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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

OPINIÃO:Que mais podemos pedir ou exigir?

Por: J. Antunes
Eu deveria pedir desculpa. Sou daqueles que também ia sendo enganado! O Mário Santiago é um “desmancha- prazeres”! Um atrevido. Um desobediente! Um outsider!

Então este jovem teve o descaramento e a pouca vergonha de discordar do executivo...dos seus próprios companheiros CDU, batendo-se pela descida do IMI? Onde é que isto já se viu? Já repararam quanto é que deixou de entrar nos cofres da nossa autarquia? Milhares e milhares de euros, meus amigos.
Quem ia pagar? Nós, pois claro. E não havia problema nenhum. Pagar mais 50, 100 ou 200 euros anuais também não nos faria falta nenhuma, não é verdade? É pouco mais que as quotas dos Águias e as contas da câmara estariam com mais saúde e isso é o mais importante e aquilo que verdadeiramente interessa. E quanto mais alto for o valor, mais hipótese haverá de pagar em duas prestações suaves! Então digam lá, quem é amigo?
O rapaz se calhar precipitou-se um pouco. Agora com todas estas obras o pilim do IMI vinha mesmo a calhar. Assim terão de inventar outra coisa qualquer para obter receitas. Não devemos esquecer que o escultor Armando Ferreira autor do Cavador, teve um trabalhão dos diabos a desenferrujar a estátua que estava encostada há 16 anos e, sem enxada há mais de um ano, devido a furto por alguém que se pôs a cavar. Naturalmente o artista também é gente. Também vai ao supermercado, ao talho, à padaria...como diria o outro, a vida não está fácil.
Isto do IMI estava tão bem pensado e por causa destes "não- alinhados" destes "malandrins" as contas saíram furadas ao ponto de qualquer dia não termos dinheiro sequer para mandar cantar um cego.
Mas, não há-de ser nada. O que é preciso é termos inaugurações, feiras, festas, provas de vinhos...é disto que o povo gosta! Depois de tudo, e como não bastasse, ainda temos as eleições à porta! Que mais podemos pedir ou exigir?
Somos na verdade, um povo abençoado!
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2 comentários:

zeferino Alcobio disse...

SEXTA-FEIRA, 30-08-2013
O PSD CONTINUA A TODO O CUSTO A QUERER METER OS POBRES MAIS POBRES E OS RICOS MAIS RICOS.

O Tribunal Constitucional já chumbou seis propostas deste Governo
E vão cinco. Cinco negas do Tribunal Constitucional (TC) a propostas de lei do Governo liderado por Pedro Passos Coelho, após esta quarta-feira ter sido declarada a inconstitucionalidade dos despedimentos na função pública.

Abril de 2012 – O Governo tinha aprovado um diploma que pretendia criar o crime de enriquecimento ilícito mas o TC declarou-o inconstitucional por violar os princípios constitucionais da presunção da inocência.

Julho de 2012 – O corte dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e dos reformados não passou no TC após os juízes entenderem o documento violava o princípio da igualdade.
Abril de 2013 – Já com o novo Orçamento do Estado, o Governo tenta aprovar o corte no subsídio de férias de pensionistas e funcionários públicos, mas os juízes do Palácio Ratton voltaram a chumbar a proposta.

Maio de 2013 – O TC voltou a declarar inconstitucional a legislação que viria a ser conhecida como a «lei Miguel Relvas». Na altura os juízes recusaram a proposta do Governo que pretendia classificar, quando os seus órgãos não são eleitos por sufrágio universal, as entidades intermunicipais como autarquias locais.

Agosto de 2013 – O último chumbo do TC ocorreu esta quinta-feira, sobre a legislação que pretendia iniciar o processo de despedimentos na função pública. O objetivo era poupar cerca de 894 milhões de euros com o programa de rescisões voluntárias no Estado mas o TC voltou a chumbar a lei, devido a alguns artigos da mesma, nomeadamente por violação da garantia da segurança no emprego e do princípio de confiança.
E eu continuo a dizer a culpa não é só deles os PSDs nem dos CDSs também é vossa ao votarem em maioria há 38 anos sempre nos mesmos, ainda bem que o TC tem chumbado muitas propostas para empobrecer mais os pobres. Mas se a maioria continuar a dar o seu voto a estas maiorias, não haverá TC que nos valha.

Anónimo disse...

Temos de admitir que o autor é um génio na arte do trocadilho e da sátira queirosiana.
Levou-me a ler tudo até ao fim e só depois reparei que estava a favor do ”rapaz”. E esta hein!