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sábado, 28 de agosto de 2010

CARTA ABERTA A ROSA DO CÉU


Caro e ilustre camarada Rosa do Céu


Envio-lhe esta missiva por intermédio daquilo que está ao meu alcance já que não o consigo encontrar pelos "baixios" da Vila para que tome conhecimento directo das minhas razões.
Foi vossemecê que elevou e intitulou Alpiarça de”Vila Tranquila”. Como tranquila deve continuar a ser (neste momento de tranquila não tem nada) convido-o a deixar a sua moradia que possui no sossego do Casalinho e vir residir temporariamente -com a sua família, claro - para as proximidades do Centro Cívico (nome pomposo que se deve também a si) concretamente para a “Praça Velha”.

Passe a morar, por um período a determinar, naquele “mamarracho” que deixou construir nesta bela praça, para ver como é difícil ali morar por causa do pó que por ali abunda como pelo desleixe a que a Praça Velha está entregue (como ainda ter que gramar com aquele barulho infernal vindo dos bares das redondezas que os camaradas vermelhos, incluindo a presidente da Junta de Freguesia, teimam em não resolver) que por razões que desconheço, continuam por concluir.

Convido-o a passar uma temporada neste largo para que: quando a sua esposa andar nas limpezas da casa saber dar valor o que é ter milhões de partículas dentro de casa, vindas do pó que anda no ar e que a vizinhança roga tantas pragas que se São Pedro as ouvir ainda cai uma tempestade de raios e coriscos no edifício da Câmara.

A sua correligionária Vanda Nunes, teve a feliz (ou infeliz) ideia de requalificar todo o espaço envolvente do Largo Vasco da Gama. Mas por razões eleitorais, acabou por não concorrer ao lugar que bem lhe estava entregue.

Deveria ter concorrido porque sempre ganharia as eleições e logo terminaria estas malditas obras que não tem meio de estar prontas e que os camaradas da "Silvestre Lima" como da "Maria Luísa Falcão" agora entendem que não devem gastar ali uns trocos para concluir o que falta porque não foram eles que iniciaram as obras ou então pensam que Alpiarça está dividida aos bocados para ser aquilo que os eleitos da altura entendam ser feito ou concluído.

E porque convido Sua Excelência, Rosa do Céu?

Por uma razão simples:

Sendo vossemecê um camarada ilustre e um homem com influência nos corredores do Poder, quer pelo passado quer pelo seu desempenho no presente, talvez por residir na Praça Velha, os tais camaradas por via da sua influência mandem arranjar o que falta.

Assim, resolve-se a situação e os moradores da zona ficam-lhe eternamente gratos como serão seus apoiantes nas próximas eleições, porque segundo começa a constar nesta “Vila Tranquila” o povo começa a andar dividido e duvidoso das capacidades do executivo da CDU. De tal forma que algumas sondagens levadas a efeito pela “Rádio Canoso” dão quase oitenta por cento de você sair novamente vitorioso.

Não me esqueço, ilustre camarada Rosa do Céu, ainda não era Vossa Excelência, presidente da autarquia, que tão bem governou Alpiarça durante uma dúzia de anos, onde deixou obra feita (algumas pessoas dizem que não fez nada e que só gastou dinheiro na construção dos edifícios que estão à vista de todos. Na verdade você deve ser um verdadeiro milagreiro, não residisse no lugar da “Bruxa do Casalinho”, que até conseguiu fazer obras de grande envergadura sem ter um cêntimo nos cofres da Câmara, para estes de agora terem que pedir seis milhões emprestados e não haver umas centenas para acabar a malfadada obra da Praça Velha) e com a sua influência conseguiu arranjar a maneira que a estrada do Casalinho, aquele que o leva para a sua actual moradia, fosse toda alcatroada. Assim foi e assim acabaram os buracos que por lá perfilhavam, em “cujos ditos” até cabia um moinho dos lagares de azeite.

Se já nesta altura vossemecê era uma pessoa e um camarada com influência e conhecimentos, sendo agora o ilustre presidente da Entidade de Turismo de Lisboa e arredores então mais influência deve ter.

Porque não utilizar este poder em beneficio dos moradores do Centro Cívico ou pedir a Vanda Nunes que mande uns troquitos para o Mário Pereira de forma a que este mande concluir os poucos trabalhos?

E, porque não pedir à D.ª Vanda para ensinar aos autarcas alpiarcenses os truque que se usam para pedirem uns eurozitos e fazerem obra?
Os camaradas roíam-se de inveja mas acabavam por aceitar a “ideia” e sempre faziam alguma coisita em vez de andarem só a pintar umas «pedras de branco» ou a fazer “festerolas”como agora se diz e se fala muito no Centro Cívico, sitio que o ilustre camarada mandou construir mas por onde pouco se vê.

Para acabar esta missiva, que já vai longa, camarada Rosa do Céu, faça-me este favor e em nome dos moradores venha morar durante algum tempo para a Praça Velha e verá que nas manhãs de Verão quando abrir a janela para ver a paisagem e ver aquele “pózinho” que paira no ar vai então compreender como é difícil habitar naquela zona onde a teimosia se sobrepõe aos interesse das pessoas.

Atenciosamente
Um Cordial Abraço
Um eleitor identificado

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