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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Produção de resíduos aumentou 11,1% em Portugal em 2013

Quase 16 milhões de toneladas de resíduos urbanos e setoriais foram produzidos em Portugal em 2013, mais 1,6 milhões de toneladas face ao ano anterior (11,1%), segundo as Estatísticas do Ambiente do INE que foram  divulgadas.


As estatísticas revelam, no entanto, que os resíduos urbanos (RU) gerados em Portugal diminuíram, totalizando 4,6 milhões, menos 3,5% face a 2012.
Entre 2009 e 2013, foi verificada uma tendência de decréscimo, com a produção de RU a apresentar uma redução média anual de 4,4%, baixando neste período 900 mil toneladas, partindo de um máximo de 5,5 milhões (2009).
O INE explica que para esta situação "contribuiu decisivamente a situação macroeconómica do país, que reduziu o nível do consumo e, consequentemente, a produção de resíduos".
Relativamente aos resíduos urbanos gerados por habitante, Portugal produziu em média 440 quilos em 2013, o que equivale a uma produção diária de cerca de 1,2 kg/habitante/dia, valor abaixo da média europeia.
"A comparação com os parceiros da UE-28 para o ano de 2012 coloca Portugal abaixo da média comunitária em cerca de 47 kg", refere o INE, adiantando que a Dinamarca, o Chipre, o Luxemburgo e a Alemanha são os países que mais resíduos urbanos geram per capita, qualquer deles acima dos 600 quilos.
No extremo oposto estão a Roménia, a Estónia, a Letónia e a República Checa, qualquer deles com uma produção de resíduos abaixo, em mais de metade, aos países que lideram a tabela.
Ao contrário dos resíduos urbanos, a produção de resíduos setoriais aumentou 18,5% em 2013 relativamente no ano anterior.
Em 2013, a estimativa aponta para um valor de produção de 11,2 milhões de toneladas, mais 18,5% face 2012, contrariando a tendência de decréscimo estimada para 2011-2012.
Segundo o INE, as diversas atividades económicas movimentaram cerca de 57 milhões de toneladas de resíduos sectoriais entre 2009 e 2013.
As estatísticas referem também que cerca de metade dos resíduos produzidos foram encaminhados em 2012 para aterro, apesar da "redução significativa e a tendência progressiva para o decréscimo das quantidades de resíduos eliminados em aterro" nestes cinco anos, com uma redução média anual de 8,7%.
Já as quantidades remetidas para valorização orgânica e valorização multimaterial somaram, em 2013, um total de 1,2 milhões de toneladas, aproximadamente 26% do total de resíduos.
O INE adianta que o rácio obtido a partir das quantidades de resíduos gerados por unidade do PIB é frequentemente usado para traduzir o grau de eficiência da economia em geral, "que será tanto mais eficiente quanto menor for a quantidade de resíduos gerados por unidade de PIB".
Contudo, ressalva, "esta leitura deverá ser efetuada com cautela uma vez que há que ter em conta o grau de desenvolvimento de uma sociedade (consensualmente, uma sociedade mais evoluída gera mais resíduos urbanos) e o tipo e grau de industrialização (a produção e tipologia dos resíduos setoriais está dependente destas variáveis).
A leitura deste indicador para a UE-28 coloca Portugal com o terceiro valor mais baixo deste indicador.
"A posição de Portugal justifica-se pelo facto de ser o nono Estado-Membro com menor produção de resíduos, sendo que a geração de riqueza o coloca sensivelmente a meio da tabela da UE-28 (15ª posição).
«NM»

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