O presidente da associação ambientalista Quercus defendeu hoje que um aumento do preço da factura da água é «essencial» para estimular os comportamentos de poupança deste recurso natural
«Nós temos constatado que existem inúmeros comportamentos de poupança - de água, combustível ou energia eléctrica - directamente associados ao custo que esses bens possuem. A água é, de uma forma geral, barata e isso faz com que as pessoas muitas vezes não tenham cuidado na sua poupança», disse à agência Lusa Hélder Spínola.
«Este factor de custo do recurso, neste caso da água, é sem dúvida essencial para fomentar mais os comportamentos de poupança», adiantou o presidente da Associação Nacional de Conservação da Natureza.
O ambientalista fez estas declarações a propósito da notícia avançada hoje pelo Diário de Notícias, que refere uma recomendação que está a ser ultimada pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e que, caso venha a ser adoptada, irá implicar um aumento das tarifas de consumo da água.
Hélder Spínola referiu que «existe legislação comunitária que obriga os estados-membros a que o custo da captação, tratamento, distribuição e gestão da água seja reflectido nas tarifas».
«Isso, na maior parte, se não em quase todos, os sistemas de distribuição do país ainda não acontece», disse.
No entanto, Hélder Spínola salienta que «é importante que se faça a distinção entre níveis de consumo».
«Os níveis de consumo mais baixos devem ter tarifas também mais baixas. Mas a partir de determinados níveis de consumo, que passam a ser exagerados, a água deve ser tarifada a um valor muito elevado», considera, ressalvando a necessidade de se ter em conta «que famílias com menos recursos, ou numerosas, poderão necessitar de um enquadramento específico de maneira a não serem penalizadas socialmente».
De acordo com o Diário de Notícias, «em nome da progressiva uniformização da estrutura de preços para todo o território nacional, uma família com um consumo mensal da ordem dos dez metros cúbicos deverá ficar a pagar 0,92 euros por metro cúbico, quando, actualmente, a factura não vai além dos 0,65 euros nos casos em que o abastecimento é da responsabilidade de serviços municipais ou dos 0,77 euros no caso das tarifas cobradas pelas entidades gestoras dos serviços multimunicipais».
A uniformização de tarifários, praticados pelos diferentes sistemas de distribuição de água, é, para Hélder Spínola, «um trabalho que é essencial fazer».
«Essa uniformização deve também ter em conta a necessidade de haver alguma solidariedade entre os sistemas mais rentáveis, nomeadamente os maiores, e os sistemas mais pequenos. Para que se consiga transferir alguns recursos para se investir nos sistemas mais pequenos», disse.
O ambientalista acrescentou ainda que «não basta uniformizar as tarifas, porque os custos são diferentes em diferentes sistemas».
Lusa
«Nós temos constatado que existem inúmeros comportamentos de poupança - de água, combustível ou energia eléctrica - directamente associados ao custo que esses bens possuem. A água é, de uma forma geral, barata e isso faz com que as pessoas muitas vezes não tenham cuidado na sua poupança», disse à agência Lusa Hélder Spínola.
«Este factor de custo do recurso, neste caso da água, é sem dúvida essencial para fomentar mais os comportamentos de poupança», adiantou o presidente da Associação Nacional de Conservação da Natureza.
O ambientalista fez estas declarações a propósito da notícia avançada hoje pelo Diário de Notícias, que refere uma recomendação que está a ser ultimada pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e que, caso venha a ser adoptada, irá implicar um aumento das tarifas de consumo da água.
Hélder Spínola referiu que «existe legislação comunitária que obriga os estados-membros a que o custo da captação, tratamento, distribuição e gestão da água seja reflectido nas tarifas».
«Isso, na maior parte, se não em quase todos, os sistemas de distribuição do país ainda não acontece», disse.
No entanto, Hélder Spínola salienta que «é importante que se faça a distinção entre níveis de consumo».
«Os níveis de consumo mais baixos devem ter tarifas também mais baixas. Mas a partir de determinados níveis de consumo, que passam a ser exagerados, a água deve ser tarifada a um valor muito elevado», considera, ressalvando a necessidade de se ter em conta «que famílias com menos recursos, ou numerosas, poderão necessitar de um enquadramento específico de maneira a não serem penalizadas socialmente».
De acordo com o Diário de Notícias, «em nome da progressiva uniformização da estrutura de preços para todo o território nacional, uma família com um consumo mensal da ordem dos dez metros cúbicos deverá ficar a pagar 0,92 euros por metro cúbico, quando, actualmente, a factura não vai além dos 0,65 euros nos casos em que o abastecimento é da responsabilidade de serviços municipais ou dos 0,77 euros no caso das tarifas cobradas pelas entidades gestoras dos serviços multimunicipais».
A uniformização de tarifários, praticados pelos diferentes sistemas de distribuição de água, é, para Hélder Spínola, «um trabalho que é essencial fazer».
«Essa uniformização deve também ter em conta a necessidade de haver alguma solidariedade entre os sistemas mais rentáveis, nomeadamente os maiores, e os sistemas mais pequenos. Para que se consiga transferir alguns recursos para se investir nos sistemas mais pequenos», disse.
O ambientalista acrescentou ainda que «não basta uniformizar as tarifas, porque os custos são diferentes em diferentes sistemas».
Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário