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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O que diz a comunicação social sobre a visita do Ministro da Agricultura a Alpiarça

Monliz projecta investir 15 milhões de euros em Alpiarça


O ministro da Agricultura garantiu hoje que vai "apoiar e incentivar" a expansão da empresa de produtos alimentares Monliz, cujo investimento previsto é de 15 milhões de euros e permitirá duplicar a produção e criar mais 30 empregos.
Em declarações à agência Lusa, António Serrano frisou que o projecto não pode ser candidato ao Programa de Desenvolvimento Rural (ProDer), mas pode ser enquadrado nos apoios gerais do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
"Esta empresa está inserida num grupo multinacional e o regulamento do ProDer só apoia pequenas e médias empresas. Mas o QREN tem outros instrumentos e vamos dar todo o apoio para encaminhar a Monliz nesta candidatura", referiu António Serrano.
O ministro destacou o facto de a Monliz pretender criar mais postos de trabalho com este projecto de expansão e de se tratar de uma indústria inserida num sector que o governante define como "fundamental para Portugal e no qual temos bom clima e condições competitivas relativamente a outros países".
"O Governo tem muito interesse em apoiar este tipo de empresas e este projecto em particular. Só temos que apoiar este tipo de iniciativas que é disto que Portugal precisa", frisou ainda António Serrano.
O projecto de expansão da capacidade produtiva prevê um investimento de 15 milhões de euros na instalação de uma segunda linha de congelação de produtos, com a qual a Monliz deverá passar das actuais 25 mil toneladas de produtos processados por ano para o dobro.
"A fábrica está cheia todos os dias e está a trabalhar na capacidade máxima. Para continuarmos a crescer precisamos de um segundo túnel de congelação, que está previsto neste projecto de expansão", frisou o director-geral da Monliz, Gäetan Sonck.
Após a conclusão das obras de ampliação, a Monliz vai também duplicar a área de cultivo contratada aos agricultores, dos actuais 2.000 para 4.000 hectares.
Em paralelo, a fábrica está a dinamizar a criação de um organização de produtores, a Oplitejo - Organização de Produtores de Legumes Industriais do Ribatejo, que visa juntar a indústria, representada pela própria Monliz, e a produção agrícola, representando cerca de uma centena de produtores de duas associações já existentes, a Coopli e a Cultialpiarça.
O director-geral da empresa acrescentou que a fábrica só avançará com o projecto de expansão quando tiver a confirmação de que poderá ter apoios comunitários. "A data possível para o arranque das obras deverá ser só no verão de 2011, na campanha de pimento e tomate", afirmou Gäetan Sonck.
A Monliz centra a sua produção nacional na área do tomate e dos pimentos, mas faz também o processamento de brócolos, cebola, couve-flor, courgettes, ervilhas e favas.
Quase 70% da produção é para exportação e os restantes 30% são comercializados para a indústria da distribuição e do retalho.
«Lusa»

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