Um em cada
quatro portugueses está em risco de pobreza e quem recebe o salário mínimo
ganha menos 12 euros do que em 1974 (descontando a inflação), indicam dados
atuais divulgados pela base de dados Pordata.
Quando se assinala o Dia
Mundial para a Erradicação da Pobreza lembra também a organização
não-governamental Oikos que mais de mil milhões de pessoas passam fome em todo
o mundo e há 200 milhões de desempregados.
Portugal, ainda de acordo
com a Pordata, era em 2011 o nono país da União Europeia com uma taxa de risco
de pobreza mais elevada, havendo no ano passado 360 mil pessoas a receber o
Rendimento Social de Inserção, quase metade delas com menos de 25 anos.
Lembra-se também no
portal que o país é o 6.º da União Europeia com maiores desigualdades de
rendimentos entre os mais ricos e os mais pobres.
A propósito da efeméride
que hoje se comemora outros números (Instituto Nacional de Estatística) são
também pouco abonatórios para Portugal, como os que indicam que 29,3 por cento
da população infantil encontrava-se em privação material no ano passado
(privação material é quando um agregado não tem acesso a três bens de uma lista
de nove considerados importantes).
São os números que
indicam que o risco de pobreza das famílias com crianças dependentes se tem
vindo a agravar, como se tem agravado a taxa de intensidade de pobreza, como se
tem ainda agravado a diferença entre Portugal e a média da União Europeia,
sendo que essa diferença é a de que enquanto na Europa o risco de pobreza se mantém
estável em Portugal vai aumentando.
O Dia Internacional para
a Erradicação da Pobreza foi criado pela ONU em 1992. Acabar com esse
flagelo é um dos objetivos de desenvolvimento do milénio.
«Lusa»
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