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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Um presidente de câmara tem de prestar contas no nosso caso a outras quatro pessoas

 Concordo com a maioria das coisas que diz ("O dinheiro público":),nomeadamente o respeito pelo erário público e a defesa de posições como a que os islandeses tiveram.
Os islandeses, povo dos mais instruídos do mundo, soube o que queria sem precisar de partidos nem de iluminados.
Sou um partidário absoluto das sociais democracias nórdicas onde existe respeito por quem investe, mas também por quem trabalha por conta de outrem, e particularmente pelo erário público.
Em relação ao seu comentário iniciado ontem, e acrescentado hoje, não me surpreendeu.
Mas tal como lhe disse ontem, não é por alguém ter tido em tempos problemas na sua vida empresarial privada, ou privada, que os transporta para a gestão pública.
Entre os municípios com um maior diferimento de prazos de pagamento encontram-se os municípios do Barreiro e do Seixal, geridos por presidentes CDU e com pagamentos a fornecedores perto dos 2 anos(!?!).
Outro, até bem perto de nós e pessoa por quem a população tem grande consideração.
Nenhum foi responsabilizado, e o povo continuou a dar-lhes o voto.
O único município que paga a pronto pagamento, ZERO DIAS, é o da Anadia, gerido com maioria absoluta pelo PSD.
Este exemplo para dizer o quê?
Que neste mundo não há anjinhos e diabos, nem há pessoas ou partidos com as qualidades todas, e outras só com efeitos.
Os presidentes de câmara dos municípios mal geridos, o mais certo é não constarem em nenhuma das bases de dados referidas, mas o que é certo é que apesar de não constarem das mesmas as evidências de má gestão e desrespeito pelos dinheiros públicos aí estão.
Quantas pessoas conhecemos que nos anos 80 e 90, sem apoios à agricultura, com taxas de juro bancário na ordem dos 25% (ou mais) e com a pouca maturidade das idades na casa dos "vinte e tais", enrolaram toda a sua vida?
Lembro-me de ver páginas e páginas de anúncios de execuções judiciais e fiscais pendentes sobre agricultores.
A diferença é que as más gestões de dinheiros públicos não constam nas bases de dados do Banco de Portugal ou das Finanças.
Se assim fosse, 70 ou 80% dos nossos políticos estariam decerto em escalões muito mais elevados do que aquele que referiu.
Alguns estariam em listagens Y ou Z...
Um presidente de câmara tem de prestar contas no nosso caso a outras quatro pessoas, algumas delas inevitavelmente da oposição. Não pode aprovar nada sem ser por maioria, nem por debaixo da mesa. Depois, ainda terá que prestar contas a uma Assembleia Municipal.
A equipa candidata tem uma maioria de pessoas que já deram provas da sua independência e da capacidade de dizer não.
A gestão financeira é normalmente delegada num licenciado na área, e não é o presidente que põe e dispõe.
Tenho muito mais medo de maiorias absolutas em que se aprovam as coisas só por simples obediência partidária, sem questionar e sem analisar profundamente algumas decisões e prioridades. 
Mas isso aceitamos como bom. Não é?
Por: Manuel do Ó

4 comentários:

José Carvalho disse...

Esqueci-me de referir... também sou totalmente contra maiorias absolutas (bem como aquele atentado à democracia denominado "disciplina partidária"). Não sei se reparou... mas ontem ou anteontem referi que não sou do PCP ou CDU ou algo do género. O único cartão partidário que tive foi da JS (Juventude Socialista). Desculpe lá o reparo... mas não consegui perceber a colagem que me pareceu estar a fazer, associando o meu nome a um partido político. Ao nível local, contam as pessoas - não os partidos.

vital Ferreira disse...

Os partidos políticos são o pilar da democracia. Senão estávamos bem entregues a pessoas como a maioria da
lista que você defende. A maioria dizem-se independentes mas defendem a sociedade actual com unhas e dentes ou seja com mentiras e promessas que são impossíveis de cumprir no estado lamentoso em que as pessoas que o senhor ou a senhora defende, deixaram.Assim como já teve um cartão de um partido politico, agora diz-se independente não é? Que direi eu que nunca tive cartão de partido politico nenhum, mas defendo uma sociedade onde todos, mas, mesmo todos tenham os mesmos direitos e deveres.

Anónimo disse...

A gestão financeira ma Câmara de Alpiarça está delegada numa licenciada que esteve ilegal mais de 4 anos como funcionária da referida Câmara.Será o facto credibilidade?

Manuel do Ó disse...

Sr. Vital Ferreira, ganhe juízo. Nunca tive nem tenho cartão de qualquer partido político.
Ainda lhe digo mais, da extrema esquerda à extrema direita parlamentar já votei em todos excepto no PSD.
Já votei em Alpiarça na mesma eleição em partidos diferentes porque acho que as pessoas são mais valias e não os partidos.
Estou sempre pronto a aprender, mas não aceito lições de qualquer um.
Para alguém me dar lições, tenho de reconhecer que sabe mais do que eu.
Cumprimentos