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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Vanda Nunes garante cumprir mandato até ao fim

Autarca eleita pelo PS garante que não há qualquer ressentimento ou ruptura com o partido. E reserva outras decisões quanto ao seu futuro político para mais tarde.

A actual presidente da Câmara de Alpiarça, Vanda Nunes, independente eleita nas listas do PS, garante que vai cumprir o mandato até ao fim “com o empenho, a determinação e o entusiasmo” que diz ter sempre colocado nas funções para que foi eleita.
A posição vem expressa numa carta dirigida aos habitantes do concelho, os quais trata por “caros amigos”, depois de a concelhia do Partido Socialista ter anunciado como candidata à presidência da câmara a actual deputada eleita pelo distrito, Sónia Sanfona.

Vanda Nunes assume ainda que o cumprimento das suas funções é também o reflexo de um compromisso com o PS, “que se mantém válido”, afirma. Acrescenta que em nome dos objectivos que devem imperar por Alpiarça não está impedida de manifestar o apoio a um projecto para o município, “desde que se traduza claramente em nexos de continuidade com os que o Partido Socialista e o movimento ‘Alpiarça é a razão’ validaram no passado”, pode ler-se na carta.

A autarca fala num tom cauteloso e mesmo numa pequena entrevista a O MIRANTE não assume claramente qualquer ruptura ou ressentimento por ter sido preterida como candidata nas próximas autárquicas e nem sequer revela qual vai ser o seu futuro político e público. Não quer também comentar o facto da concelhia socialista não ter equacionado o seu nome como possível candidata.

Vanda Nunes era vice-presidente da câmara, tendo assumido a presidência em Novembro de 2008 quando Joaquim Rosa do Céu suspendeu o mandato para assumir o cargo de presidente da Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo. Desde essa altura a autarca iniciou um estilo de política diferente e de aproximação à população, evitando o clima de tensão política que vinha a fazer-se sentir no mandato de Rosa do Céu.

“A seu tempo tornarei públicas as opções sobre as actividades em que me vou aplicar”

Não se sentiu ultrapassada com a decisão do PS de escolher como candidata a deputada Sónia Sanfona?

Está a pedir-me que seja comentadora de decisões de um partido político. Espero que compreenda que o não faça. Desempenho funções de extrema responsabilidade. Sou presidente da Câmara de Alpiarça e, por dever e convicção, sou presidente de todos os alpiarcenses.

Alguma vez manifestou categoricamente que não pretendia ser candidata, como afirma a concelhia do PS?

Por maioria de razão, não comentarei qualquer afirmação imputada à concelhia do PS. Acresce aliás referir que o senhor presidente da Federação Distrital do PS, Paulo Fonseca, tem tido a atenção de comigo trocar informações e partilhar pontos de vista sobre a evolução da situação autárquica em Alpiarça. É a esse nível que, para mim, as relações com o PS deverão continuar.

Foi contactada entretanto por alguma força política ou movimento independente para ser cabeça de lista nas próximas eleições?

Não.

Não sendo candidata às autárquicas, tal situação significa que vai fazer uma paragem ou abandonar mesmo as funções políticas? Ou tem perspectivas de vir a integrar uma lista para outras eleições, por exemplo as legislativas?

Como referi na carta que dirigi a todos os alpiarcenses, quando iniciei funções como presidente da câmara municipal da minha terra, conto com todos para continuar a trabalhar com a determinação e o empenho que Alpiarça merece e assim, com sentido de dever, honrar o compromisso que assumi no dia em que assumi as funções para que fui eleita. Considero um privilégio poder fazê-lo. É assim, e só assim, que entendo a política. A seu tempo, tornarei públicas as opções que tomei quanto às causas e actividades em que me vou aplicar.
«O Mirante»

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