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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Partidos contam gastar 9,6 milhões em campanha, muito menos que em 2009

Os partidos prevêem gastar pouco mais de 9,6 milhões de euros na campanha para as autárquicas, valor claramente abaixo do orçamentado em 2009, quando as despesas estimadas por PS e PSD somavam mais de 50 milhões. 
De acordo com os orçamentos de campanha entregues na Entidade das Contas  e Financiamentos Políticos (ECFP), entre a esquerda com representação parlamentar  os orçamentos para as eleições de 29 de setembro não apresentam grandes  variações de valores, com os socialistas a preverem gastar 1,3 milhões de  euros. 
A coligação da CDU (PCP, Partido Ecologista "Os Verdes" e Intervenção  Democrática) apresentou um orçamento um pouco superior, de 1,4 milhões de  euros. 
O Bloco de Esquerda, que nos documentos enviados para a ECFP não apresenta  um orçamento global, preferindo a apresentação discriminada dos orçamentos  para as campanhas dos 121 municípios onde concorre, estima gastar, segundo  Pedro Soares, membro da comissão nacional autárquica, cerca de um milhão  de euros. 
O PSD e o CDS-PP apresentam orçamentos claramente abaixo destes números, 395 mil euros e 98 mil euros, respetivamente, mas estes valores não são  diretamente comparáveis com os dos restantes partidos, uma vez que não incluem  os municípios onde concorrem em coligação. 
Assim, nas campanhas para os 77 municípios onde sociais-democratas e  democratas-cristão concorrem em coligação, os dois partidos preveem gastar  perto de 2,3 milhões de euros. 
Para os 15 municípios onde a coligação PSD/CDS-PP concorre também aliada  a outras forças políticas mais pequenas o orçamento é de cerca de 1,5 milhões  de euros. 
Entre estes 15 municípios está a câmara de Lisboa, onde o orçamento  da coligação PSD/CDS-PP/MPT é de 343 mil euros. 
Para os municípios onde o PSD concorre em coligação, mas sem o CDS-PP,  o orçamento é de cerca de 911 mil euros. Para os municípios onde o CDS-PP  concorre em coligação, mas sem os sociais-democratas, o orçamento apresentado  é de cerca de 55 mil euros. 
O PS só irá concorrer em coligação para os municípios do Funchal e de  Câmara de Lobos, tendo apresentado um orçamento para essas duas campanhas  de 250 mil euros. 
Entre os partidos sem representação parlamentar que concorrem às autárquicas,  o que prevê gastar mais é a Nova Democracia (PND), com 40 000 euros apenas  destinados a um município (Sintra), a que se somam duas coligações com o  Partido Popular Monárquico (PPM) e o Partido Pro Vida (PPV), em Cascais  e Lisboa, campanhas onde os três partidos se associam a movimentos de cidadãos  e preveem gastar no total quase 300 mil euros. 
Seguem-se o Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN), que estima  despesas na ordem dos 30 mil euros, e o Partido Trabalhista Português (PTP),  que conta gastar 29 500 euros nas autárquicas de 29 de setembro, concentrando  grande parte das despesas nos cinco municípios a que concorre na Madeira.
Já o Movimento Partido da Terra (MPT) conta gastar 21 900 euros, segue-se  o PPM (10 680 euros), o PCTP-MRPP (7500 euros), o Partido Nacional Renovador  (PNR), com 6660 euros de despesas previstas, e o PPV, que estima gastar  3000 euros na única campanha autárquica a que concorre sozinho (Faro) e  igual valor em coligação com o PPM em Guimarães.  
Em 2009, o PS apresentou um orçamento de 30,5 milhões de euros para  a campanha das autárquicas, enquanto o orçamento global do PSD só para os  municípios em que concorreu sozinho era de 21,9 milhões de euros. 
De acordo com os orçamentos de campanha então entregues na Entidade  das Contas e Financiamentos Políticos, só o conjunto dos partidos com assento  parlamentar mais a CDU (PCP/PEV/ID) estimavam gastar mais de 66,1 milhões  de euros. 
A CDU (PCP/PEV/ID) contava gastar 10,2 milhões de euros nas autárquicas,  enquanto o BE e o CDS-PP estimavam gastar cerca de 1,9 milhões de euros  cada um. 
No 'site' da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos estão igualmente  disponíveis os orçamentos das campanhas das candidaturas apresentadas por  movimentos de cidadãos. 
Lusa

1 comentário:

Anónimo disse...

Estes números gastronómicos para gastar nas eleições é uma ofensa aos mais pobres, aos desempregados, aos idosos com reformas de miséria com muitas dificuldades de sobrevivência.
TODOS DIFERENTES TODOS IGUAIS!!!