“Para nós, estes dados traduzem apenas o abrandamento do ritmo
da recessão”, afirmou o membro da Comissão de Assuntos Económicos do PCP em
declarações à Lusa, numa reação do partido ao anúncio de que o Produto Interno
Bruto (PIB) português cresceu 1,1% no segundo trimestre, face ao trimestre
anterior.
Segundo o INE, este desempenho do PIB interrompeu um movimento
de queda que dura desde os últimos três meses de 2010, apesar de, em termos
homólogos, a riqueza produzida no país ter diminuído.
“Estes dados não são surpreendentes, tendo em conta que, em
cadeia, a nossa economia vinha caindo há 10 trimestres consecutivos, mais do
que a própria Grécia caiu até ao momento”, referiu José Lourenço, sublinhando
que o PIB português caiu “para níveis de há 12 anos atrás”.
Para o Partido Comunista, a subida do PIB hoje anunciada pode
explicar-se com razões como o facto de o segundo trimestre ter tido mais dias
úteis, o que terá peso no índice das exportações, por exemplo.
Por isso, sublinhou, “estes resultados não permitem disfarçar o
caminho para o abismo económico a que este Governo e esta política nos conduzem
e que se traduz nestes dados [com] uma queda homóloga de 2% e uma queda
anualizada do PIB (isto é, se o ano tivesse terminado no segundo trimestre do
ano) de 3,4% - mais do que caiu em 2012, que foi 3,2%
«Lusa»
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