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quarta-feira, 12 de junho de 2013

O enquadramento

Muito se tem falado e escrito nesta nossa Alpiarça, sendo que a forma como se faz, não é de facto a mais correcta e por vezes a mais coerente, o que perfaz com que todo o conteúdo das campanhas eleitorais seja provido de um total desfasamento das realidades o que enfraquece de facto o debate politico na génese democrática.
Vamos então aos factos, sendo que para tal deveremos recuar no tempo cerca de 6 anos, altura em que Rosa do Céu abandona o executivo para o qual foi eleito, para dar continuidade a uma ascensão politica que segundo diversas personalidades do distrito o chegaram a denominar de homem mais poderoso do PS em todo o distrito de Santarém, sendo que havia até quem comentasse que de Vila Franca até Coimbra, tudo o que se passava de importante tinha o “dedo” do mesmo, ou seja, o homem tinha-se tornado num autentico “one self made man”, deixando no leme do concelho Vanda Nunes, que a meu ver, não foi mais que um tremendo erro de casting, que veio a despoletar uma guerra interna, não só a nível local, mas também a nível distrital, tudo isto por causa dos lugares prometidos a diversas pessoas.
Rosa do Céu
 Prosseguindo uma estratégia de consolidação de poder Regional, Rosa do Céu faz avançar Sónia Sanfona em detrimento de Vanda Nunes, o que para muita gente foi um mea culpa, não passou de mais um passo para habilmente ofuscar a ascensão de Sónia Sanfona, ou seja, com a mais que provável derrota da mesma, esta sairia melindrada e a partir desse momento seria apenas mais uma e não aquela que dentro curto espaço de tempo lhe poderia fazer frente.
Entretanto com o passar do tempo, o governo caí, assim como a influência regional deste político profissional, Mário Pereira ganha as Autárquicas e chegamos até sensivelmente o inicio deste ano, 2013, um ano que será repleto de desafios, que imprevisivelmente tem um outsider que promete ser combativo.
Normalmente os partidos quando estão no poder, definem uma estratégia assente na sua capacidade de concretização e também na capacidade combativa da sua oposição, e é aqui meus senhores que reside o busílis da questão, pois a CDU sabia que só com o PS a vitória estava garantida, o PSD sempre fraco, o CDS não contava, como tal não é necessário fazer muito pois a vitória até à uns 6 meses atrás estava garantida.
Tal como o Benfica, Mário Pereira arrisca-se a perder as eleições nos descontos, pois tal como o Benfica, Mário Pereira preparou-se mal, o mandato ficou muito aquém das expectativas e a entrada em cena do Movimento Todos por Alpiarça (MPT), baralhou as contas e virou o jogo sendo que do meu ponto de vista ninguém pode cantar vitória.
Vanda Nunes
 Depois da tentativa de descredibilização que foi totalmente falhada, da colagem ao escrivão, passando depois pelos controleiros, a CDU ataca vilmente, no entanto a sensação que tenho é que este movimento galvaniza-se a cada dia que passa, cresce de uma forma aberta à sociedade civil, onde creio que com o decorrer campanha (onde tem pessoas que conhecem ambas as máquinas partidárias, suas virtudes e suas fragilidades) surjam ainda mais apoios vindos dos mais diversos sectores.
O MPT ao contrário da CDU tem um líder hábil, vivido, capaz de ir à luta, com ideias e rodeado de gente inteligente, ao contrário de Mário Pereira que é a cara de uma política fratricida, bastante desgastada com o tempo, incapaz de ultrapassar dificuldades e que só tem um falso trunfo, a estabilização da situação financeira, que não passa de uma mentira encapotada, pois a única coisa que a autarquia paga são juros, pois o empréstimo ainda se encontra em período de carência, ou seja, meus senhores, o que temos ao final de 4 anos de mandato?
Esta é uma questão que deixo em aberto e que será alvo de análise nas próximas semanas.

Por: José Julio

4 comentários:

Anónimo disse...

gosto deste José Julio. Que tal convidá-lo a comentarista permanente do JA ?

Anónimo disse...

Comentário 5 estrelas. É bom ver um comentário com conteúdo no meio de tanta boçalidade. Parabéns ao seu autor.

Anónimo disse...

Depois de lermos a carta que a CDU encomendou ao Orlando e ler este artigo do José Júlio, chegamos á conclusão que há grandes diferenças entre os homens.
Enquanto o Orlando tenta arranjar desculpas esfarrapadas do coitadinho, teria ganho muito mais se tivesse quietinho, porque um erro não se resolve com outro e o peso da consciência obrigou-o assinar a carta escrita pelo Mário Fernando, o José Júlio ofusca o rapaz com um texto muito bem escrito e cheio de veracidade e oportunidade.
O Orlando há muito que diz aos seus amigos que o grande sonho é ser presidente da camara e com estas atitudes, não decisão, revelou que não tem força nem coerência para algum dia almejar a esse cargo.
Esta é a diferença dos grandes homens e dos outros, correu-lhe muito mal Orlando.

Anónimo disse...

Que megera a autora do 14:48. Que forma baixa de fazer politica. Pensa que convence alguem com essa conversa?
Que idade tem? Está a lidar com adultos, ok?