Na altura do PS havia “dinheiro a rodos”

Não vejo isso assim, não negociar a dívida iria impedir o acesso a fundos comunitários para cumprir projectos já aprovados e lançar obras. No ‘Alpiarça é a Razão’ havia lá muitos simpatizantes da CDU que não queriam a política de terra queimada, com críticas permanentes à gestão comunista, também quiseram uma autarquia gerida sem uma pesada dívida no horizonte. Claro que 790.000 contos era muitíssimo dinheiro em 1999, mas foi a CGD que perdoou não foi o corte de despesas por parte do Rosa do Céu que baixou a dívida. Nessa altura caíu em Alpiarça dinheiro a rodos, bem me lembro dos outros municípios da CULT se queixarem que a "fatia de leão" se destinava ao nosso concelho. 
Os camaradas agora tiveram de recorrer a um PSF - Plano de Saneamento Financeiro para reequilibrar as contas do município, pagar aos fornecedores (que já não fiavam a uma câmara caloteira) que evidentemente os põe entre a espada e a parede e os condiciona em termos orçamentais, para além do corte de receitas por parte de transferências do orçamento de estado e de legislação altamente condicionadora no que toca a despesas. O PS de Alpiarça não aprovou nem concorda com o PSF, mas se eles lá estivessem também teriam de recorrer a algo do género. O dinheiro não nasce debaixo das pedras. 

Vanda Nunes (foto) enquanto presidente também recorreu a um empréstimo para "pagar a tempo e horas", acho que foi este o nome pomposo que na altura chamaram à "bóia de salvação".

Agora temos aí três novas candidaturas, os problemas de Alpiarça todos os conhecemos, as maneiras de os resolver é que terão propostas diferentes. Também todos sabemos que nenhuma das candidaturas irá cumprir o programa eleitoral, é impossível.
De entre as três equipas: CDU, PS e a coligação PSD/MPT/TPA ( Francisco Cunha) apoiado  concretamente pelo PSD, o povo de Alpiarça com o seu voto é que tem de decidir quem será o mais capaz.

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