CRITICA/SUGESTÃO: "a Câmara Municipal lá decidiu gastar mais uns euros no respectivo jantar"

Jantares de Natal

Todos sabemos que as entidades públicas aproveitam o Natal para mimar os seus funcionários - e não só - com prendas e jantares com o dinheiro dos contribuintes. Alpiarça não é excepção apesar da sua brutal divida publica (e com a actual crise) a Câmara Municipal lá decidiu gastar mais uns euros no respectivo jantar.

Penso que em vez do referido almoço da "Câmara", as atenções deviam estar viradas para o apoio da pobreza envergonhada, em especial às crianças carenciadas que tem os pais desempregados e muitos idosos do nosso concelho que sobrevivem com reformas de miséria. Um pequeno gesto, a pensar nas dificuldades das famílias.

Compreendo e sinto que a solidariedade através de apoios aos mais carenciados,etc, etc, agravadas por parte das medidas do governo e da troika, não passam de palavras que só tem valor nas campanhas eleitorais no nosso país, em vésperas de campanha eleitoral.

Posso dar alguns exemplos: O Município de Mortágua lá decidiu gastar 10.720,00 euros no almoço de Natal dos seus funcionários.No passado mês de Outubro, Lisboa recebeu a XV Assembleia Plenária da UCCI (União das Cidades Ibero-Americanas). E como o Município de Lisboa tem falta de espaços aptos para reuniões e a cidade é conhecida internacionalmente por ter uma fraca oferta de unidades hoteleiras económicas de qualidade, a autarquia decidiu-se pelo hotel Altis, poia claro.

Foram 9.766.65 euros em locação de salas, serviços de alojamento, coffe breaks, águas e cafés, durante dois dias.

O caso do Natal de Lisboa - Não posso admitir enquanto contribuinte (e uma das vitimas da crise), que os decisores políticos actuem com o mesmo espírito Natalício benevolente como se andássemos a nadar em o dinheiro e o Estado não nos andasse a esfolar os bolsos.

Assim, foi com repugnância que li numa edição digital do Público que o Município de Lisboa despendeu cerca de 250.000 euros, um quarto de milhão de euros, na Árvore de Natal instalada no terreiro do Paço. Se não me falha a memória, no passado ano essa árvore não foi erguida por razões naturais de conjuntura económica, facto que todos tivemos de entender, ainda com tristeza. E então este ano, Lisboa já saiu da crise? É inacreditável a falta de vergonha dos nossos políticos, em particular, neste, caso dos nossos autarcas.

Foram nove contratos, todos convenientemente por ajuste directo. Só para o projecto de conceção foram 74.000 euros, como estamos cheios de dinheiro, trata-se de um Árvore inovadora, interactiva, mais uma pérola da capacidade de realização Portuguesa! Para montagem tubular da árvore foram 47.372 euros. Para o aluguer do equipamento de vídeo, luz e som, vão mais 59.500 euros e os valores continuam, mas não vale a pena dizer mais. 

Em Tavira Há Pai Natal (para alguns) - A crise aperta mas nem todos os hábitos mudam. A empresa Municipal de Ambiente de Tavira - Tavira Verde E.M., gosta muito de oferecer cabazes de Natal aos seus funcionários e colaboradores. Os cabazes deste ano custaram (-nos) 9.907,02 euros.

Em Tavira não deve haver famílias mais carenciadas a precisar de produtos alimentares e a divida de 26 milhões de euros assumida em maio pelo presidente do Município já deve estar paga.

- Obras de superfície: Em vésperas de eleições autárquicas, estão a multiplicar-se os arranjos urbanísticos com utilidade para os cidadãos. Alpiarça não foge à regra com a apresentação dos dois conhecidos projectos, um para o Jardim da Casa Museu dos Patudos, o outro para o parque de estacionamento ( com Estátua e Bar) da Câmara Municipal.

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