na CDU nas próximas eleições de dia 5. Sobre isto quer a CDU esclarecer: O exercício da Liberdade de Propaganda é regulado, para além da Constituição, pela Lei 97/88, com a alteração introduzida pela Lei 23/2000 de 23 de Agosto, que estabelece taxativamente os locais a ele vedados, não se enquadrando aquele lugar em nenhuma das previsões. Acresce, para que quem conhece Coimbra sabe que aquele local – que nos anos 40 tomou o lugar da “escadaria do liceu”, aquando da “reconstrução” da Alta de Coimbra - tem sido, desde os anos 60 utilizado por diversas forças políticas, organizações juvenis, associações de estudantes, como palco para a expressão pelas mais diversas formas – incluindo a pintura mural – expressar o descontentamento e o protesto, enfrentando tantas vezes a repressão. Precisamente por esse facto se tornou emblema do contributo de resistência e de luta dado pelos estudantes para as lutas mais gerais em defesa da liberdade e da democracia, quer antes, quer depois do 25 de Abril. O empolamento dado a esta acção de propaganda da CDU só pode ser lido como uma campanha que se destina a atingir a intervenção política da CDU e o que ela comporta de proposta alternativa ao rumo de desastre que está a ser imposto ao país. A CDU reafirma, para lá deste episódio, o seu compromisso na luta por um ensino público, gratuito e de qualidade, pelo fim das propinas e no combate contra os cortes no financiamento do ensino superior, a gradação das condições de ensino e investigação, a falta de saídas profissionais para os milhares de estudantes que todos os anos terminam os seus cursos.



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