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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Engenharias eleitorais

O governo queria Setembro. A oposição queria Outubro. Ficou Setembro, mas às portas de Outubro. Falo das autárquicas que consumiram as melhores energias e produziram os maiores milagres: o PCP, preocupado com os peregrinos de Fátima, preferia a 6 e não a 13.

O governo disse que 6 colocava o dia da reflexão no 5 de Outubro – e os portugueses, tomados por ardor republicano, podiam reflectir para o lado errado. Estas pequenas guerrilhas revelam pequenos políticos: gente que acredita que 15 dias de diferença fazem toda a diferença. Para o governo, votar nas autárquicas antes do Orçamento será a consagração do dr. Passos. Para a oposição, votar com conhecimento do Orçamento será abjurar o dr. Passos. Serei o único a pensar que estas engenharias manhosas são um insulto à inteligência do povo – e um desprezo pelas autárquicas propriamente ditas?
Fonte: «CM» 

1 comentário:

Anónimo disse...

Há uns tempos atrás um conhecido colaborador deste jornal falava nas eleições autárquicas de Setembro e foi "gozado" por alguém que afirmava que as autárquicas seriam em Outubro.
Afinal o homem sabia do que falava, ao contrário daqueles que andam por aí só para ver passar os comboios.